31 de jan. de 2014

Senha :: Adélia Prado

 Istvan Ilosvai Varga, 1959

Eu sou uma mulher sem nenhum mel
eu não tenho um colírio nem um chá
tento a rosa de seda sobre o muro
minha raiz comendo esterco e chão.
Quero a macia flor desabrochada
irado polvo cego é meu carinho.
Eu quero ser chamada rosa e flor
Eu vou gerar um cacto sem espinho.

Miserere. Record, 2014.

Nenhum comentário:

Os dias felizes :: Cecília Meireles

Fernando Igor Os dias felizes estão entre as árvores, como os pássaros: viajam nas nuvens, correm nas águas, desmancham-se na areia.   Todas...