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16 de ago. de 2022

Amigos


Depois da perda da saúde, a face mais dura do envelhecimento é conviver com o desaparecimento dos personagens que construíram nossa história. Não importa quantos amigos íntimos tenhamos, cada um deles é insubstituível, os que ficam não preenchem o vazio deixado pelo que se ausentou. Alguém já comparou essa situação à de uma floresta em que cada árvore que desaba abre uma clareira. Você poderá dizer que nela nascerão outras. É verdade, mas levarão tempo para crescer; até se tornarem frondosas e acolhedoras, talvez não estejamos mais aqui. DRAUZIO VARELLA
Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1308201132.htm

21 de set. de 2016

Pau-Brasil, arabutã, ibirapiranga, (dos termos tupis ïbi'rá, "pau" e pi'tãga, "vermelho".) ibirapitanga, ibirapitá, orabut], pau-de-pernambuco, pau-de-tinta, pau-pernambuco e pau-rosado







Pau-brasil   (Caesalpinia echinata)
Divisão:                Magnoliophyta
Classe:  Magnoliopsida
Ordem:                Fabales
Família:                Fabaceae
Subfamília:         Caesalpinioideae
Género:              Caesalpinia
Espécie:               C. echinata Lam.
Lam. 1785
Guilandina echinata (Lam.) Spreng.
O pau-brasil (Caesalpinia echinata Lam.), também chamado arabutã, ibirapiranga, ibirapitanga, ibirapitá, orabut], pau-de-pernambuco, pau-de-tinta, pau-pernambuco e pau-rosado, é uma leguminosa nativa da Mata Atlântica, no Brasil.
A madeira do pau-brasil pode ser, talvez, a mais valiosa do mundo atualmente; é considerada incorruptível, por não apodrecer e não ser atacada por insetos. Seu uso, dadas a escassez e a proteção, restringe-se ao fabrico de arcos de violinos, canetas e joias.
"Brasil" deriva do francês brésil, que deriva do toscano verzino, que era o nome da madeira utilizada na tinturaria na Itália. Verzino, por sua vez, deriva do árabe wars, que designa uma planta tintória do Iêmen. Caesalpinia é uma homenagem ao médico e botânico de Arezzo, na Itália, Andrea Cesalpino, por parte do frade e botânico francês Charles Plumier Echinata significa, traduzido do latim, "com espinhos". É uma referência ao fato de as vagens do pau-brasil terem espinhos, fato único dentro de seu gênero, o Caesalpinia. "Arabutã", "ibirapitanga", "ibirapiranga", "ibirapitá" e "orabutã" são derivados dos termos tupis ïbi'rá, "pau" e pi'tãga, "vermelho".
A árvore alcança entre dez e quinze metros de altura e possui tronco reto, com casca cor cinza-escuro, coberta de acúleos, especialmente nos ramos mais jovens. As folhas são compostas bipinadas, de cor verde médio, brilhantes. As flores nascem em racemos eretos próximo ao ápico dos ramos. Possuem quatro pétalas amarelas e uma menor vermelha, muito aromáticas; no centro, encontram-se dez estames e um pistilo com ovário súpero alongado.
Os frutos são vagens cobertas por longos e afiados espinhos, que devem protegê-los de pássaros indesejáveis, pois estes comeriam os frutos. Contém de uma a cinco sementes discoides, de cor marrom. A torção do legume, ao liberar as sementes, ajuda a aumentar a distância da dispersão.
Ocorrência

