5 de mar. de 2013

Cadeira de balanço de Carlos Drummond de Andrade


(...)
o balanço
manso manso
da cadeira
de balanço
é convite
ao descanso
à maneira
bem mineira.
Se na era
eletrônica
uma crônica,
pobrezinha,
vale menos
que a palhinha
da cadeira
(verba vana),
a pedida
verdadeira
é tirar
uma pestana
devagar
no remanso
da cadeira
de balanço.

In Viola de Bolso, 1955
In Poesia Completa, pag. 387

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