Eu quis o mar, o porto de águas mornas,
Um desvão onde guardar minha ansiedade.
Larguei-me na amplitude da corrente
Que tragava as embarcações desorientadas.
Na largura da noite altaneira, o meu intuito:
Depositei em uma estrela miúda o segredo da viagem.
Poema do livro Passagens, ed. Iluminuras, 2003
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