Na floresta ombrófila densa da Mata Atlântica, a partir do Rio de Janeiro até o extremo nordeste, ou seja, nos estados de Alagoas, Bahia, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, e Sergipe.
Encontra-se na lista do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis de espécies ameaçadas de extinção na categoria "vulnerável" e na da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais na categoria "em perigo"
O município pernambucano de São Lourenço da Mata possui, hoje, a maior reserva nativa da espécie. A Reserva Tapacurá possui, aproximadamente, 100 000 pés de pau-brasil.
Usos e História
Afirmam alguns historiadores que o corte do pau-brasil para a obtenção de sua madeira e sua resina (extraída para uso como tintura em manufaturas de tecidos de alto luxo) foi a primeira atividade econômica dos colonos portugueses na recém-descoberta Terra de Santa Cruz, no século XVI e que a abundância desta árvore no meio a imensidão das florestas inexploráveis teria conferido à colônia o nome de Brasil.
Na realidade, no século XV uma árvore asiática semelhante, com o mesmo nome Brazil, já era usada para os mesmos fins e tinha alto valor na Europa, porém era escassa. Os navegadores portugueses que aqui aportaram imediatamente observaram a abundância da árvore pelo litoral e ao longo dos rios de planície. Em poucos anos, tornou-se alvo de muito lucrativo comércio e contrabando, inclusive com corsários franceses atacando navios portugueses. Foi uma das expedições de corsários liderada por Nicolas Durand de Villegaignon, em 1555, que estabeleceu uma colônia que hoje se chama Rio de Janeiro (a França Antarctica). A planta foi citada em Flora Brasiliensis por Carl Friedrich Philipp von Martius.
A resina vermelha era utilizada pela indústria têxtil europeia como uma alternativa aos corantes de origem terrosa e conferia aos tecidos uma cor de qualidade superior. Isto, aliado ao aproveitamento da madeira vermelha na marcenaria, criou uma demanda enorme no mercado, o que forçou uma rápida e devastadora "caça" ao pau-brasil nas matas brasileiras. Em pouco menos de um século, já não havia mais árvores suficientes para suprir a demanda, e a atividade econômica foi deixada de lado, embora espécimens continuassem a ser abatidos ocasionalmente para a utilização da madeira (até os dias de hoje, usada na confecção de arcos para violino e móveis finos).
O fim da caça ao pau-brasil não livrou a espécie do perigo de extinção. As atividades econômicas subsequentes, como o cultivo da cana-de-açúcar e do café, além do crescimento populacional, estiveram aliadas ao desmatamento da faixa litorânea, o que restringiu drasticamente o habitat natural desta espécie. Mas sob o comando do Imperador Dom Pedro II, vastas áreas de Mata Atlântica, principalmente no estado do Rio de Janeiro, foram recuperadas, e iniciou-se uma certa conscientização preservacionista que freou o desmatamento. Entretanto, já se considerava o pau-brasil como uma árvore praticamente extinta.
No século XX, a sociedade brasileira descobriu o pau-brasil como um símbolo do país em perigo de extinção, e algumas iniciativas foram feitas no sentido de reproduzir a planta a partir de sementes e utilizá-la em projetos de recuperação florestal, com algum sucesso. Atualmente, o pau-brasil tornou-se uma árvore popularmente usada como ornamental. Se seu habitat natural será devastado por completo no futuro, não se sabe, mas a sobrevivência da espécie parece assegurada nos jardins das casas e canteiros urbanos.
Em 1924, Oswald de Andrade fez um manifesto sobre a nova poesia brasileira intitulado "Manifesto da Poesia Pau-Brasil".
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

25 de set. de 2015

Carambola (Averrhoa carambola)





Averrhoa carambola
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Oxalidales
Família: Oxalidaceae
Género: Averrhoa
Espécie: A. carambola
Nome binomial
Averrhoa carambola
A carambola é o fruto da caramboleira (Averrhoa carambola ), uma árvore ornamental de pequeno porte, da família das Oxalidaceae. Possui flores brancas e purpúreas. É largamente usada como planta de arborização de jardins e quintais. É originária da Índia, sendo muito conhecida na China.

"Carambola" é oriundo do francês carambole

De sabor agridoce, com coloração variando do verde ao amarelo, dependendo do grau de maturação, rica em sais minerais (cálcio, fósforo e ferro) e contendo vitaminas A, C e do complexo B, a carambola é considerada uma fruta febrífuga (que serve para combater a febre), antiescorbútica (que serve para curar a doença escorbuto - carência de vitamina C, e que se caracteriza pela tendência a hemorragias) e, devido à grande quantidade de ácido oxálico, estimulador do apetite. Seu suco pode ser usado para tirar manchas de ferro, de tintas e ainda limpar metais. Sua casca é utilizada como antidisentérico, por possuir alto teor de tanino - cujo poder adstringente pode prender o intestino.

