Uma coisa bonita era para se dar ou para se receber, não apenas para se ter. Clarice Lispector
14 de jun. de 2009
7 de jun. de 2009
O espelho
Quando menino, eu temia que o espelho
Me mostrasse outro rosto ou uma cega
Máscara impessoal que ocultaria
Algo na certa atroz. Temi também
Que o silencioso tempo do espelho
Se desviasse do curso cotidiano
Dos horários do homem e hospedasse
Em seu vago extremo imaginário
Seres e formas e matizes novos.
(Não disse isso a ninguém, menino tímido.)
Agora temo que o espelho encerre
O verdadeiro rosto de minha alma,
Lastimada de sombras e de culpas,
O que Deus vê e talvez vejam os homens.
Jorge Luis Borges
21 de mai. de 2009
Milagre
Tudo, aliás, é a ponta de um mistério, inclusive os fatos.
Ou a ausência deles.
Duvida?
Quando nada acontece há um milagre que não estamos vendo.
Guimarães Rosa
12 de mai. de 2009
Como tratar o que se tem de Clarice Lispector
Existe um ser que mora em mim como se fosse casa sua, e é. Trata-se de um cavalo preto e lustroso que apesar de inteiramente selvagem - pois nunca morou em ninguém nem jamais lhe puseram rédeas nem sela - apesar de inteiramente selvagem tem por isso mesmo uma doçura primeira de quem não tem medo: come às vezes na minha mão. Seu focinho é úmido e fresco. Eu beijo o seu focinho. Quando eu morrer, o cavalo preto ficará sem casa e vai sofrer muito. A menos que ele escolha outra casa que não tenha medo do que é ao mesmo tempo selvagem e suave. Aviso que ele não tem nome: basta chamá-lo e se acerta com seu nome. Ou não se acerta, mas uma vez chamado com doçura e autoridade ele vai. Se ele fareja e sente que um corpo é livre, ele trota sem ruídos e vai. Aviso também que não se deve temer o seu relinchar: a gente se engana e pensa que é a gente mesmo que está relinchando de prazer ou de cólera.
10 de mai. de 2009
Eu toparei comigo
Mas um dia afinal eu toparei comigo...
Tenhamos paciência, andorinhas curtas,
Só o esquecimento é que condensa,
E então minha alma servirá de abrigo.
Eu Sou Trezentos.. Mário de Andrade
5 de mai. de 2009
Andar
Estou, quanto a companhia espiritual e imediata, quase só, se não só em absoluto... Não sou das pessoas menos acompanháveis por si próprias, mas ainda assim — e de vez em quando aborreço-me de não andar senão comigo. Fernando Pessoa
3 de mai. de 2009
Contínua e infinita fragmentação
"A vida não para pra gente descansar! Se fosse só ruim ninguém aguentava e morria logo, fosse só bom ninguém reclamava, mas é bom e ruim, é despedaçado, contínua e infinita fragmentação."
Adélia Prado
27 de abr. de 2009
20 de abr. de 2009
12 de abr. de 2009
5 de abr. de 2009
Mudança
Somos lo que hacemos, y sobre todo lo que hacemos para cambiar lo que somos.
Eduardo Galeano In: Voces de nuestro tiempo
Eduardo Galeano In: Voces de nuestro tiempo
31 de mar. de 2009
Ensaios fotográficos
Quero inventar comportamento para as coisas.
Li uma vez que a tarefa mais lídima da poesia é a
de equivocar o sentido das palavras
Não havendo nenhum descomportamento nisso
senão que alguma experiência lingüística.
Noto que às vezes sou desvirtuado a pássaros, que
sou desvirtuado em árvores, que sou desvirtuado
para pedras.
Mas que essa mudança de comportamento gental
para animal vegetal ou pedral
É apenas um descomportamento semântico.
Se eu digo que grota é uma palavra apropriada para
ventar nas pedras,
Apenas faço o desvio da finalidade da grota que
não é a de ventar nas pedras.
