15 de ago. de 2013

Penas mágicas :: Jude Hill


















Garota De Ipanema de Tom Jobim


Olha que coisa mais linda
Mais cheia de graça
É ela menina
Que vem e que passa
No doce balanço, a caminho do mar

Moça do corpo dourado
Do sol de Ipanema
O seu balançado é mais que um poema
É a coisa mais linda que eu já vi passar

Ah, porque estou tão sozinho
Ah, porque tudo é tão triste
Ah, a beleza que existe
A beleza que não é só minha
Que também passa sozinha

Ah, se ela soubesse
Que quando ela passa
O mundo inteirinho se enche de graça
E fica mais lindo
Por causa do amor


14 de ago. de 2013

Paineira-branca - Cotton-silk-tree (Ceiba glaziovii )







Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Anthophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Malvales
Família: Malvaceae
Subfamília: Bombacoidae
Género: Ceiba
Espécie: C. glaziovii
Nome binomial: Ceiba glaziovii  (Kuntze) K.Schum.
A barriguda, ou paineira-branca (Ceiba glaziovii) é uma espécie de Paineira do género Ceiba, muito semelhante à paineira-rosa.
Não muito comum, ocorre principalmente na caatinga dos estados do Ceará, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia, e na mata atlântica dos brejos em serras nordestinas e de Minas Gerais, São Paulo e Paraná.

Nome popular: Barriguda refere-se ao intumescimento da parte central do caule, à meia altura da árvore, tendo a mesma um diâmetro maior no meio do que na base, e que serve para armazenar água extraída através da seiva xilemática. Já paineira-branca refere-se à cor de suas flores, que geralmente se dão quando as árvores estão sem folhagem na estação seca, ou perdendo suas folhas.

Árvore de 6–18 m de altura, com copa ampla e bastante ramificada, de tronco intumescido com mais de 1 m de diâmetro
Casca cinza-claro, lisa e dotada de grande número de acúleos cônicos e rígidos de até 5 cm de comprimento. Folhas compostas palmadas, com 4-7 folíolos (geralmente 5), sobre pecíolos ligeiramente dilatados no ápice e na base. Flores brancas, de 1-3 por nó, em inflorescências terminais
Frutos do tipo cápsula elipsóide, deiscente, glabra, coriácea, contendo muitas sementes pequenas,cada uma de 6 mm, marrom-escuras, redondas, envoltas por pêlos finíssimos, com consistência sedosa, que ajudam na dispersão das mesmas.

Planta decídua, heliófita, xerófita, de sucessões secundárias, de dispersão descontínua, porém ampla, com capacidade de dispersar as sementes pelo vento.

Fenologia

Perde as folhas na estação seca e floresce entre julho e outubro, e os frutos geralmente amadurecem ainda na estação seca (entre setembro e novembro).

Utilidades

Madeira empregada em caixotaria
Casca usada na medicina caseira contra inflamação do fígado e para tratar hérnias
Planta ornamental, principalmente por causa de sua floração, servindo para arborizar praças e no paisagismo urbano.
Pode ser usada para enriquecer capoeiras e vegetação empobrecida e na segunda fase de recomposição florestal de áreas degradadas
Os pêlos que envolvem as sementes (chamados popularmente de "lã de barriguda") são empregados no enchimento de almofadas, travesseiros, colchões, selas e estofamento de móveis
Nas estradas vicinais do Nordeste brasileiro, pode ser usada como cerca viva.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Comprava uma bala de tamarindo :: Alice Sant'Anna ( 1988, no Rio de Janeiro)

Marisela Mungia 
comprava uma bala de tamarindo
depois da aula
para fazer companhia
na volta pra casa.
rabo de cavalo preso
no alto da cabeça, dentes da frente
separados. o caderno de pauta
tem linhas azuis
e a ponta da caneta bic
está em apuros de tanto ser
mastigada (talvez daí
os dentes separados).
não quer adivinhar
o futuro, o cadarço do tênis
desamarrou, talvez ganhe muito dinheiro
com pensamentos em caixinhas
ou receba estudantes estrangeiras
de tempos em tempos (pode ser
que more numa casa
com longos corredores). a única
coisa certa é que quarta-feira
tem carne moída com purê de batatas
e aula de piano às seis.


11 de ago. de 2013

O Filho de Mil Homens de ― Valter Hugo Mãe




(...) todos nascemos filhos de mil pais e de mais mil mães, e a solidão é sobretudo a incapacidade de ver qualquer pessoa como nos pertencendo, para que nos pertença de verdade e se gere um cuidado mútuo. Como se os nossos mil pais e mais as nossas mil mães coincidissem em parte, como se fôssemos por aí irmãos, irmãos uns dos outros. Somos o resultado de tanta gente, de tanta história, tão grandes sonhos que vão passando de pessoa a pessoa, que nunca estaremos sós.

9 de ago. de 2013

Codex Manesse: canções de amor medievais

Dela descende todos os bens. Tudo vem dela, que a tudo vivifica. Ninguém a deixa se sentindo desalentado. Ela sabe o que cada um vale e o que pode fazer por ele e como lhe agradar. Nenhum homem faz honra ou bem que não o tenha aprendido de minha senhora, e nenhum, por mais infeliz que esteja, deixa-a encolerizada.
fonte:  TROYES, Chrétien de. Perceval ou o Romance do Graal. Tradução de Rosemary Costhek Abílio. Martins Fontes, 1992.


















O Codex Manesse, nomeado assim pelo estudioso suíço Johann Jakob Bodmer, também denominado Grosse Heidelberger Iederhandschrift e Pariser Handschrift é o mais abrangente e importante manuscrito alemão da Idade Média. Foi produzido (copiado e pintado) entre 1305 e 1340 em Zurique possivelmente por Johannes Hadlaub por encargo da família Manesse. Encontra-se desde 1888 novamente na biblioteca da Universidade de Heidelberg (Heidelberg, Biblioteca da Universidade, Cod. Pal. germ. 848). Dedicado a Venceslau II, rei da Boémia, reúne canções de amor medievais, da denominada Minne em alto alemão médio. Entre os autores destes poemas encontram-se trovadores famosos como por exemplo Walther von der Vogelweide e Hartmann von Aue. As canções não levam notação.
As entradas no Codex Manesse seguem o nível social dos poetas. Começa com uma imagem do imperador Henrique VI da Germânia e do rei Conradino da Germânia, seguido por duques, condes e cavaleiros. O manuscrito está decorado com 138 miniaturas, que representam os autores e cenas da vida na côrte. A nobreza é mostrada em armadura com os seus brasões de armas heráldicos. Os autores, representados por ordem de nobreza, foram retratados em gravuras meramente ilustrativas, uma vez que o manuscrito foi recompilado mais de 100 anos depois de sua morte. Nas gravuras estão trajes e instrumentos da época, assim como cenas de batalhas e apresentações musicais.
O Codex Manesse possui 426 folhas de pergaminho e um formato de 35,5 x 25 centímetros. Foi escrito em letra gótica. Não foi copiado sucessivamente, mas foi recompilado, deixando espaços para adições.

http://digi.ub.uni-heidelberg.de/diglit/cpg848/0617/scroll?sid=754731c24c70adf79847a3f9ab4f40bf

João Fasolino (1987, Rio de Janeiro)