É considerada uma fruta de quintal, pois seu cultivo não é feito em escala, sendo produzida essencialmente em sítios, quintais, granjas e pomares de fazendas. Começa a produzir frutos em torno de quatro anos de existência, dando em média duzentos frutos, podendo durar de cinquenta a setenta anos. A fruta parece uma estrela quando cortada e tem cinco gomos.

Pode ser consumida ao natural ou no preparo de geléias, caldas, sucos e conservas. Cortada em fatias e deixada no fogo brando com açúcar, fica quase da mesma consistência e sabor do doce de ameixa-preta. Na Índia e na China são bastante consumidas como sobremesa, assim como as flores e os frutos verdes, que são utilizados nas saladas.

Pessoas portadoras de insuficiência renal crônica não podem comer carambola, pois esta fruta possui uma toxina natural - a caramboxina - que não é filtrada pelos rins destas pessoas, ficando retida no organismo e atingindo o cérebro, podendo induzir crises de soluços, vômito, confusão mental, agitação psicomotora, convulsões prolongadas (estado de mal epiléptico), coma e levar inclusive, à morte. Portadores de diabetes devem consultar o médico antes de comer, pois podem sofrer de insuficiência renal e não saber. Pessoas sem problemas renais devem evitar o abuso no consumo da carambola. Isso porque seu teor de ácido oxálico pode eventualmente produzir cálculos renais em indivíduos mais sensíveis.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

7 de jun. de 2015

EXEMPLO :: Wislawa Szymborska

Piet Mondrian 
O vendaval
à noite arrancou todas as folhas de uma árvore,           
menos uma,
deixada
para balançar só num galho nu.

Com este exemplo
a Violência demonstra      
que sim –
às vezes ela gosta de se divertir.

18 de mai. de 2015

Com o Tempo a Sabedoria :: W. B. Yeats

 Frida Kahlo, 1943

Embora muitas sejam as folhas, a raiz é só uma;
Ao longo dos enganadores dias da mocidade,
Oscilaram ao sol minhas folhas, minhas flores;
Agora posso murchar no coração da verdade.
..............

The Coming of Wisdom with Me
Though leaves are many, the root is one;
Through all the lying days of my youth
I swayed my leaves and flowers in the sun;
Now I may wither into the truth.
  
Tradução: José Agostinho Baptista. 

7 de nov. de 2014

As plantas :: Manoel de Barros

Maki Haku
As plantas
me ensinavam de chão.
Fui aprendendo com o corpo.

Hoje sofro de gorjeios
nos lugares puídos de mim.
Sofro de árvores."

In: Compêndio para uso de pássaros

3 de nov. de 2014

Insiro o rosto :: ANTÓNIO RAMOS ROSA

Nadejda Anfalova
Insiro o rosto
entre os ramos de um arbusto
e bebo a delicada fábula
dos fulgores solares

Consumi toda a minha fragilidade verde

Dormi como uma folha
de braços abertos
e passo a passo
subi ao cimo do dia

 in NUMA FOLHA LEVE E LIVRE. Lua de Marfim Editora,  2013.

27 de out. de 2014

Seriguela: Siriguela , ciriguela ou ciruela (Spondias purpurea)






Classificação científica
Domínio: Eukaryota
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Sapindales
Família: Anacardiaceae
Género: Spondias
Espécie: Spondias. purpurea
Nome binomial
Spondias purpurea

