31 de ago. de 2016

Dentro da falta :: Silvana Conterno

Degas 

Dentro da falta
cabe a poesia
que não a preenche
mas faz seu bailado
neste salão vazio
passos pra lá 
passos pra cá
O movimento
só é possível
se há espaço
Nascemos com a falta
que o correr da vida substitui
com o que perdemos.

Moro :: Livia Garcia Roza


30 de ago. de 2016

Dianela – Dianella tasmanica - Dionela-variegata





Nome Científico: Dianella tasmanica
Nomes Populares: Dianela, Dionela
Família: Xanthorrhoeaceae
Categoria: Folhagens, Forrações ao Sol Pleno, Gramados e Forrações
Clima: Equatorial, Mediterrâneo, Oceânico, Subtropical, Temperado, Tropical
Origem: Austrália, Oceania, Tasmania
Altura: 0.3 a 0.4 metros
Luminosidade: Meia Sombra, Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene

A Dianela é uma planta herbácea, perene, rizomatosa e entouceirada, nativa da Austrália e Tasmania, que vem conquistando os jardins brasileiros, como um excelente forração. Dos rizomas carnosos, surgem as folhas, que são verde-escuras, longas e estreitas, com margens finamente serrilhadas. Elas alcançam até 80 centímetros de comprimento e 5 cm de largura. As inflorescências são do tipo espiga, com pequenas flores azuis no ápice, com importância ornamental secundária. Os frutos que se seguem são bagas de cor violácea, globulares, brilhantes e com pouco mais de 1 cm de diâmetro. A forma mais frequente em cultivo é a variegata, com as margens das folhas de cor branca.
No jardim, a dianela variegata é interessante na formação de maciços sob sol pleno (em clima subtropical e temperado) ou sob meia sombra (em clima tropical). Sua folhagem acrescenta incrível textura e contraste, clareando os lugares mais escuros do jardim. Ela pode ser utilizada isolada, como uma pequena touceira, em grandes maciços, fazendo às vezes de forração e até mesmo em plantios mistos com flores e outras folhagens. É uma planta curinga, se encaixando em diferentes estilos de jardim, como contemporâneo, oriental, tropical, etc. Também pode ser plantada em vasos e jardineiras, trazendo luminosidade para ambientes internos.

Deve ser cultivada sob sol pleno, ou meia sombra, em solo fértil, drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente. Em seu habitat cresce em florestas úmidas, em locais sombreados, portanto prefere estes locais para vicejar. Depois de bem implantada, é capaz de resistir a períodos de estiagem. Rústica, resiste à maioria das pragas e doenças. De baixa manutenção, não necessita podas. Para renovar-lhe o viço, fertilizações semestrais e replantios bienais são suficientes. Multiplica-se por divisão das touceiras e por sementes.
fonte: jardineiro.net

28 de ago. de 2016

Tecomaria amarela - Tecoma capensis




Classificação científica
Reino: Plantae
Clado: Eudicots
Clado: Asterids
Ordem: Lamiales
Família: Bignoniaceae
Género: Tecoma
Espécie: T. capensis
Nome binomial
Tecoma capensis
(Thunb.) Lindl.
Sinónimos
Tecomaria capensis
Bignonia capensis

Tecoma capensis é uma espécie de angiospérmicas da família Bignoniaceae com distribuição natural no sul de África. A espécie tem ampla utilização como planta ornamental encontrando-se naturalizada em diversas regiões temperadas e subtropicais, sendo frequentemente comercializada sob o sinónimo taxonómico Tecomaria capensis.

