20 de dez. de 2013

Jose Ferraz de Almeida Júnior (8 de maio de 1850, Itu, São Paulo, Brasil - 13 Novembro de 1899 Piracicaba, São Paulo, Brasil)















auto-retrato

Esquecemo-nos de quase tudo :: José Eduardo Agualusa


David Dehner 

“- A nossa espécie – continuou – tem fraca memória. Esquecemo-nos de quase tudo. Muitas vezes, por outro lado, julgamos lembrar-nos de coisas que nunca nos aconteceram. Coisas que lemos, que aconteceram a outros, ou que alguém nos contou. Certos peixes esquecem-se de onde vieram no curto instante que levam a percorrer um aquário. O aquário é para eles, dessa forma, um espaço infinito, novo a cada instante, cheio de surpresas e diversidade. Cada volta que dão parece-lhes uma experiência inédita. Connosco passa-se algo semelhante. A natureza criou o esquecimento para que nos seja possível suportar o terrível tédio deste minúsculo aquário a que chamamos vida.”

In: Um Estranho em Goa.  Edições Cotovia

19 de dez. de 2013

As maravilhas de cada mundo - Clarice Lispector



Khnopff

 Tenho uma amiga  que simplesmente gosta de viver. Viver sem adjetivos. É muito doente de corpo, mas seus risos são claros e constantes. Sua vida é difícil, mas é sua.
     Um dia desses me disse que cada pessoa tinha em seu mundo sete maravilhas. Quais? Dependia da pessoa.
     Ela então resolveu classificar as sete maravilhas de seu mundo.
     Primeira: ter nascido. Ter nascido é um dom, existir, digo eu, é um milagre.
     Segunda: seus cinco sentidos que incluem em forte dose o sexto. Com eles ela toca e sente e ouve e se comunica e tem prazer e experimenta a dor.
     Terceira: sua capacidade de amar. Através dessa capacidade, menos comum do que se pensa, ela está sempre repleta de amor por alguns e por muitos, o que lhe alarga o peito.
     Quarta: sua intuição. A intuição alcança-lhe o que o raciocínio não toca e que os sentidos não percebem.
     Quinta: sua inteligência. Considera-se uma privilegiada por entender. Seu raciocínio é agudo e eficaz.
     Sexta: a harmonia. Conseguiu-a através de seus esforços, e realmente ela é toda harmoniosa, em relação ao mundo em geral, e a seu próprio mundo.
     Sétima: a morte. Ela crê, teosoficamente, que depois da morte a alma se encarna em outro corpo, e tudo começa de novo, com a alegria das sete maravilhas renovadas.
In: A descoberta do mundo. Editora Nova Fronteira, 1984. p. 443

18 de dez. de 2013

Flor-de-cera; Cerinha, Jasmim de cera, flor-de-porcelana, Hoya.
























Nome popular: Flor-de-cera; Cerinha, Jasmim de cera, flor-de-porcelana
Nome científico: Hoya
Sinonímia: Asclepias carnosa, Hoya australis, Hoya motoskey
Família: Asclepiadaceae.
Origem: Austrália e China.

A flor-de-cera é uma trepadeira perene, de textura semi-herbácea e ramagem pouco ramificada. Apresenta folhas opostas, coriáceas, carnosas e espessas, com pecíolo curto. Ocorrem ainda variedades de folhas retorcidas e de folhas variegadas de branco ou amarelo. As inflorescências são do tipo umbela, axilares, pendentes, como pequenos buquês carregados de flores cerosas, brancas a rosadas, em forma de estrela e delicadamente perfumadas. A floração ocorre na primavera.

Como cuidar: Exige boa quantidade de luz, mas com pouca luz direta. O ideal é mantê-la à meia-luz, pois suporta a luz da manhã, mas não o sol do meio-dia. Pode ser mantida em vasos por vários anos com suporte para se fixar, com substrato rico em húmus, irrigado a intervalos. Sua floração pode demorar a se iniciar, mas uma vez que começa a florescer, passa a florescer todos os anos.
Só regue a planta quando o primeiro centímetro de terra já estiver totalmente seco, pois ela prefere ambientes um pouco mais secos. Evite trocá-la de vaso, pois suas raízes são prejudicadas no processo

.



À beira do mar :: Pablo Neruda



À beira do mar, no outono,
teu riso deve erguer
sua cascata de espuma,
e na primavera , amor,
quero teu riso como
a flor que esperava,
a flor azul, a rosa
da minha pátria sonora.

17 de dez. de 2013

Lucília Maria Sousa















Lucília Maria Sousa  possui graduação em Letras (1988) doutorado  (2002) em Psicologia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo e Livre-docência em Ciência da Informação pela mesma instituição. É docente com dedicação exclusiva da Universidade de São Paulo.

Ação poética de Armando Alanís







A CERCA, O CÓRREGO :: Marcílio Godoi

  Quando falava de suas poucas reservas, de saúde e de dinheiro, meu velho pai dizia, “talvez dê pra chegar com a cerca no córrego!”. Desde ...