Siriguela , ciriguela ou ciruela (Spondias purpurea) é o nome de uma árvore da família das anacardiáceas e também de seu fruto. É uma árvore de porte médio, podendo atingir até sete metros. Originária da América Central e da América do Sul, é bastante comum na Região Nordeste do Brasil.
Origens e Habitat
A ciriguela encontra-se no sul do México, na América Central, nas Antilhas e no Brasil (cerrado e caatinga), do nível de mar até os 1 200 metros de altitude. Ocorrem exemplares dessa árvore em cidades dos estados brasileiros de Goiás, do Piauí, da Paraíba, do Maranhão, do Rio de Janeiro, de Mato Grosso, de Mato Grosso do Sul, de Minas Gerais, da Bahia, de São Paulo e do Espírito Santo, sendo utilizada no paisagismo. Há diversos exemplares da fruta vermelha em chácaras do Distrito Federal brasileiro. A região sul do estado do Ceará é, hoje, o maior produtor de ciriguela do Brasil.
Sua frutificação se dá nos meses de outubro e novembro, sendo colhida entre os meses de dezembro e janeiro. Está adaptada a solos fracos e com baixa pluviosidade. É lavoura permanente e de uso pouco difundido. Não há utilização econômica senão para produção sazonal em pequenas plantações.
A seriguela dificilmente se propaga por sementes, sendo, geralmente, multiplicada por estacas com trinta a cinquenta centímetros de comprimento e de sete a doze centímetros de diâmetro. A melhor época de plantio das estacas no semiárido nordestino brasileiro compreende, empiricamente, do início do mês de outubro até o início de novembro.

É uma drupa elipsoidal de cor amarelada ou mesmo avermelhada quando maduro, com comprimento entre 2,5 e cinco centímetros. Pesa entre quinze e vinte gramas. A camada de polpa é fina, com cerca de três milímetros, com um caroço do tamanho de uma azeitona grande. É parecida com o cajá mas, ao contrário desse, é bastante doce.
O seu consumo é feito de diversas formas, desde natural até na confecção de sucos, sorvetes e doces. É rica em carboidratos, cálcio, fósforo e ferro. A ciriguela possui, ainda, vitaminas A, B e C. É eficaz contra anemia, inapetência e diminuição dos glóbulos brancos.



21 de set. de 2014

Um Reino Cheio de Mistério de Clarice Lispector

No dia 21 de setembro comemorou-se o Dia da Árvore, o que deve ter dado trabalho a muito menino do primário, do qual certamente exigiram uma redação sobre o tema: com a alma bocejando, os meninos devem ter dito que a árvore dá sombra, frutos etc.
Mas, ao que eu saiba, não se comemora o dia da planta, ou melhor, da plantação. E esse dia é importante para a experiência humana das crianças e dos adultos. Plantar é criar na Natureza. Criação insubstituível por outro tipo qualquer de criação.
Lembro-me de quando eu era menina e fui passar o dia numa granja. Foi um dia glorioso: lá plantei um pé de milho com muito amor e excitação. Depois, de quando em quando, eu pedia notícias do que havia criado.
Mais tarde, na Suíça, plantei um pé de tomates numa lata grande, bonita. Quando começaram a aparecer os ainda pequenos tomates verdes e duros achei inacreditável que eu mesma lhes tivesse provocado o nascimento: eu entrara no mistério da Natureza. Cada manhã, ao acordar, a primeira coisa que fazia era ir examinar minuciosamente a planta: é como se a planta usasse a escuridão da noite para crescer. Esperar que algo amadureça é uma experiência sem par: como na criação artística em que se conta com o vagaroso trabalho do inconsciente. Só que as plantas são a própria inconsciência.
Nesse reino, que não é nosso, a planta nasce, cresce,  amadurece e morre. Sem nenhum objetivo de satisfazer algum instinto. Ou estarei enganada, e há instintos os mais primários no reino vegetal? Meu tomateiro parecia ter tomates vermelhos porque assim queria, sem nenhuma outra finalidade que não a de ser vermelho, sem a menor intenção de ser útil. A utilização do tomate para se comer é problema dos humanos.
Um dos gestos mais belos e largos e generosos do homem, andando vagarosamente pelo campo lavrado, é o de lançar na terra as sementes.
E quando os tomates ficaram redondos, grandes e vermelhos? Chegara a hora da colheita. Não foi sem alguma emoção que vi num prato da mesa os tomates que eram mais meus que um livro meu. Só que não tive coragem de comê-los. Como se comê-los fosse um sacrilégio, uma desobediência à lei natural. Pois um tomateiro é arte pela arte. Sem nenhum proveito senão o de dar tomate.
O ritmo das plantas é vagaroso: é com paciência e amor que elas crescem.
Entrar no Jardim Botânico é como se fôssemos trasladados para um novo reino. Aquele amontoado de seres livres. O ar que se respira é verde. E úmido. É a seiva que nos embriaga de leve: milhares de plantas cheias da vital seiva. Ao vento as vozes translúcidas das folhas de plantas nos envolvem num suavíssimo emaranhado de sons irreconhecíveis. Sentada ali num banco, a gente não faz nada: fica apenas sentada deixando o mundo ser. O reino vegetal não tem inteligência e só tem um instinto, o de viver. Talvez essa falta de inteligência e de instintos seja o que nos deixa ficar tanto tempo sentada dentro do reino vegetal.
Lembro-me de que no curso primário a professora mandava cada aluno fazer uma redação sobre um naufrágio, um incêndio, o Dia da Árvore. Eu escrevia com a maior má vontade e com dificuldade: já então não sabia seguir senão a inspiração. Mas que seja esta a redação que em pequena me obrigavam a fazer.
In: Visão do esplendor: impressões leves. Francisco Alves Editora, 1975. p. 71

