Uma coisa bonita era para se dar ou para se receber, não apenas para se ter. Clarice Lispector
27 de jan. de 2022
24 de jan. de 2022
O pombo flâneur :: Alex Varella
Todo pombo é flâneur, mas o carioca ainda mais.
Conta Paulo Mendes Campos que era verão,
e dois deles tinham marcado um encontro,
às cinco azul em ponto,
nos céus do Rio de Janeiro.
Os tradicionais relógios da Mesbla e da Central marcavam a hora,
mas não marcavam o tempo,
(nenhum relógio marca o tempo).
Atravessando a cidade num fio de luz,
a vista ardendo de azul,
aquele pombo se atrasou
e, arrulhando,
em uma sentença se explicou:
“-- Desculpe , meu amor,
mas o dia estava tão bonito que eu vim andando;
eu tinha de vir andando!”
VARELLA, Alex. O pombo flâneur.
17 de jan. de 2022
10 de jan. de 2022
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