Mas, quando garoto,
a gente preocupada trabalhava
eu escapava
para as margens do rio Rion
e vagava sem fazer nada.
Aborrecia-se minha mãe:
"Garoto danado!"
Meu pai me ameaçava com o cinturão.
Mas eu,
com três rublos falsos,
jogava com os soldados sob os muros.
Sem o peso da camisa,
sem o peso das botas,
de costas ou de barriga no chão,
torrava-me ao sol de Kutaís
até sentir pontadas no coração.
O sol se assombrava:
"Daquele tamaninho
com um tal coração!
Vai partir-lhe a espinha!
Como, será que cabem
nesse tico de gente
rio,
o coração,
eu
e cem quilômetros de montanhas?"