18 de mai. de 2014

Rebecca Vincent






































O bonde abre a viagem :: Mário de Andrade

CARLHEINZ HAHMANN
O bonde abre a viagem,
    No banco ninguém,
     Estou só, stou sem.

    Depois sobe um homem,
    No banco sentou,
    Companheiro vou.
    O bonde está cheio,
    De novo porém
    Não sou mais ninguém.

LIRA PAULISTANA. 1944.

17 de mai. de 2014

Com o coração




Le Petit Prince [O Pequeno Príncipe] de Antoine de Saint-Exupéry, Gallimard (França) 
Em francês, porque a palavra "apprivoiser" [cativar, domesticar, familiarizar etc.] nunca foi nem poderá ser traduzida com precisão em nenhuma língua. ~É um livro delicado e poético, como tudo o que escreveu Saint-Exupéry.  

Hora do marinheiro partir :: Clarice Lispector

Renoir 
- Você compreende, não é, mamãe, 
que eu não posso gostar de você a vida inteira.

In: Para não esquecer. Editora Ática, 1984. p. 16

16 de mai. de 2014

Cria Cuervos



Hoy en mi ventana brilla el sol
y el corazón
se pone triste contemplando la ciudad
porque te vas
Como cada noche desperté
pensando en ti
y en mi reloj todas las horas vi pasar
porque te vas
Todas las promesas de mi amor se irán contigo
Me olvidaras, me olvidaras
junto a la estación lloraré igual que un niño
porque te vas, porque te vas
porque te vas, porque te vas
Bajo la penumbra de un farol
se dormirán
todas las cosas que quedaron por decir
se dormirán
junto a las manillas de un reloj
esperarán
todas las horas que quedaron por vivir
esperarán
Todas las promesas de mi amor se irán contigo
Me olvidarás, me olvidarás
junto a la estación lloraré igual que un niño
porque te vas, porque te vas
porque te vas, porque te vas

https://www.youtube.com/watch?v=n53oZyePlMk


Cristina Troufa ( Porto, Portugal – 1974














 







15 de mai. de 2014

Des Brophy

















O tempo guarda cápsulas :: Valter Hugo Mãe

Book of Time - Lygia Pape

“o tempo guarda cápsulas indescritíveis porque, por mais dias que se sucedam, sempre chegamos a um ponto onde voltamos atrás, a um início qualquer, para fazer pela primeira vez alguma coisa que nos vai dilacerar impiedosamente porque nessa cápsula se injecta também a nitidez do quanto amávamos quem perdemos, a nitidez do seu rosto, que por vezes se perde mas ressurge sempre nessas alturas, até o timbre da sua voz, chamando o nosso nome, ou, mais cruel ainda, dizendo que nos ama com o um riso incrível pelo qual nos havíamos justificado em mil ocasiões no mundo.”

 A máquina de fazer espanhóis. Editora Objectiva.

14 de mai. de 2014

Pinguinho de tinta de Toquinho

Leon Chiver
Se um pinguinho de tinta
Cai num pedacinho
Azul do papel
Num instante imagino
Uma linda gaivota
A voar no céu...
Vai voando
Contornando a imensa
Curva Norte e Sul
Vou com ela
Viajando Havaí
Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela
Brando navegando
É tanto céu e mar
Num beijo azul...
Entre as nuvens
Vem surgindo um lindo
Avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo
Com suas luzes a piscar...
Basta imaginar e ele está
Partindo, sereno e lindo
Se a gente quiser
Ele vai pousar...

Toquinho in Aquarela 

Lluvia de Mayo :: Luis Pastor y Dulce Pontes

Piet Mondrian

Estoy esperando un barco
que me lleve a tu corazón
Lluvia de Mayo
moja mi cuerpo
mi alma no.

Estoy esperando un barco
que me lleve a tu pensamiento
Lluvia de Mayo
por qué‚ esta tristeza
en mi contento.

Estoy esperando un barco
que me lleve hasta tus besos
Lluvia de Mayo
empuja mis velas
a un buen puerto.

Estoy esperando un barco
que me lleve a tu corazón
Lluvia de Mayo
sigo buscando
ser mi canción.

13 de mai. de 2014

Sucupira-preto (Bowdichia virgilioides) sucupira-do-cerrado, sucupira-açu cutiúba, sapupira-do-campo, sepifirme, sucupira-amarela, sucupira-da-praia, sebepira, paricarana, acari-açu.







Sucupira-preto
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Fabales
Família: Fabaceae
Subfamília: Faboideae
Género: Bowdichia
Nome binomial
Bowdichia virgilioides
Kunth 1823
O sucupira-preto (Bowdichia virgilioides Kunth) é uma árvore nativa do Brasil, Bolívia, Paraguai, Venezuela e Guiana.

Outros nomes populares: sucupira-do-cerrado, sucupira-açu cutiúba, sapupira-do-campo, sepifirme, sucupira-amarela, sucupira-da-praia, sebepira, paricarana, acari-açu.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

12 de mai. de 2014

Um coração em agosto de carta de Paulo Mendes Campos a Otto Lara Resende

Henri Rousseau 

Olhe, irmão, o que me interessa nas coisas é o que elas poderiam ser. O que me atrai nas criaturas é a disponibilidade, essa linda e trágica espera incessante, esse constante vigiar das tentações, como se torcêssemos pela circunstância, pela pessoa, pelo demônio que viesse (que sempre parece vir) nos arrancar os trilhos para as cambalhotas da vida. Você há de ter observado, meu velho, um rosto, um olhar disciplinado e intimidade por séculos de civilização burguesa, você há de ter notado que nesses rostos costuma brilhar de vez em quando um anseio esquisito, uma luz que é bem uma sede de pecado, de desconhecido, de desastre. Instantes em que se revela em nós o pagão – o selvagem, o homem que deseja perder a própria vida e não ganhar. Vinte séculos de cristianismo não extinguiram em nós o gosto ácido do desprendimento, o amor impensado pelas coisas do mundo: sol, frutos, fêmea subjugada sobre a relva. Bem, irmão, esses momentos são tudo pra mim”.
(Trecho da carta de Paulo Mendes Campos a Otto Lara Resende, publicada pelo Instituto Moreira Sales, 2012, pg. 12, Um Coração em Agosto)

Uma imagem de prazer :: Clarice Lispector

     Conheço em mim uma imagem muito boa, e cada vez que eu quero eu a tenho, e cada vez que ela vem ela aparece toda. É a visão de uma flor...