Uma coisa bonita era para se dar ou para se receber, não apenas para se ter. Clarice Lispector
4 de abr. de 2017
3 de abr. de 2017
Orquídeas Miltássia
A miltássia é o cruzamento da Miltonia com a Brassia.
Miltonia de clima frio são originários dos Andes na Colômbia, Panamá e Equador. As de clima quente, são as Miltonias originárias de Minas Gerais no Brasil e são próximas dos Oncidiuns.
Luz: Deve ser relativamente sombreada. Luz direta queimam as finas folhas em curto período de tempo. Entretanto os do clima quente ( 2.000 velas) preferem mais luz que os do clima frio (1.200 velas).
Temperatura: é crítico para os do clima frio. A menos que a temperatura seja mantida abaixo de 27ºC elas não florescem. A temperatura mínima é de 10ºC a 13ºC. As de clima quente requerem temperatura mínima de até 16ºC e acima de 32ºC com a umidade de 70% a 75%.
Umidade: deve ser de pelo menos 70% porque elas requerem água em abundância. Menos umidade as plantas ficam estressadas e podem adoecer.
Rega: Deve ser abundante e o substrato deve drenar perfeitamente. No seu habitat nativo as plantas drenam diariamente e por causa disto, elas são intolerantes ao acumulo de sais. Quando não recebem água ou umidade suficiente as folhas tendem a desenvolver-se plissadas como acordeom.
Adubação: Adubar a cada 2 semanas com a metade da concentração indicada pelo fabricante. Pode reduzir a frequência 4 semanas durante o inverno. A formulação 10-30-20 é benéfica para o início da primavera para estimular a floração.
Replantio: deve ser feita após o final da floração e quando novos brotos começarem a surgir. Miltoniopsis devem ser replantada todos os anos elas não toleram substratos velhos. As Miltonias tendem a ser mais tolerantes, entretanto é melhor replantá-las.
Brassia é um género botânico pertencente à família das orquídeas (Orchidaceæ) e à subtribo Oncidiinae. Foi descrito pelo botânico inglês Robert Brown em Hortus Kewensis; The second edition 5: 215, em 1813, usando a Brassia maculata, que fora recentemente coletada na Jamaica, como espécie tipo. A maioria das espécies produz flores de perfume agradável, especialmente durante as horas quentes do dia.
O nome deste gênero é uma homenagem a William Brass, cujo nome latinizado é Gulielmus Brassus, um inglês, ilustrador de botânica do século XIX.
Desde a criação do gênero, cerca de oitenta plantas foram classificadas como Brassia. Em 1972 Norris Williams dividiu o gênero em dois removendo a secção da Brassia glumacea para o gênero Ada que é um gênero de transição entre Aspasia e Brassia. Espécies com flores quase sempre muito parecidas com a do último gênero, dele se diferenciam por apresentarem inúmeras folhas dísticas, mais inflorescências por pseudobulbo, e também por apresentarem grandes brácteas florais infladas, ausentes nos outros.
As Brassia são parentes próximas também de Miltonia das quais se diferenciam principalmente pelo fato de na maioria das espécies as pétalas e sépalas de suas flores serem longamente acuminadas ou mesmo caudadas.
fonte: http://orquidariorecreio.blogspot.com.br/2014/02/miltassia-royal.html
2 de abr. de 2017
LÁZARO :: Sylvia Plath
Pairava em tudo uma saudade imensa...
No azul, suspensa,
A lâmpada da lua pelejava...
E era o céu como um dossel
Que se arqueava
Sobre a terra escrava
De Israel!
Embalsamava os ares
O aroma dos pomares
Em flor...
Descansava o rebanho,
Descansava o pastor...
E havia no ar como que um som estranho,
Som que vinha de longe e soluçava ali...
Eram ecos, talvez, de uma velha cantiga...
Era – quem sabe? – o som de uma harpa triste e antiga,
A harpa do rei Davi!
Ecoavam salmos, cânticos, além...
E era a cidade: Jerusalém!
Rica de torres, majestosa
À simples vista,
Mas, na verdade, sórdida, leprosa,
Dura, egoísta:
Gema do oriente,
Resplandecente,
Preciosa,
Contendo jaças, porém:
Amando o vício, o jogo, os vinhos;
Lembrando a rosa,
Pelo esplendor, pelos espinhos,
Era assim Jerusalém!
Lázaro, o ressuscitado,
Tinha delírios, alucinações...
E nessa noite imaginou-se ao lado
De cortesãs lascivas,
Tendo a graça irrequieta dos pavões!
Entre os vários convivas
Do lúbrico festim,
Notavam-se opulentos mercadores,
Sacerdotes hebreus,
Escribas, fariseus,
Graves doutores,
Membros do Sinhedrim...
Toda essa gente
Prestava um culto ardente
Àquelas
Cortesãs,
Ébrias de pompas vãs,
Vindas, talvez, da poeira das vielas
E ostentando tesouros,
Esmeraldas, rubis, topázios e outros,
Símbolos caros da vaidade humana
Nos rútilos anéis, nos cordões do pescoço,
Com graça soberana...
E todas elas
Eram belas,
Como a Samaritana
A quem Jesus pedira a água do poço!
E Lázaro, feliz, sorvia em cada lábio
O mel de uma ilusão,
Seguindo o exemplo
Do rei pomposo e sábio,
O sábio Salomão,
Que teve a glória de erigir o Templo,
Para acabar os dias
Na febre das orgias,
Trocando Deus, e o céu, que Deus habita,
Por um beijo sensual de Sulamita!
E uma dessas esplêndidas mulheres
A Lázaro falou: “Venceu-te Satanás!
A bacanal preferes
À eterna glória, à eterna paz!”
