16 de mai. de 2012

Arte Naif de Edivaldo Barbosa



























Edivaldo Barbosa de Souza nasceu em Itambé no Estado do Paraná em 1956. Foi criado pelo casal Antonio e Benedita Puppo. Com apenas nove meses de idade, eles se mudaram para São Paulo, fixando moradia na Vila das Palmeiras, bairro do Limão. O menino Edivaldo despertava a admiração quando aos 07 anos de idade, coloria seus desenhos com aquarela, inspirados nas cenas do cotidiano da Vila das Palmeiras.
Nas casas simples e coloridas morava um povo alegre, festeiro e religioso. As crianças ficavam sempre ocupadas com as brincadeiras que aconteciam naquela vegetação vasta e diversificada acomodada numa topografia acidentada.
Edivaldo casou-se aos 20 anos e teve três filhos. Arrumou emprego como arte-finalista, que além de oferecer o sustento, lhe permetia exercitar seus dotes artísticos, desenvolvendo sua criatividade e a técnica da composição. Nunca deixava de pintar nas suas horas de descanso. Participou de coletivas, do Concurso Internacional de Arte Naif no Canadá e na Suiça e já tem obras expostas na França.


15 de mai. de 2012

Minha mãe diz de Diva Cunha


Minha mãe diz
que eu sou da pá virada
a da vida torta

os modelos dela são outros:
santa terezinha do menino Jesus
santa rita de cássia
santas

fora as santas domésticas
que foram sacrificadas
no dia a dia
e ninguém viu
sangradas como galinhas
maceradas em vinha d’alhos
postas a dormir no sereno
para secar odores
enfurnadas como bananas verdes
esfregadas nos ladrilhos
claros dos banheiros
costuradas em botões de quatro furos
esbofeteadas e sacudidas
como colchões e almofadas
para desprender o pó das horas

secaram todas
nos linhos brancos
dos lençóis bordados
ao morrer, não morreram
entregaram a alma a deus,
que provavelmente não as perdoou
pelo gasto inútil
que fizeram dos seus talentos.”


 do seu livro “Canto de Página”

Lambari, trapoeraba-roxa, trapoeraba-zebra, judeu-errante


Nome Científico: Tradescantia zebrina
Sinonímia: Commelina zebrina, Zebrina pendula, Tradescantia pendula
Nome Popular: Lambari, trapoeraba-roxa, trapoeraba-zebra, judeu-errante
Família: Commelinaceae, Divisão: Angiospermae, Origem: México, Ciclo de Vida: Perene


O lambari é uma herbácea perene, muito rústica, de folhagem prostrada e suculenta. Suas folhas são muito decorativas, ovaladas, brilhantes, de coloração verde escura, com duas listras de variegação prateadas na face superior e, completamente arroxeadas na face inferior. As flores são pequenas e róseas, de importância ornamental secundária.

Pelo seu aspecto compacto, pequeno porte e adaptação à sombra, o lambari torna-se uma excelente forração para situações de sombra e meia-sombra, onde dificilmente os gramados vingam, como sob a copa de árvores e outros locais cobertos. Seu plantio em vasos, jardineiras e cestas suspensas também é muito apreciado, evidenciando sua bela folhagem pendente. Nestes casos, adubações leves e regas freqüentes estimulam seu crescimento vistoso.

Devem ser cultivados à meia-sombra ou sombra, em solo fértil e enriquecido com matéria orgânica, mantido úmido. Planta tipicamente tropical, não é tolerante ao frio rigoroso e às geadas, mas adapta-se muito bem às estufas em países de clima temperado. Devido à sua facilidade de propagação, pode escapar ao cultivo e se tornar invasiva em determinadas situações. Multiplica-se facilmente por estacas ou pela divisão da ramagem enraizada.

14 de mai. de 2012

PIIA LEHTI (Finlândia 1973 )























Discurso de Cecilia Meireles


E aqui estou, cantando.
Um poeta é sempre irmão do vento e da água:
deixa seu ritmo por onde passa.
Venho de longe e vou para longe:
mas procurei pelo chão os sinais do meu caminho
e não vi nada, porque as ervas cresceram e as serpentes
andaram.
Também procurei no céu a indicação de uma trajetória, 
mas houve sempre muitas nuvens.
E suicidaram-se os operários de Babel.
Pois aqui estou, cantando.
Se eu nem sei onde estou, 
como posso esperar que algum ouvido me escute?
Ah! Se eu nem sei quem sou, 
como posso esperar que venha alguém gostar de mim?

Uma imagem de prazer :: Clarice Lispector

     Conheço em mim uma imagem muito boa, e cada vez que eu quero eu a tenho, e cada vez que ela vem ela aparece toda. É a visão de uma flor...