Se digo que os passarinhos faziam paisagens na
minha infância,
É apenas um desvio das tarefas dos passarinhos que
não é a de fazer paisagens.
Mas isso é apenas um descomportamento lingüístico que
não ofende a natureza dos passarinhos nem das grotas.
Mudo apenas os verbos e às vezes nem mudo.
Mudo os substantivos e às vezes nem mudo.
Se digo ainda que é mais feliz quem descobre o que não
presta do que quem descobre ouro -
Penso que ainda assim não serei atingido pela bobagem.
Apenas eu não tenho polimentos de ancião.
Manoel de Barros
28 de mar. de 2009
Instante de Sophia de Mello Breyner Andresen
imagem: Hammershoi
Deixai-me limpo
O ar dos quartos
E liso
O branco das paredes
Deixai-me com as coisas
Fundadas no silêncio
12 de mar. de 2009
Uma experiência
foto: Clarice Lispector
"Talvez seja uma das experiências humanas e animais mais importantes. A de pedir socorro e, por pura bondade e compreensão do outro, o socorro é dado. Talvez valha a pena ter nascido para que um dia mudamente se implore e mudamente se receba. Eu já pedi socorro. E não me foi negado.
Senti-me então como se eu fosse um tigre perigoso com uma flecha cravada na carne, e que estivesse rondando devagar as pessoas medrosas para descobrir quem lhe tiraria a dor. E então uma pessoa tivesse sentido que um tigre ferido é apenas tão perigoso como uma criança. E aproximando-se da fera, sem medo de tocá-la, tivesse arrancado com cuidado a flecha fincada." Clarice Lispector In: A descoberta do mundo
13 de fev. de 2009
Seus olhos
Eu amo seus olhos tão negros, tão puros,
De vivo fulgor;
Seus olhos que exprimem tão doce harmonia,
Que falam de amores com tanta poesia,
Com tanto pudor.
Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,
Assim é que são;
Eu amo esses olhos que falam de amores
Com tanta paixão.
Gonçalves Dias
De vivo fulgor;
Seus olhos que exprimem tão doce harmonia,
Que falam de amores com tanta poesia,
Com tanto pudor.
Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,
Assim é que são;
Eu amo esses olhos que falam de amores
Com tanta paixão.
Gonçalves Dias
7 de fev. de 2009
Vida
Vida é o que acontece com você enquanto você está ocupado fazendo planos.
John Lennon in "Beautiful Boy (Darling Boy)"
30 de jan. de 2009
23 de nov. de 2008
11 de nov. de 2008
20 de out. de 2008
23 de set. de 2008
21 de set. de 2008
Irmãos
Meu Irmão é Filho Único (Mio fratello è figlio unico)
O filme mostra as mudanças de postura, discussões e a inevitável separação dos irmãos por causa de seus rumos até, claro, o reencontro promovido pela sabedoria da idade. Com o tempo, eles percebem a verdadeira essência não apenas de suas diferenças, mas de suas semelhanças.
7 de set. de 2008
24 de ago. de 2008
31 de jul. de 2008
30 de jul. de 2008
26 de jul. de 2008
23 de jul. de 2008
Inteiramente
Canova Antonio Amore e Psiche, 1788-1793
Tenho desejo, tenho saudade de você - mas tamanha - que não encontro paz (hoje particularmente!) e penso somente em você. Não vou à parte alguma, caminho de um canto a outro, olho no seu armário vazio, nada pode ser mais triste do que a vida sem você. Não me esqueça, por Deus, amo-a um milhão de vezes mais que todos os outros postos juntos. Não me interessa ver ninguém, não tenho vontade de falar com ninguém a não ser com você. O dia mais lindo da minha vida será o da sua chegada. Ame-me, menina. Não se descuide, descanse, escreva se necessita de alguma coisa. Beijo-a, beijo-a, beijo-a, beijo-a, beijo-a beijo-a, beijo-a, beijo-a, beijo-a, beijo-a, beijo-a, beijo-a, beijo-a, beijo-a, beijo-a, beijo-a beijo-a, beijo-a. Não me esqueça, querida, inteiramente seu.