T. capensis é um arbusto erecto e escandente, com 2–3 m de altura e forte tendência para alargar através do enraizamento de turiões laterais formando uma estrutura tendencialmente cespitosa. A espécie é normalmente perenifólia, mas pode perder as folhas em climas mais frios.
Em alguns habitats pode expandir-se rapidamente através da emissão de longos turiões de crescimento que se apoiam nos troncos e ramos de outras plantas, bem como pedregulhos, treliças, cercas e muros, o que pode levar a planta a ocupar rapidamente vastas áreas, recobrindo arbustos e árvores ou estruturas construídas.
As folhas, com inserção oposta, podem atingir 15 cm de comprimento, pinadas, com 5-9 folíolos oblongos, ligeiramente serrilhadas nas margens e coloração verde a verde-escuro.
As flores são tubulares e estreitas, com cerca de 7,5 cm de comprimento, e coloração alaranjada, agrupados em inflorescências terminais, paniculadas com 10–15 cm de comprimento. A floração ocorre em diferentes períodos ao longo do ano.
Existem variedades desenvolvidas para efeitos ornamentais cuja cor da flor varia de alaranjado a laranja-avermelhado e a amarelo.
A espécie tem distribuição natural na região do Sul da África, ocorrendo naturalmente na África do Sul, Suazilândia e sul de Moçambique.
fonte Wikipédia 


Cada palavra dita é a voz de um morto :: Fernando Pessoa


Cada palavra dita é a voz de um morto.
Aniquilou-se quem se não velou
Quem na voz, não em si, viveu absorto.
Se ser Homem é pouco, e grande só
Em dar voz ao valor das nossas penas
E ao que de sonho e nosso fica em nós
Do universo que por nós roçou
Se é maior ser um Deus, que diz apenas
Com a vida o que o Homem com a voz:
Maior ainda é ser como o Destino
Que tem o silêncio por seu hino
E cuja face nunca se mostrou.

Poema inédito de Fernando Pessoa foi encontrado em um  "livro de autógrafos" com um manuscrito de do poeta na última página. O caderno foi comprado pelo advogado brasileiro José Paulo Cavalcanti Filho, direto de  alfarrabista português.


27 de ago. de 2016

AGUAPÉ (Eichhornia crassipes) Baroneza, Camalote, Jacinto-d'água, Murumuru, Mururé, Pareci, Pavoa, Rainha-dos-lagos






fotos de Assucena Tupiassu  


Nome Científico: Eichhornia crassipes
Nomes Populares: Aguapé, Baroneza, Camalote, Jacinto-d'água, Murumuru, Mururé, Pareci, Pavoa, Rainha-dos-lagos
Família: Pontederiaceae
Categoria: Plantas Aquáticas, Plantas Flutuantes
Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical
Origem: América Central, América do Norte, América do Sul
Altura: 0.1 a 0.3 metros
Luminosidade: Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene

Planta aquática e flutuante o aguapé é muito ornamental. No entanto em algumas situações de superpopulação ela pode se tornar um problema em lagos. De folhas redondas, grandes e brilhantes o aguapé se multiplica rapidamente. Sua inflorescência composta de belas flores azuis arroxeadas se assemelha a do jacinto.

No paisagismo, o aguapé é utilizado para povoar lagos e espelhos d’agua, favorecendo a vida aquática, principalmente os peixes. Deve ser cultivada a pleno sol em água com pH corrigido e naturalmente fértil. Não é necessário enterrar já que a planta é flutuante. Evitar o uso de fertilizantes do tipo NPK e outros agroquímicos que podem envenenar os peixes e provocar uma explosão no crescimento da planta. O próprio ciclo natural de um lago com peixes já é suficiente como adubação. Não tolera geadas e multiplica-se por divisão da planta.
fonte: Jardineiro.net

Num dia excessivamente nítido :: Fernando Pessoa

Num dia excessivamente nítido,
Dia em que dava a vontade de ter trabalhado muito
Para nele não trabalhar nada,
Entrevi, como uma estrada por entre as árvores,
O que talvez seja o Grande Segredo,
Aquele Grande Mistério de que os poetas falsos falam.

