25 de ago. de 2013

Nunca será tão domingo como aqui de Carlos Drummond de Andrade


Nunca será tão domingo como aqui, e domingos e domingas de eternidade se concentram em vigorosa dominicalização. Não acontecer nada, que beatitude! Deixar o mato crescer — mas o próprio mato foge à obrigação, e goza o domingo. Lá estão o touro zebu e seu harém de nobres e modestas vacas — porque o zebu alia à majestade indiana a placidez das Minas, e boi nenhum se fez tão mineiro quanto esse, e bicho nenhum é tão mineiro quanto o boi, em seu calado conhecimento da vida, sua participação no trabalho.

Nenhum comentário:

Uma imagem de prazer :: Clarice Lispector

     Conheço em mim uma imagem muito boa, e cada vez que eu quero eu a tenho, e cada vez que ela vem ela aparece toda. É a visão de uma flor...