Uma coisa bonita era para se dar ou para se receber, não apenas para se ter. Clarice Lispector
Mostrando postagens com marcador Praia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Praia. Mostrar todas as postagens
25 de nov. de 2015
24 de mai. de 2015
Cantiga para Djanira :: Paulo Mendes Campos
Djanira
O vento é o aprendiz das horas lentas,
Traz suas invisíveis ferramentas,
Suas lixas, seus pentes-finos,
Cinzela seus castelos pequeninos,
Onde não cabem gigantes contrafeitos,
E, sem emendar jamais os seus defeitos,
Já rosna descontente e guaia
De aflição e dispara à outra praia,
Onde talvez possa assentar
Seu monumento de areia – e descansar.
In: Poemas. Civilização Brasileira, 1984.
In: Poemas. Civilização Brasileira, 1984.
2 de abr. de 2014
Liberdade
Algarve - Praia de Amado
Aqui nesta praia onde
Não há nenhum vestígio de impureza,
Aqui onde há somente
Ondas tombando ininterruptamente,
Puro espaço e lúcida unidade,
Aqui o tempo apaixonadamente
Encontra a própria liberdade.
28 de set. de 2013
Trouxe o sol à poesia de João Cabral de Melo Neto
Chagall
Trouxe o sol à poesia
mas como trazê-lo ao dia?
No papel mineral
qualquer geometria
fecunda a pura flora
que o pensamento cria.
Ora, no rosto que, grave
riso súbito abria,
no andar decidido
que os longes media,
na calma segurança
de quem tudo sabia,
no contacto das coisas
que apenas coisas via,
nova espécie de sol
eu, sem contar, descobria:
não a claridade imóvel
da praia ao meio-dia,
de aérea arquitetura
ou de pura poesia:
mas o oculto calor
que as coisas todas cria.
(sem data;
1947?)
20 de set. de 2013
Marinha de João Cabral de Melo Neto
adormecidos na praia
que nuvens procuram
agarrar?
(MELO NETO, João Cabral de. Marinha. Os melhores poemas. São Paulo: Global, 1985. p. 14.)
28 de fev. de 2013
Sonetilho de verão de Paulo Henriques Britto
Traído pelas palavras.
O mundo não tem conserto.
Meu coração se agonia.
Minha alma se escalavra.
Meu corpo não liga não.
A idéia resiste ao verso,
o verso recusa a rima,
a rima afronta a razão
e a razão desatina.
Desejo manda lembranças.
O poema não deu certo.
A vida não deu em nada.
Não há deus. Não há esperança.
Amanhã deve dar praia.
12 de set. de 2012
14 de ago. de 2012
Rondel de Samuel Beckett
pela praia fora
ao final do dia
só som de passos
longo som só
que inesperado fica
som nenhum depois
pela praia fora
longo som nenhum
que inesperado parte
só som de passos
longo som só
pela praia fora
ao final do dia
1976
Assinar:
Postagens (Atom)
Uma imagem de prazer :: Clarice Lispector
Conheço em mim uma imagem muito boa, e cada vez que eu quero eu a tenho, e cada vez que ela vem ela aparece toda. É a visão de uma flor...
-
Tem de haver mais Agora o verão se foi E poderia nunca ter vindo. No sol está quente. Mas tem de haver mais. Tudo aconteceu, Tu...
-
A ilha da Madeira foi descoberta no séc. XV e julga-se que os bordados começaram desde logo a ser produzidos pel...