Maiakovski
17 de jul. de 2008
Anjo - Madri
“ Os anjos não dão os ombros, não;
quando querem mostrar indiferença
os anjos dão as asas.”
Mário Quintana, in Caderno H
15 de jun. de 2008
12 de jun. de 2008
A cançãozinha do primeiro desejo
Na manhã verde,
queria ser coração.
Coração.
E na tarde madura
queria ser rouxinol.
Rouxinol.
(Alma,
põe-te cor de laranja.
Alma,
põe-te da cor do amor.)
Na manhã viva,
eu queria ser eu.
Coração.
E na tarde caída
queria ser minha voz.
Rouxinol.
Alma,
põe-te cor de laranja!
Alma,
põe-te da cor do amor!
Garcia Lorca
11 de mai. de 2008
Palavra
Brilham como pedras coloridas, saltam como peixes de prata, são espuma, fio, metal, orvalho...São tão belas que quero colocá-las todas em meu poema... Agarro-as no vôo, quando vão zumbindo, e capturo-as, limpo-as, aparo-as, preparo-me diante do prato, sinto-as cristalinas, vibrantes, ebúrneas, vegetais, oleosas, como frutas, como algas, como ágatas, como azeitonas... E então as revolvo, agito-as, trituro-as, adorno-as, liberto-as... Deixo-as como estalactites em meu poema como pedacinhos de madeira polida, como carvão, como restos de naufrágio, presentes da onda... Tudo está na palavra... Uma idéia inteira muda porque uma palavra mudou de lugar ou porque se sentou como uma rainha dentro de uma frase que não a esperava e que lhe obedeceu... Têm sombra, transparência, peso, plumas, pêlos, têm tudo o que se lhes foi agregado de tanto vagar pelo rio, de tanto transmigrar de pátria, de tanto ser raízes... São antiqüíssimas e recentíssimas.
Pablo Neruda in Confesso que vivi
28 de abr. de 2008
Escolha
O mundo globalizado volta-se todo para o futuro. A vida imita a urgência das apostas antecipadas que cria as tais bolhas de não-riqueza do capital financeiro. A tecnologia aponta para a superação de todas as descobertas, que já nascem com os dias contados, fadadas à obsolescência. Chamamos de progresso a essa forma de vida breve das coisas, fruto do trabalho humano que envelhece tão rapidamente quanto elas.
O presente é uma partícula mínima de tempo, cada vez mais comprimida entre o que já foi e o que será. A rigor, pensem bem: o presente não existe. O futuro é um lugar gelado onde não vive ninguém, de onde só nos acenam promessas de velocidade. A depender das tecnociências hoje, no futuro nos deslocaremos ainda mais depressa, nos comunicaremos mais depressa, ganharemos e perderemos dinheiro mais depressa – e tentaremos envelhecer mais devagar.
O passado tornou-se o único terreno seguro onde a imaginação pode armar sua tenda e contemplar o mundo em relativa tranqüilidade. Na vida em retrospecto, todas as nossas escolhas teriam sido corretas. Teríamos sido abolicionistas no século XIX, modernistas nos anos 1920, resistentes antifascistas em 1930-40, opositores firmes contra as duas ditaduras brasileiras. O passado nos poupa da dimensão trágica da escolha.
Mas é no presente que o corpo está vivo. No presente é que se jogam os lances de dados do destino. Ele é tudo o que temos – e nos escapa.
Maria Rita Kelh
27 de abr. de 2008
Tempo da delicadeza
Todo o Sentimento
Preciso não dormir
Até se consumar
O tempo da gente.
