A mão paterna mexendo de orgulho nossos cabelos.
A mão da caligrafia dos cadernos, com a cabeça inclinada na mesa.
A mão brincando com o graveto na boca do cachorro.
A mão boba no cinema. A mão para levantar o véu branco da esposa.
A mão ansiosa a segurar o primeiro passo do filho.
A mão assustada de ternura.
Ossuda, magra, com as veias azuis pedindo passagem.
Envelhecida, absolutamente carente, que vai acenar de verdade apertando outra mão.
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