31 de ago. de 2013

Ficas tão rico de antigamente de Cecília Meireles



(...) Ficas tão rico de antigamente, tão vencido por um amor de cancioneiro, por uma ternura conventual, dolorosa – e ao mesmo tempo desejas sorrir, dançar, não pensar nada, ficar por essas praças, por esses jardins que são a imagem da vida e por onde andam crianças como pequenas flores soltas, com laços no cabelo, como felizes borboletas aprisionadas. Ficas extasiado.

fonte: Crônicas de viagem. Nova Fronteira, 1999.

30 de ago. de 2013

Erythrina: Eritrina, Suína, Mulungu, Corticeira, Crista de galo






















Erythrina é um gênero de árvores da família Fabaceae (Faboideae), conhecidas como eritrinas Existem vários tipos de Erythrinas, com nomes populares variando entre Eritrina, Suína, Mulungu, Corticeira, Crista de galo. Em comum tem a floração vistosa, quase sempre vermelha, folhas com três folíolos, a madeira macia, na maioria das espécies com espinhos
Época de floração e frutificação: Floresce em Julho, frutos em Outubro
Algumas espécies

Erythrina caffra
Erythrina crista-galli (corticeira)
Erythrina edulis
Erythrina falcata
Erythrina flabelliformis
Erythrina folkersii (bico-de-lacre)
Erythrina herbacea
Erythrina humeana
Erythrina indica
Erythrina lysistemon
Erythrina mulungu
Erythrina sandwicensis
Erithrina speciosa (mulungu-do-litoral)
Erythrina velutina (suinã)
Erythrina verna (mulungú)

Laura Mckellar















Hoje não escrevo de Carlos Drummond de Andrade



Chega um dia de falta de assunto. Ou, mais propriamente, de falta de apetite para os milhares de assuntos.
Escrever é triste. Impede a conjugação de tantos outros verbos. Os dedos sobre o teclado, as letras se reunindo com maior ou menor velocidade, mas com igual indiferença pelo que vão dizendo, enquanto lá fora a vida estoura não só em bombas como também em dádivas de toda natureza, inclusive a simples claridade da hora, vedada a você, que está de olho na maquininha. O mundo deixa de ser realidade quente para se reduzir a marginália, purê de palavras, reflexos no espelho (infiel) do dicionário.

29 de ago. de 2013

Bolhas de sabão - Ebulições










Prazer de um sabor de Isabel Allende



Katsukawa Shunshô, 'Young Lovers Preparing Tea', early 1770s

"O prazer de um sabor centra-se na língua e no céu da boca, embora com frequência não comece ali, mas na lembrança. E a parte essencial desse prazer reside nos outros sentidos, na visão, no olfato, no tato, inclusive na audição. Na cerimônia do chá no Japão, o gosto da bebida é o menos importante – na verdade o chá é amargo – mas a serena intimidade das paredes nuas, as formas depuradas dos utensílios, a elegância do ritual, a concentrada harmonia de quem oferece o chá, o quieto agradecimento de quem o recebe, o tênue odor da madeira e do carvão, o som da concha ao verter a água no silêncio do aposento, tudo constitui uma celebração para a alma e para os sentidos. "

fonte: Afrodite. Bertrand Brasil, 2004.