Uma coisa bonita era para se dar ou para se receber, não apenas para se ter. Clarice Lispector
12 de out. de 2020
8 de out. de 2020
Agenda :: Noemi Jaffe
5 de out. de 2020
Buquê de noiva, Grinalda-de-noiva (Spirea cantoniensis, )
Nomes Populares: Buquê-de-noiva, Grinalda-de-noiva
Família: Rosaceae
Categoria: Arbustos
Clima: Continental, Mediterrâneo, Oceânico, Subtropical, Temperado, Tropical
Origem: Ásia, China, Japão
Altura: 1.2 a 1.8 metros
Luminosidade: Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene
O buquê-de-noiva é um arbusto decíduo e gracioso, de beleza delicada e romântica. Seus ramos são longos, ramificados e curvados e apresentam folhas de coloração verde-escura, pequenas, lanceoladas e com bordos serrilhados. As flores são rosas em miniatura, e podem ser simples ou dobradas, sempre brancas, reunidas em pequenos buquês. A floração ocorre na primavera e início do verão. A variedade de flores dobradas “lanceata” é a mais cultivada.
Ganha destaque especial quando plantado isolado ou pequenos grupos, inserido em um cenário romântico, mas também é adequado para a formação de cercas vivas e renques em grupos. Devido aos ramos longos, pode ser conduzido como trepadeira sobre treliças e outros suportes pequenos, desde que adequadamente tutorado e amarrado. O buquê-de-noiva é interessante em jardins de estilo europeu, como o francês, o inglês e o mediterrâneo.
Deve ser cultivado sempre sob pleno sol, embora tolere a sombra parcial, em substrato rico em matéria orgânica, com boa drenagem. Adubações anuais e regas regulares garantem uma floração abundante. As podas contribuem para uma forma mais compacta e arredondada, pois estimulam a ramificação e a renovação da ramagem, mas só devem ser feitas após a floração. Aprecia o clima frio. Multiplica-se por estaquia e por sementes.
fonte: http://www.jardineiro.net/plantas/buque-de-noiva-spirea-cantoniensis.html
2 de out. de 2020
28 de set. de 2020
21 de set. de 2020
De amar mucho tienes a palabra de Dulce María Loynaz
http://www.radio.uol.com.br/#/letras-e-musicas/omara-portuondo-e-maria-bethania/poema-lxiv--palabras--palavras/2349610
18 de set. de 2020
É mentira que existe a cura para a dor de perder alguém amado.:: Noemi Jaffe
Queremos abraçar, beijar, ver os olhos e o sorriso e não imaginar uma energia invisível.
Tudo isso parece se agravar ainda mais, quando a morte ocorre de forma rápida e inesperada, como durante essa terrível pandemia de Covid-19. Vem um abalo externo, como que do nada, arrebata alguém que nem apresentava doenças e pronto: perde-se uma mãe, um marido, um irmão, uma amiga. E tudo isso, a morte inexplicável, somado a um governo inoperante que, ainda por cima, estimula práticas que só fazem aumentar o risco. A sensação de impotência, muito forte diante da morte, fica ainda maior nesse cenário.
O tempo vai passando, vamos lembrando de gestos, palavras, pequenos hábitos cotidianos e reparando que, por um lado, a dor cresce e, por outro, vamos esquecendo de algumas coisas. Isso aflige o coração e o corpo e nos sentimos culpados, cansados e saudosos. Olhamos fotografias, escutamos a voz, na tentativa de reter aquilo que sempre nos escapa. Ao mesmo tempo, acompanhamos as notícias e nada muda; as estatísticas oscilam, a doença volta, a vacina se anuncia. Não sabemos de nada em todos os níveis.
A prática da hospitalidade, milenar, ensina que, antes de sabermos o nome do hóspede e os motivos de sua visita, é preciso acolhê-lo, dar de comer e de beber, oferecer uma boa cama e uma noite de sono para que só depois, no dia seguinte, perguntemos sobre sua origem e necessidades.
Penso que, com a morte, é também possível praticar a hospitalidade. Acolher a dor, dar de comer e de beber a ela, permitir que ela descanse. Acolhê-la, num primeiro momento, sem saber o que fazer com ela nem por que ela não vai embora.
Depois de um tempo recebendo-a e vendo que, em seu descanso íntimo, ela se acomodou tranquila, podemos começar a dialogar.
Dor, de onde você veio, o que você quer, o que posso fazer por você? Um hóspede sempre tem uma precisão, uma carência e, de alguma forma, sempre podemos auxiliá-lo. Um dia, certamente, também nós pediremos acolhida em outra morada.
Não existe cura para a morte, para a dor da perda e para a impotência diante de coisas muito maiores que nós. Mas existe a hospitalidade que, uma vez praticada, com continuidade e intensidade, pode levar a uma convivência mais harmoniosa com a angústia e com outros que também sentem algo semelhante.
Aos poucos – e é preciso que o processo seja lento – a pessoa que partiu vai se tornando um hóspede frequente; retorna, vai embora, desaparece por uns tempos só para voltar inesperadamente. Ela mora dentro e aprendemos a conhecê-la. A impotência pode virar aprendizado e uma chance de pequenas ações – aproximar-se de outros, fazer coisas boas para quem precisa, sair de dentro de si.
Tempo e hospitalidade. Não curam, mas quem precisa de cura?
©2020 Santinho
15 de set. de 2020
Lista de supermercado com as coisas que acabaram (Põe na lista o refil disso aí que acabou): Paulo Cândido.
14 de set. de 2020
Esses que continuam a amar :: Fatos Arapi (poeta albanes)
8 de set. de 2020
O tempo :: Manoel de Barros
7 de set. de 2020
HISTÓRIA DA PÁTRIA :: Ascenso Ferreira (1895-1965)
3 de set. de 2020
A partida :: Franz Kafka
Eu ordenei que meu cavalo fosse tirado do estábulo. O servo não me entendeu. Eu fui por conta própria ao estábulo, selei meu cavalo e o montei. Ouvi na distância uma trombeta soar e perguntei a ele o que aquilo significava. Ele não sabia de nada e não tinha ouvido nada. No portão ele me parou e me perguntou:
– Para onde o senhor cavalga?
– Eu não sei – eu disse – apenas embora daqui, apenas embora daqui. Sempre adiante, embora daqui, só assim eu posso alcançar meu objetivo.
– Você conhece então seu objetivo? – ele perguntou.
– Sim – eu respondi – eu já disse: “Emboradaqui”, este é meu objetivo.
– Você não está levando nenhuma provisão de comida – ele disse.
– Eu não preciso de nenhuma. – eu disse. – A viagem é tão longa que eu devo morrer de fome se não receber nada no meio do caminho. Nenhuma provisão pode me salvar. Por sorte é mesmo uma viagem verdadeiramente imensa.
tradução: Tomaz Amorim Izabel
Uma imagem de prazer :: Clarice Lispector
Conheço em mim uma imagem muito boa, e cada vez que eu quero eu a tenho, e cada vez que ela vem ela aparece toda. É a visão de uma flor...
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