9 de fev. de 2013

Mário de Sá-Carneiro, Último Soneto


Iris de Van Gogh 

Pensei que fosse o meu o teu cansaço -
Que seria entre nós um longo abraço
O tédio que, tão esbelta, te curvava...
E fugiste... Que importa? Se deixaste
A lembrança violeta que animaste,
Onde a minha saudade a Cor se trava?...

Mário de Sá-Carneiro, Último Soneto, in Indícios de Oiro (1937)

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