Quando nasci voltei a reaprender a traduzir o mundo maior em que nascia e aquele
primeiro mundo pele de minha mãe,
Era a luz voltando a entrar em relevo pelos olhos sem que
a memória anterior se tivesse extinguido
tradução e agenciamento, fluência e água amadurecendo a observação
reintegrei os gestos as formas e abri um aqueduto livre no coração
onde guardei em segredo imagens originais
compreendi que na folha em branco os espelhos se podem confundir
com a rigidez do olhar onde as pedras se fixam,
assentei o verbo na tradução das manhãs anteriores
da primeira pele descobrindo as camadas do Livro
com o brilho inquieto do real sobre as mãos
inédito lido no blogue A Linguagem dos Rostos
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