28 de nov. de 2012

A MULHER DO ELEVADOR de Carlos Drummond de Andrade




A que ficou lá longe, na grande cidade...


A que eu vi apenas um minuto, um minuto somente,
no elevador que subia.


Com que saudade inédita eu me lembro
da que não foi nem uma sombra, uma sombra fugaz,
no meu destino.


Da que ficou, sorrindo, com um pouco de mim,
com um pouco do meu ser anônimo e vulgar,
a milhares de quilômetros, na grande cidade...


poema inédito de Drummond escrito na juventude. 
Fonte: Revista Bravo nº 178, junho de 2012

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