16 de set. de 2014

A ÁRVORE QUE NINGUÉM VISITA :: CHARLES SIMIC (Belgrado, 1938)

 Jean Metzinger, 1906

Então eu fui. Uma tarde subi
Aquela colina íngreme e rochosa,
Parando para descansar e admirar uma flor silvestre
E a vista do lago
No vale lá em baixo.

Teria gostado de uma cabra por companhia.
Uma preta e branca, com um sino
Para ir à frente, pastar um pouco e romper
O silêncio quando este retoma sua ascensão
Até onde uma árvore escura e silenciosa está

Esperando todos estes anos que alguém
Se sente à sua sombra, em calma consigo mesmo.
Até o vento está sempre a inventar
Joguinhos para as suas folhas brincarem,
Sem pressa agora de perturbar a paz.



18 de jun. de 2014

Anímico de Adélia Prado

Jean-Francois Millet, 1867-1868
Nasceu no meu jardim um pé de mato
que dá flor amarela.
Toda manhã vou lá pra escutar a zoeira
da insetaria na festa.
Tem zoada de todo jeito:
tem do grosso, do fino, de aprendiz e de mestre.
É pata, é asas, é boca, é bico, é grão de
poeira e pólen na fogueira do sol.
Parece que a arvorinha conversa.

19 de abr. de 2014

Outono de Russell Edson (n.1935)




Uma vez um homem encontrou duas folhas e entrou em casa segurando-as com os braços esticados dizendo aos pais que era uma árvore.
Ao que eles disseram então vai para o pátio e não cresças na sala pois as tuas raízes podem estragar a carpete.
Ele disse eu estava a brincar não sou uma árvore e deixou cair as folhas.
Mas os pais disseram olha é outono.

12 de mar. de 2014

Coqueiro de Itapoã de Dorival Caymmi


Coqueiro de Itapoã, coqueiro 
Areia de Itapoã, areia 

Morena de Itapoã, morena 
Saudade de Itapoã me deixa 
Oh vento que faz cantiga nas folhas 
No alto dos coqueirais 
Oh vento que ondula as águas 
Eu nunca tive saudade igual 
Me traga boas notícias daquela terra toda manhã 
E joga uma flor no colo de uma morena de Itapoã 

Coqueiro de Itapoã, coqueiro 
Areia de Itapoã, areia 
Morena de Itapoã, morena 
Saudade de Itapoã me deixa 








31 de out. de 2013

Avelós, coroa-de-cristo, cachorro-pelado, árvore-lápis ou graveto-do-diabo







Avelós (Euphorbia tirucalli)
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Subclasse: Magnoliidae
Ordem: Malpighiales
Família: Euphorbiaceae
Género: Euphorbia
Espécie: Euphorbia tirucalli