E ele, sereno e brando,
Esta resposta audaz,
Solene e fria,
Deu, penetrando
Nos labirintos da filosofia:
“A vida é flor maravilhosa,
Incomparável flor...
E a morte é treva horrorosa?
É treva ou resplendor?
Eis o mistério profundo,
Que atordoa o mundo!
Acaso a morte será
A nuvem tapando o sol
De outro arrebol?
Tudo termina aqui? Tudo começa lá?
É a morte, enfim, a própria vida,
Repetida,
Perpetuada?
Não creio nas palavras do Messias:
Eu morto estive, as mãos inertes, frias,
E não me lembro de ter visto nada...
Alma não vi de réprobos, malditas,
Almas aflitas
E condenadas a suplício eterno,
À danação do inferno!
Asas de querubins, asas em plena glória,
Não conservo a memória
De ter podido vê-las
Serenas, na amplidão,
Por sobre o turbilhão
De mundos e de estrelas!
Em tais anjos, decerto,
Os meus olhos não pus,
E por isso não sei se fica longe ou perto
O céu – poema de luz,
O céu – pouso final,
Promessa de Jesus,
Anseio universal...”
O poema acima foi extraído do artigo de Antônio Carlos Secchin sobre a obra poética de Júlio Salusse (SECHIN, 1993, 184-185).
No azul, suspensa,
A lâmpada da lua pelejava...
E era o céu como um dossel
Que se arqueava
Sobre a terra escrava
De Israel!
Embalsamava os ares
O aroma dos pomares
Em flor...
Descansava o rebanho,
Descansava o pastor...
E havia no ar como que um som estranho,
Som que vinha de longe e soluçava ali...
Eram ecos, talvez, de uma velha cantiga...
Era – quem sabe? – o som de uma harpa triste e antiga,
A harpa do rei Davi!
Ecoavam salmos, cânticos, além...
E era a cidade: Jerusalém!
Rica de torres, majestosa
À simples vista,
Mas, na verdade, sórdida, leprosa,
Dura, egoísta:
Gema do oriente,
Resplandecente,
Preciosa,
Contendo jaças, porém:
Amando o vício, o jogo, os vinhos;
Lembrando a rosa,
Pelo esplendor, pelos espinhos,
Era assim Jerusalém!
Lázaro, o ressuscitado,
Tinha delírios, alucinações...
E nessa noite imaginou-se ao lado
De cortesãs lascivas,
Tendo a graça irrequieta dos pavões!
Entre os vários convivas
Do lúbrico festim,
Notavam-se opulentos mercadores,
Sacerdotes hebreus,
Escribas, fariseus,
Graves doutores,
Membros do Sinhedrim...
Toda essa gente
Prestava um culto ardente
Àquelas
Cortesãs,
Ébrias de pompas vãs,
Vindas, talvez, da poeira das vielas
E ostentando tesouros,
Esmeraldas, rubis, topázios e outros,
Símbolos caros da vaidade humana
Nos rútilos anéis, nos cordões do pescoço,
Com graça soberana...
E todas elas
Eram belas,
Como a Samaritana
A quem Jesus pedira a água do poço!
E Lázaro, feliz, sorvia em cada lábio
O mel de uma ilusão,
Seguindo o exemplo
Do rei pomposo e sábio,
O sábio Salomão,
Que teve a glória de erigir o Templo,
Para acabar os dias
Na febre das orgias,
Trocando Deus, e o céu, que Deus habita,
Por um beijo sensual de Sulamita!
E uma dessas esplêndidas mulheres
A Lázaro falou: “Venceu-te Satanás!
A bacanal preferes
À eterna glória, à eterna paz!”
E ele, sereno e brando,
Esta resposta audaz,
Solene e fria,
Deu, penetrando
Nos labirintos da filosofia:
“A vida é flor maravilhosa,
Incomparável flor...
E a morte é treva horrorosa?
É treva ou resplendor?
Eis o mistério profundo,
Que atordoa o mundo!
Acaso a morte será
A nuvem tapando o sol
De outro arrebol?
Tudo termina aqui? Tudo começa lá?
É a morte, enfim, a própria vida,
Repetida,
Perpetuada?
Não creio nas palavras do Messias:
Eu morto estive, as mãos inertes, frias,
E não me lembro de ter visto nada...
Alma não vi de réprobos, malditas,
Almas aflitas
E condenadas a suplício eterno,
À danação do inferno!
Asas de querubins, asas em plena glória,
Não conservo a memória
De ter podido vê-las
Serenas, na amplidão,
Por sobre o turbilhão
De mundos e de estrelas!
Em tais anjos, decerto,
Os meus olhos não pus,
E por isso não sei se fica longe ou perto
O céu – poema de luz,
O céu – pouso final,
Promessa de Jesus,
Anseio universal...”
O poema acima foi extraído do artigo de Antônio Carlos Secchin sobre a obra poética de Júlio Salusse (SECHIN, 1993, 184-185).
1 de abr. de 2017
Colhereiro-americano, Aiaiá, ajajá, Ajaia (Platalea ajaja)
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Pelecaniformes
Ciconiiformes
Família: Threskiornithidae
Subfamília: Plateinae
Género: Platalea
Espécie: P. ajaja
Nome binomial
Platalea ajaja
Linnaeus, 1758
Sinónimos
O colhereiro (Platalea ajaja), também chamado aiaiá e ajajá, por vezes é classificado no género monotípico Ajaia. É uma ave pelecaniforme da família Threskiornithidae. Habita a América do Sul, o Caribe e a costa sudeste dos Estados Unidos.
Etimologia
"Colhereiro" é uma alusão ao seu bico, que tem o formato de uma colher. "Aiaiá", "ajajá", Platalea ajaja e Ajaia ajaja vêm do tupi aya'yá.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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