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29 de set. de 2017

Papoula azul tibetana, papoula azul do Himalaia (Meconopsis betonicifolia, Meconopsis baileyi, tibetana















Foi descrita em 1886 por Pierre Jean Marie Delavay.
Tamanho : de 1 m à 1,5 m de altura
Flores : entre 10 e 20 cm de diametro
Originária do sudeste do Tibete, a papoula cresce  à uma altitude de 3120 à 4000 metros.
Esta flor é o emblema dos Jardins de Métis na região de Gaspé no Quebec, Canadá. A floração em Quebec acontece desde o final de junho até o final de julho. Geralmente atinge seu pico nas duas primeiras semanas de julho.
O nome  Meconopsis Baileyi homenageia Frederick M. Baileyi, oficial do exército britânico e explorador, que encontrou-as em 1913, ao longo do desfiladeiro do Rio Tsango, no Tibete.

13 de out. de 2015

Eu ébrio ::Adriano Wintter

 Sam Francis

bebeu
todo vinho
suave da noite
quebrou
sua taça
infinita de estrelas
e acordou
solarmente na rua
com bandos de aves
no terno azul

11 de mar. de 2015

Burn It Blue :: Caetano Veloso


Incendeie esta casa
Incendeie em azul
Coração ficando vazio
Tão perdido sem você
Mas o céu da noite desabrocha com fogo
E a cama em chamas flutua mais alto
E ela está livre para voar
Mulher tão cansada
Abra suas asas inteiras
Voe livre enquanto a andorinha canta
Venha para os fogos de artifício
Veja a senhora escura sorrir
Ela incendeia
E o céu da noite desabrocha com fogo
E a cama em chamas flutua mais alto
E ela está livre para voar
Incendeie esta noite
Preto e azul
Tão frio de manhã
Tão frio sem você
E o céu da noite desabrocha com fogo
E a cama em chamas flutua mais alto
E ela está livre para voar
E a noite que se incendeia
E a cama que se eleva
A voar
E dos dias escuros
Pintados em tonalidades de cinza escuro
Eles se desvanecem com o sonho com você
Embrulhado em veludo vermelho
Dançando a noite toda
Eu queimo
Azul da meia-noite
Abra estas asas
Voe livre com as andorinhas
Voe junto com o vento
E ela é chama que se eleva
E é um pássaro a voar
E é um pássaro a voar
Na noite que se incendeia
O inferno é este céu
Estrela de escuridão
E o céu da noite desabrocha com fogo
E a cama em chamas flutua mais alto
E ela está livre para voar
Só uma faísca no céu
Pintando Céu e Inferno
Muito mais brilhante
Incendeie esta casa
Incendeie em azul
Coração ficando vazio
Tão perdido sem você


Burn this house
Burn it blue
Heart running on empty
So lost without you
But the night sky blooms with fire
And the burning bed floats higher
And she's free to fly
Woman so weary
Spread your unbroken wings
Fly free as the swallow sings
Come to the fireworks
See the dark lady smile
She burns
And the night sky blooms with fire
And the burning bed floats higher
And she's free to fly
Burn this night
Black and blue
So cold in the morning
So cold without you
And the night sky blooms with fire
And the burning bed floats higher
And she's free to fly
Y la noche que se incendia
Y la cama que se eleva
A volar
And of the dark days
Painted in dark gray hues
They fade with the dream of you
Wrapped in red velvet
Dancing the night away
I burn
Midnight blue
Spread those wings
Fly free with the swallows
Fly one with the wind
Y ella es flama que se eleva
Y es un pájaro a volar
Y es un pájaro a volar
En la noche que se incendia
El infierno es este cielo
Estrella de oscuridad
And the night sky blooms with fire
And the burning bed floats higher
And she 's free to fly
Just a spark in the sky
Painting heaven and hell
Much brighter
Burn this house
Burn it blue
Heart running on empty
So lost without you


https://www.youtube.com/watch?v=YTMSojPcF1g



26 de fev. de 2015

Eu posso ir lá fora ? :: Mario Quintana


Louisa Matthiasdottir, 1985

Oh! aquele menininho que dizia
“Fessora, eu posso ir lá fora?”
mas apenas ficava um momento
bebendo o vento azul...
Agora não preciso pedir licença a ninguém.
Mesmo porque não existe paisagem lá fora:
somente cimento.
O vento não mais me fareja a face como um cão amigo...
Mas o azul irreversível persiste em meus olhos.


QUINTANA, Mario. A vaca e o hipogrifo. São Paulo, Globo, 1995. p.51

22 de fev. de 2015

Para vermos o azul :: Clarice Lispector


Para vermos o azul, olhamos para o céu. A terra é azul para quem a olha do céu. Azul será uma cor em si, ou uma questão de distância?
A descoberta do mundo. Editora Nova Fronteira, 1984. p. 13

21 de fev. de 2015

Minha cidade está toda cor-de-rosa :: Aldo Bonadei

Aldo Bonadei 
Não vás ainda o instante já foi
Irás de vermelho
O tempo irá contigo
Depois será outro tempo.
A cidade está toda cor-de-rosa
Cor da infância longínqua
Cidade imensa
Casa sobre casa
Sempre a mesma cor
Gás néon brinca
Sobre o azul
Inutilmente.

12 de fev. de 2015

Aprendamos :: José Saramago

Maurice Prendergast
Aprendamos, amor, com estes montes 
Que, tão longe do mar, sabem o jeito 
De banhar no azul dos horizontes. 

Façamos o que é certo e de direito: 
Dos desejos ocultos outras fontes 
E desçamos ao mar do nosso leito. 

José Saramago, in "Os Poemas Possíveis"

6 de jan. de 2015

24 de nov. de 2014

Bairro Alto :: Alice Sant'Anna

J. B. Durão
bairro alto
era muito cedo na praça
do comércio: descemos
do bairro alto, o céu
de um azul que não se pinta
todo costurado com a linha
dos comboios, os trilhos dançando
debaixo dos sapatos. nossos olhos
sonolentos como pequenos
pássaros descobriam cafés, uma loja de chá
moças bonitas que cruzam a cidade
de ponta a ponta e não se espantam
com o azul de lisboa, o perfume das ruas
a distância de casa