Preciso conduzir
Um tempo de te amar,
Te amando devagar e urgentemente.
Pretendo descobrir
No último momento
Um tempo que refaz o que desfez,
Que recolhe todo sentimento
E bota no corpo uma outra vez.
Prometo te querer
Até o amor cair
Doente, doente...
Prefiro, então, partir
A tempo de poder
A gente se desvencilhar da gente.
Depois de te perder,
Te encontro, com certeza,
Talvez num tempo da delicadeza,
Onde não diremos nada;
Nada aconteceu.
Apenas seguirei
Como encantado ao lado teu.
Chico Buarque
Chico Buarque
21 de abr. de 2008
Outoniza-te de Carlos Drummond de Andrade
Sou tua árvore-de-guarda e simbolizo teu outono pessoal. Quero apenas que te outonize com paciência e doçura. O dardo de luz fere menos, a chuva dá às frutas seu definitivo sabor. As folhas caem, é certo, e os cabelos também, mas há alguma coisa de gracioso em tudo isso: parábolas, ritmos, tons suaves...
Outoniza-se com dignidade, meu velho.
20 de abr. de 2008
Moto-contínuo :: Edu Lobo e Chico Buarque
Um homem pode ir ao fundo do fundo do fundo
se for por você
Um homem pode tapar os buracos do mundo
se for por você
Pode inventar qualquer mundo, como um vagabundo
se for por você
basta sonhar com você
Juntar o suco dos sonhos e encher um açude
se for por você
A fonte da juventude correndo nas bicas
se for por você
Bocas passando saúde com beijos nas bocas
se for por você
Homem também pode amar e abraçar e afagar seu ofício porquê
Vai habitar o edifício que faz pra você
E no aconchego da pele na pele, da carne na carne, entender
Que homem foi feito direito, do jeito que é feito o prazer
Homem constrói sete usinas usando a energia
que vem de você
Homem conduz a alegria que sai das turbinas
de volta a você
E cria o moto-contínuo da noite pro dia
se for por você
E quando um homem já está de partida, da curva da vida ele vê
Que o seu caminho não foi um caminho sozinho porquê
Sabe que um homem vai fundo e vai fundo e vai fundo
se for por você
Edu Lobo e Chico Buarque
se for por você
Um homem pode tapar os buracos do mundo
se for por você
Pode inventar qualquer mundo, como um vagabundo
se for por você
basta sonhar com você
Juntar o suco dos sonhos e encher um açude
se for por você
A fonte da juventude correndo nas bicas
se for por você
Bocas passando saúde com beijos nas bocas
se for por você
Homem também pode amar e abraçar e afagar seu ofício porquê
Vai habitar o edifício que faz pra você
E no aconchego da pele na pele, da carne na carne, entender
Que homem foi feito direito, do jeito que é feito o prazer
Homem constrói sete usinas usando a energia
que vem de você
Homem conduz a alegria que sai das turbinas
de volta a você
E cria o moto-contínuo da noite pro dia
se for por você
E quando um homem já está de partida, da curva da vida ele vê
Que o seu caminho não foi um caminho sozinho porquê
Sabe que um homem vai fundo e vai fundo e vai fundo
se for por você
Edu Lobo e Chico Buarque
16 de abr. de 2008
Escrever
Imagem: Tarsila do Amaral
(...) e vou definitivamente ao encontro de um mundo que está dentro de mim, eu que escrevo para me livrar da carga difícil de uma pessoa ser ela mesma.
Em cada palavra pulsa um coração. Escrever é tal procura de íntima veracidade de vida. Vida que me perturba e deixa o meu próprio coração trêmulo sofrendo a incalculável, dor que parece ser necessária ao meu amadurecimento —amadurecimento? Até agora vivi sem ele!
