Libre te quiero,
como arroyo que brinca
de peña en peña.
Pero no mía.
Grande te quiero,
como monte preñado
de primavera.
Pero no mía.
Buena te quiero,
como pan que no sabe
su masa buena.
Pero no mía.
Alta te quiero,
como chopo que al cielo
se despereza.
Pero no mía.
Blanca te quiero,
como flor de azahares
sobre la tierra.
Pero no mía.
Pero no mía
ni de Dios ni de nadie
ni tuya siquiera.
................
Livre te quero,
como riacho que brinca
de pedra em pedra.
Mas não minha.
Grande te quero,
como monte prenhe
de Primavera.
Mas não minha.
Boa te quero,
como pão que não sabe
sua massa boa.
Mas não minha.
Alta te quero,
como choupo que no céu
se espreguiça.
Mas não minha.
Branca te quero
como flor de noivado
sobre a terra.
Mas não minha.
Mas não minha
nem de Deus nem de ninguém
nem sequer tua.
https://www.youtube.com/watch?v=dF8AVS0GaGw
Uma coisa bonita era para se dar ou para se receber, não apenas para se ter. Clarice Lispector
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