Tudo soa como perda,
a mesa, esse poema,
uma cachaça,
um continente,
o alarido abstraio
dos quintais,
pétalas do calendário,
o amor
(esse outdoor silencioso)
runas e ruínas
o tempo cronometrado
do metro,
as segundas exiladas,
os domingos
em ponto morto,
tudo soa e ressoa
melancolicamente
pequena luz
para insetos:
a perda,
maçã sabendo
a paraíso perdido.
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