É. Mas parece que chegou o instante de aceitar em cheio a misteriosa vida dos que um dia vão morrer. Tenho que começar por aceitar-me e não sentir o horror punitivo de cada vez que eu caio, pois quando eu caio a raça humana em mim também cai. Aceitar-me plenamente? é uma violentação de minha vida. Cada mudança, cada projeto novo causa espanto: meu coração está espantado. É por isso que toda a minha palavra tem um coração onde circula sangue.
Tudo o que aqui escrevo é forjado no meu silêncio e na penumbra.
in UM SOPRO DE VIDA
Em cada palavra pulsa um coração. Escrever é tal procura de íntima veracidade de vida. Vida que me perturba e deixa o meu próprio coração trêmulo sofrendo a incalculável, dor que parece ser necessária ao meu amadurecimento —amadurecimento? Até agora vivi sem ele!
É. Mas parece que chegou o instante de aceitar em cheio a misteriosa vida dos que um dia vão morrer. Tenho que começar por aceitar-me e não sentir o horror punitivo de cada vez que eu caio, pois quando eu caio a raça humana em mim também cai. Aceitar-me plenamente? é uma violentação de minha vida. Cada mudança, cada projeto novo causa espanto: meu coração está espantado. É por isso que toda a minha palavra tem um coração onde circula sangue.
Tudo o que aqui escrevo é forjado no meu silêncio e na penumbra.
in UM SOPRO DE VIDA
14 de abr. de 2008
13 de abr. de 2008
6 de abr. de 2008
29 de mar. de 2008
Eu que me Aguente Comigo
foto: Clarinda
Vi sempre o mundo independentemente de mim.
Por trás disso estavam as minhas sensações vivíssimas,
Mas isso era outro mundo.
Contudo a minha mágoa nunca me fez ver negro o que era cor de laranja.
Acima de tudo o mundo externo!
Eu que me aguente comigo e com os comigos de mim.
Álvaro de Campos, in "Poemas" Heterônimo de Fernando Pessoa
28 de mar. de 2008
18 de mar. de 2008
Visão do Paraíso
Se o amor na sua doação absoluta os faz mais frágeis,
ao mesmo tempo os protege como uma armadura.
Os apaixonados voltaram ao Jardim do Paraíso,
provaram da Árvore do Conhecimento
e agora sabem.
Lygia Fagundes Telles in: A disciplina do amor
11 de mar. de 2008
Três orquídeas :: Cecilia Meireles
As orquídeas do mosteiro fitam-me com seus
olhos roxos.
Elas são alvas, todas de pureza,
com uma leve mácula violácea para uma
pureza de sonho triste, um dia.
Que dia? que dia? dói-me a sua brevidade.
Ah! não vêem o mundo. Ah! não me vêem
como eu as vejo.
Se fossem de alabastro seriam mais amadas?
Mas eu amo o eterno e o efêmero e queria
fazer o efêmero eterno.
As três orquídeas brancas eu sonharia que
durassem,
com sua nervura humana,
seu colorido de veludo,
a graça leve do seu desenho,
o tênue caule de tão delicado verde.
Se elas não vêem o mundo, que o mundo as
visse.
Quem pode deixar de sentir sua beleza?
Antecipo-me em sofrer pelo seu
desaparecimento.
E paira sobre elas a gentileza igualmente frágil,
a gentileza floril
da mão que as trouxe para alegrar a minha
vida.
Durai, durai, flores como se estivésseis ainda
no jardim do mosteiro amado onde fostes
colhidas,
que escrevo para perdurardes em palavras,
pois desejaria que para sempre vos soubessem,
alvas, de olhos roxos (ah! cegos?)
com leves tristezas violáceas na brancura de
alabastro
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Os dias felizes :: Cecília Meireles
Fernando Igor Os dias felizes estão entre as árvores, como os pássaros: viajam nas nuvens, correm nas águas, desmancham-se na areia. Todas...

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Tem de haver mais Agora o verão se foi E poderia nunca ter vindo. No sol está quente. Mas tem de haver mais. Tudo aconteceu, Tu...
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