Sem freio, sem esporas, sem brida,
Partamos a cavalo no vinho
Para um céu feérico e divino!
Como dois anjos atormentados
Por calentura implacável,
No azul cristal da manhã
Sigamos a miragem distante!
Suavemente balouçados sobre a asa
Do turbilhão inteligente,
Em um delírio paralelo,
Minha irmã, nadando lado a lado,
Fugiremos sem descanso nem tréguas
Para o paraíso dos meus sonhos!
Os paraísos artificiais. trad. José Saramago.Livros B. Estampa, 1978.
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