Vi que não há Natureza,
Que Natureza não existe,
Que há montes, vales, planícies,
Que há árvores, flores, ervas,
Que há rios e pedras,
Mas que não há um todo a que isso pertença,
Que um conjunto real e verdadeiro
É uma doença das nossas idéias.

A Natureza é partes sem um todo.
Isto é talvez o tal mistério de que falam.

Foi isto o que sem pensar nem parar,
Acertei que devia ser a verdade
Que todos andam a achar e que não acham,
E que só eu, porque a não fui achar, achei.

O Guardador de Rebanhos.  in Athena, nº 4. Lisboa: Jan. 1925.

26 de ago. de 2016

Clerodendro-vermelho – Clerodendrum splendens



Nome Científico: Clerodendrum splendens
Nomes Populares: Clerodendro-vermelho, Clerodendro, Clerodendro-trepador
Família: Lamiaceae
Categoria: Trepadeiras
Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical
Origem: Ásia
Altura: 2.4 a 3.0 metros
Luminosidade: Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene
O clerodendro-vermelho é uma trepadeira de textura semi-lenhosa muito ornamental, que confere romantismo ao jardim. Ela apresenta inflorescências terminais, compostas de numerosas flores vermelhas, com cálice da mesma cor. Estes pequenos buquês vermelhos se formam no inverno, época em que dificilmente outras trepadeiras florescem. Seus ramos são longos e têm folhas ovais, grandes, de coloração verde escura e com nervuras bem demarcadas.

Esta trepadeira têm crescimento lento a moderado e necessita de tutoramento e amarrios. Ela é adequada a diferentes tipos de suporte, como pérgolas, caramanchões, treliças e pórticos. O clerodendro-vermelho é uma espécie muito rústica, e que dispensa maiores manutenções. Atrai beija-flores.

Devem ser cultivados à pleno sol, em solo fértil e enriquecido com matéria orgânica, com regas regulares. Não é tolerante às geadas, mas aprecia o clima ameno. Multiplica-se por estaquia ou por alporquia.
fonte: jardineiro.net

A Ilha dos Mortos :: Arnold Böcklin

5a. versão 

3a. versão
2a. versão 

A Ilha dos Mortos é uma conhecida série de quadros do pintor suíço Arnold Böcklin. Böcklin criou múltiplas versões do mesmo quadro, no qual é representado um remador e uma figura branca sobre um pequeno barco, cruzando uma ampla extensão de água em direção a uma ilha rochosa. O objeto que acompanha as figuras no barco se identificam geralmente como um ataúde, e a figura branca com Caronte, o barqueiro que na mitologia clássica conduzia as almas ao Hades. Böcklin nunca explicou o significado de sua pintura, e, de fato, o título da obra não se deve a ele senão ao contratante Fritz Gurlitt, que a batizou assim em 1883.

Jean Dieuzaide (1921 Grenade (Haute-Garonne) 2003 Toulouse, França)





















25 de ago. de 2016

Cipó vermelho, Flor de São João ( Pyrostegia venusta)






Nome Científico: Pyrostegia venusta
Nomes Populares: Cipó-de-são-joão, Cipó-vermelho, Flor-de-são-joão
Família: Bignoniaceae
Categoria: Medicinal, Trepadeiras
Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical
Origem: América do Sul, Brasil
Altura: 9.0 a 12 metros
Luminosidade: Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene

Trepadeira muito utilizada na decoração das festividades de São João em todo o Brasil. Produz muitas inflorescências, compostas de pequenas flores alongadas e alaranjadas em pleno inverno destacando-se. É uma planta interessante quando queremos ter flores vistosas nos meses frios. Cobre muito bem pérgolas, cercas, treliças, muros e caramanchões.

Devem ser cultivadas em solo fértil com regas regulares, sempre a sol pleno. Uma boa adubação com farinha de ossos e cinzas estimula uma floração abundante. É frequente observá-la nas matas a beira das estradas. Multiplica-se por sementes e por estaquia.