23 de ago. de 2012

Jasmim da Índia ( Quisqualis indica )





Trepadeira lenhosa de crescimento vigoroso nativa da Índia. Sua floração é bastante decorativa, pois as flores mudam de cor passando de branco a vermelho escuro com suave perfume. É utilizada para plantio em cercas, alambrados e maciços. Pode ser mantida como arbusto através de podas.
Pertence à família das combretáceas.
Luz: Pleno sol
Solos: Vários tipos de solos, preferencialmente férteis e bem drenados.
Origem: Índia

22 de ago. de 2012

Nadir da Costa - Pintora




































Nadir da Costa
Nasceu em Aquidauana, MS, em 1944, mudando-se para o Rio de Janeiro aos 16 anos, onde estudou no que hoje é a Escola do Parque Lage. Foi depois para Campinas, onde estudou com Bernardo Caro e Biojone e aperfeiçoou seus estudos em Nova York. Possui um estilo figurativo romântico, onde sobressai uma poética profundamente feminina.
fonte:  http://www.galeriabrasiliana.com.br/conteudo/index.php?option=com_easygallery&act=categories&cid=29&Itemid=99999999



E eu estou no mundo solta e fina como uma corça na planície de Clarice Lispector




E eu estou no mundo solta e fina como uma corça na planície. Levanto-me suave como um sopro, ergo minha cabeça de flor e sonolenta, os pés leves, atravesso campos além da terra, do mundo, do tempo, de Deus. Mergulho e depois emerjo, como de nuvens, das terras ainda não possíveis, ah ainda não possíveis. Daquelas que eu ainda não soube imaginar, mas que brotarão. Ando, deslizo, continuo, continuo... Sempre, sem parar, distraindo minha sede cansada de pousar num fim. – Onde foi que eu já vi uma lua alta no céu, branca e silenciosa? As roupas lívidas flutuando ao vento. O mastro sem bandeira, ereto e mudo fincando no espaço... tudo à espera da meia-noite... – Estou me enganando, preciso voltar. Não sinto loucura no desejo de morder estrelas, mas ainda existe a terra. E porque a primeira verdade está na terra e no corpo. Se o brilho das estrelas dói em mim, se é possível essa comunicação distante, é que alguma coisa quase semelhante a uma estrela tremula dentro de mim. Eis-me de volta ao corpo. Voltar ao meu corpo. Quando me surpreendo ao fundo do espelho assusto-me. Mal posso acreditar que tenho limites, que sou recortada e definida. Sinto-me espalhada no ar, pensando dentro das criaturas, vivendo nas coisas além de mim mesma. Quando me surpreendo ao espelho não me assusto porque me ache feia ou bonita. É que me descubro de outra qualidade. Depois de não me ver há muito quase esqueço que sou humana, esqueço meu passado e sou com a mesma libertação de fim e de consciência quanto uma coisa apenas viva. 
in Perto do Coração Selvagem, p. 78

21 de ago. de 2012

Sivuca - O Poeta do Som. Sivuca e Orquestra Sinfônica da Paraíba - Feira de Mangaio (Sivuca/Gloria Gadelha)

http://www.youtube.com/watch?v=EsZ_Jy0q_V8

Como andar nas pedras, por Luis Fernando Veríssimo


foto: Rafael Souza
As casas e os sobrados antigos de Parati muitas vezes são fachadas para belos interiores modernos. Você literalmente pula de século quando entra por uma das suas portas. O mesmo não acontece com as ruas da zona histórica, que continuam como eram nos séculos 18 e 19, calçadas com pedras irregulares de vários tamanhos que obrigam o pedestre a andar com muito cuidado. É perigoso pisar desatento no passado, ainda mais depois de uma certa idade.
(...) O calçamento das ruas do centro histórico foi feito na forma de calha rasa, sendo a parte mais baixa o eixo central da rua. Neste foram usadas pedras mais compridas e uniformes e mais alinhadas do que as outras. São as capistranas, que formam uma espécie de trilha à prova de tropeções. Pelo menos para nós, os iniciados.
E não deixa de haver uma certa justeza poética no fato de alguns dos maiores escritores do mundo terem que andar de pedra em pedra, escolhendo as mais aparentemente firmes e seguras e evitando as mais traiçoeiras. De certa maneira, é o que eles fazem quando escrevem. Vão escolhendo as palavras certas para chegar onde querem, evitando a queda e o vexame publico. Parati, para quem anda pelas suas ruas, também é um exercício de estilo.
fonte: http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2012/07/12/como-andar-nas-pedras-por-luis-fernando-verissimo-455035.asp

19 de ago. de 2012

18 de ago. de 2012

Presente de Antonio Cícero

Sophie Jourdan

Por que não me deitar sobre este
gramado, se o consente o tempo,
e há um cheiro de flores e verde
e um céu azul por firmamento
e a brisa displicentemente
acaricia-me os cabelos?
E por que não, por um momento,
nem me lembrar que há sofrimento
de um lado e de outro e atrás e à frente
e, ouvindo os pássaros ao vento
sem mais nem menos, de repente,
antes que a idade breve leve
cabelos sonhos devaneios,
dar a mim mesmo este presente?

17 de ago. de 2012

Sonhar de Mia Couto

Olhos baixos, o médico escutou tudo, sem deixar de escrevinhar num papel. Aviava já a receita para poupança de tempo. Com enfado, o clínico se dirigiu ao menino:

— Dói-te alguma coisa?

—Dói-me a vida, doutor.

O doutor suspendeu a escrita. A resposta, sem dúvida, o surpreendera. Já Dona Serafina aproveitava o momento: Está a ver, doutor? Está ver? O médico voltou a erguer os olhos e a enfrentar o miúdo:

— E o que fazes quando te assaltam essas dores?

— O que melhor sei fazer, excelência.

— E o que é?

— É sonhar.

fonte: Couto, Mia. O fio das missangas. Cia. das Letras, 2004, pág. 131.

ESTATUTO DO PASSARINHO : Marcílio Godoi

  "Dos bichos pegamos amor." DIA NACIONAL DOS (DIREITOS) ANIMAIS: 14 DE MARÇO ESTATUTO DO PASSARINHO     Artigo 1 Fica decretado ...