A avelós (nome científico Euphorbia tirucalli; também popularmente conhecido como coroa-de-cristo, cachorro-pelado, árvore-lápis ou graveto-do-diabo é um arbusto família das euforbiáceas que produz uma seiva tóxica e cáustica, capaz de cegar.
Tem uma ampla distribuição na África, presentes no nordeste da África Central e Austral. Também pode ser nativa em outras partes do continente, bem como algumas ilhas vizinhas e na península árabe. Foi introduzida a muitas outras regiões tropicais. Seu status na Índia é incerto. Ele cresce em áreas secas e é muitas vezes usado para alimentar o gado ou como cobertura.
Essa planta produz um leite venenoso (látex), que pode ser o equivalente a gasolina. Esse leite também tem usos em medicina tradicional, em muitas culturas. Tem sido usada para tratar câncer, excrescências, tumores e verrugas em lugares diversos como Brasil, Índia, Indonésia e Malásia. Porém usada em grandes quantidades, essa substância é extremamente nociva à saúde.
Conforme o Jornal Folha de São Paulo, estudos do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, em São Paulo, mostram que essa planta conseguiu estabilizar o quadro clínico de uma pessoa doente com câncer, em estado terminal, e que também foi eficaz no alívio das dores.
fonte: Wikipedia

14 de ago. de 2013

Paineira-branca - Cotton-silk-tree (Ceiba glaziovii )







Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Anthophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Malvales
Família: Malvaceae
Subfamília: Bombacoidae
Género: Ceiba
Espécie: C. glaziovii
Nome binomial: Ceiba glaziovii  (Kuntze) K.Schum.
A barriguda, ou paineira-branca (Ceiba glaziovii) é uma espécie de Paineira do género Ceiba, muito semelhante à paineira-rosa.
Não muito comum, ocorre principalmente na caatinga dos estados do Ceará, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia, e na mata atlântica dos brejos em serras nordestinas e de Minas Gerais, São Paulo e Paraná.

Nome popular: Barriguda refere-se ao intumescimento da parte central do caule, à meia altura da árvore, tendo a mesma um diâmetro maior no meio do que na base, e que serve para armazenar água extraída através da seiva xilemática. Já paineira-branca refere-se à cor de suas flores, que geralmente se dão quando as árvores estão sem folhagem na estação seca, ou perdendo suas folhas.

Árvore de 6–18 m de altura, com copa ampla e bastante ramificada, de tronco intumescido com mais de 1 m de diâmetro
Casca cinza-claro, lisa e dotada de grande número de acúleos cônicos e rígidos de até 5 cm de comprimento. Folhas compostas palmadas, com 4-7 folíolos (geralmente 5), sobre pecíolos ligeiramente dilatados no ápice e na base. Flores brancas, de 1-3 por nó, em inflorescências terminais
Frutos do tipo cápsula elipsóide, deiscente, glabra, coriácea, contendo muitas sementes pequenas,cada uma de 6 mm, marrom-escuras, redondas, envoltas por pêlos finíssimos, com consistência sedosa, que ajudam na dispersão das mesmas.

Planta decídua, heliófita, xerófita, de sucessões secundárias, de dispersão descontínua, porém ampla, com capacidade de dispersar as sementes pelo vento.

Fenologia

Perde as folhas na estação seca e floresce entre julho e outubro, e os frutos geralmente amadurecem ainda na estação seca (entre setembro e novembro).

Utilidades

Madeira empregada em caixotaria
Casca usada na medicina caseira contra inflamação do fígado e para tratar hérnias
Planta ornamental, principalmente por causa de sua floração, servindo para arborizar praças e no paisagismo urbano.
Pode ser usada para enriquecer capoeiras e vegetação empobrecida e na segunda fase de recomposição florestal de áreas degradadas
Os pêlos que envolvem as sementes (chamados popularmente de "lã de barriguda") são empregados no enchimento de almofadas, travesseiros, colchões, selas e estofamento de móveis
Nas estradas vicinais do Nordeste brasileiro, pode ser usada como cerca viva.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Uma imagem de prazer :: Clarice Lispector

     Conheço em mim uma imagem muito boa, e cada vez que eu quero eu a tenho, e cada vez que ela vem ela aparece toda. É a visão de uma flor...