Do alto de minha janela distante, mas com visão suficiente eu os vi. Era noite e estava chovendo.
As luzes amareladas refletiam nas poças dando um ar de momento antigo, que só não se confirmava pelos trajes da moça.
Ele chegou primeiro, olhou o relógio e encostou perto do muro. Ela chegou alguns segundos depois, embaixo de guarda chuvas, olhando para todos lados como quem aguardasse alguém.
Um muro os separava, deixando-os distantes por poucos metros, mas o suficiente para o encontro não acontecer.
Teriam confundido o local do encontro?
Uma coisa bonita era para se dar ou para se receber, não apenas para se ter. Clarice Lispector
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