9 de jun. de 2012

A criança que ri na rua de Fernando Pessoa


A criança que ri na rua,
A música que vem no acaso,
A tela absurda, a estátua nua,
A bondade que não tem prazo —

Tudo isso excede este rigor 
Que o raciocínio dá a tudo, 
E tem qualquer coisa de amor, 
Ainda que o amor seja mudo. 

Poesias Inéditas (1930-1935).  Lisboa: Ática, 1955

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