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27 de mai. de 2015

Deus fale conosco :: Goethe


 Henri Matisse

Simplesmente não consigo compreender como é que se pode acreditar que Deus fale conosco através de livros e de histórias. Se o mundo não te revela imediatamente de que modo se relaciona contigo, se teu coração não te diz o que deves a ti próprio e aos outros, jamais o farão os livros, que na verdade só servem para dar nomes aos nossos erros. 

De: GOETHE, J.W. Wilhelm Meisters Lehrjahre. Buch VII. München: DTV, 1988.

12 de jun. de 2014

O mais singular livro dos livros :: J. W. Goethe (1749-1832)

Edward Burne-Jones 


O mais singular livro dos livros
É o Livro do Amor;
Li-o com toda a atenção:
Poucas folhas de alegrias,
De dores cadernos inteiros;
Apartamento faz uma secção,
Reencontro! um breve capítulo,
Fragmentário. Volumes de mágoas
Alongados de comentários,
Infinitos, sem medida.
Ó Nisami ! – mas no fim 
Achaste o justo caminho;
O insolúvel, quem o resolve?
Os amantes que tornam a encontrar-se.

De Divan Ocidental-Oriental

17 de nov. de 2013

Aos leitores amigos :: Goethe

Raphael, 1509-1511

Poetas não podem calar-se,
Querem às turbas mostrar-se.
Há de haver louvores, censuras!
Quem vai confessar-se em prosa?
Mas abrimo-nos sob rosa
No calmo bosque das musas.

Quanto errei, quanto vivi,
Quanto aspirei e sofri,
Só flores num ramo - aí estão;
E a velhice e a juventude,
E o erro e a virtude
Ficam bem numa canção.

25 de jan. de 2013

Ginkgo biloba - Goethe






Essa folha de uma árvore do Oriente
Brotou em meu jardim
Ela revela certo segredo
Que me atrai e às pessoas contemplativas
Ela representa uma só criatura
Que a si mesmo se dividiu?
Ou são duas, que decidiram
Que uma deveriam ser?
Para responder a essa questão,
Descobri a resposta certa:
Nota que em minhas canções e em meus versos
Sou Um e sou Dois?

A tradução em português é de Flávio Demberg,
.......................
Dieses Baums Blatt, der von Osten 
Meinem Garten anvertraut, 
Gibt geheimen Sinn zu kosten, 
Wie's den Wissenden erbaut.
Ist es ein lebendig Wesen, 
Das sich in sich selbst getrennt? 
Sind es zwei, die sich erlesen, 
Dasz man sie als Eines kennt?

Solche Frage zu erwidern, 
Fand ich wohl den rechten Sinn: 
Fühlst du nicht an meinen Liedern, 
Dasz ich Eins und doppelt bin?
.........................
Las hojas de este árbol, que del Oriente 
a mi jardín venido, lo adorna ahora, 
un arcano sentido tienen, que al sabio 
de reflexión le brindan materia obvia.

¿Será este árbol extraño algún ser vivo 
que un día en dos mitades se dividiera? 
¿O dos seres que tanto se comprendieron, 
que fundirse en un solo ser decidieran?

La clave de este enigma tan inquietante 
Yo dentro de mí mismo creo haberla hallado: 
¿no adivinas tú mismo, por mis canciones, 
que soy sencillo y doble como este árbol?
...............
La feuille de cet arbre 
Qu'à mon jardin confia l 'Orient 
Laisse entrevoir son sens secret 
Au sage qui sait s'en saisir.

Serait-ce là un être unique 
Qui de lui-même s’est déchiré ? 
Ou bien deux qui se sont choisis 
Et qui ne veulent être qu’un ?

Répondant à cette question 
J’ai percé le sens de l’énigme 
Ne sens-tu pas d’après mon chant 
Que je suis un et pourtant deux ?
............................
Le foglie di quest'albero dall'Oriente
venuto a ornare il mio giardino  
celano un senso arcano  
che il saggio sa capire. 

C'è in esso una creatura  
che da sola si spezza?  
O son due che per scelta voglion 
essere una sola? 

Per chiarire il mistero  
ho trovato la chiave:  
non senti nel mio canto ch'io 
pur essendo uno anche duplice sono?

28 de fev. de 2012

Recomendação de Goethe

imagem Pedro Ruiz


Ai, que deve o homem esperar?
É melhor ficar inerte?
É melhor viver sem leme?
A algum amor se aferrar? 
Deve em tenda residir? 
Ou uma casa edificar? 
Deve se fiar em rocha, 
Tão sujeita a vacilar? 
A cada um o seu tanto... 
Cada qual rume, com fé, 
Pense onde se fixar 
E não caia estando em pé.

3 de fev. de 2012

Algo de seu para apertar ao coração




Goethe ( 28 August 1749 – 22 March 1832), aos 64 anos escreveu este apelo pungente a sua amada Johanna Christiana Sophie Vulpius (Weimar, 1 June 1765 – Weimar, 6 June 1816)
"Por favor, mande-me o quanto antes seu último par de sapatos, aquele já gasto de tanto dançar de que me falou em sua última carta, para que eu possa ter novamente algo de seu para apertar ao coração."

Uma imagem de prazer :: Clarice Lispector

     Conheço em mim uma imagem muito boa, e cada vez que eu quero eu a tenho, e cada vez que ela vem ela aparece toda. É a visão de uma flor...