Mostrando postagens com marcador Rio. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Rio. Mostrar todas as postagens

8 de out. de 2015

Três sugestões simples para se conhecer mais profundamente um território novo :: Ana Estaregui

Bernhard Edmaier
1. observar com atenção em vista aérea os desenhos formados por seus campos de cultivo (perceber se configuram polígonos, quantos lados possuem, se são regulares ou assimétricos, se possuem forma livre e quantos e quais são os nomes dos tons dessa vegetação)
2. saber como s dá a relação que seus habitantes estabelecem com o rio.
3. descobrir quais os sons mais frágeis de seu idioma e procurar saber quais nuances não possuem correspondência de tradução com a sua língua mãe.

12 de jul. de 2015

Ainda lembrei de suas palavras :: Mia Couto


Valentin Serov
Ainda lembrei de suas palavras amadurecendo uma esperança para mim quando eu de tudo descria:
-Não vê os rios que nunca enchem o mar? A vida de cada um também é assim: está sempre toda por viver.
In:  O último voo do flamingo

21 de mar. de 2014

Azul Vazio :: Arnaldo Antunes

Ouve, só se ouve ouvir
O rio só se ouve quem
De longe lá de onde vem
O rio daqui se ouve bem
De dentro ecoa a água
Que deságua no azul vazio

Serpente, serpenteia o rio
Percorre corre em minha veia
A correnteza o coração bombeia
O rio navega e lava
O pensamento leva
O corpo todo como um navio

Um rio que não tem beira
Por um fio abismo cachoeira
Onde deságua se não tem mar
E não tem margem só o olho d'água
Brota espelho molha o azul do céu

Ouve, só se ouve ouvir
O rio só se ouve quem
De longe lá de onde vem
O rio daqui se ouve bem
De dentro ecoa a água
Que deságua no azul vazio

Serpente, serpenteia o rio
Percorre corre em minha veia
A correnteza o coração bombeia
O rio navega e lava
O pensamento leva
O corpo todo como um navio

Um rio que não tem beira
Por um fio abismo cachoeira
Onde deságua se não tem mar
E não tem margem só o olho d'água
Brota espelho molha o azul do céu

O olho d'água
Brota espelho molha o azul do céu

http://letras.mus.br/arnaldo-antunes/azul-vazio/