Eugene de Blaas, 1912
compro romãs porque são, tipo, arte.
glicínias fossilizadas em gelatina verde. porquê não pensei nisso antes?
acendo um cachimbo pra evocar Magritte: tabaco camomila sálvia. aí mordo uma maçã verde até antioxidar os versos.
escolho vogais como quem escolhe grãos. como quem verifica satélites.
ventilador, aquecedor, freezer. arquiteturas dentro de arquiteturas. fractais.
em japonês não há pontos nem plurais. deus, como separar arroz nesse caso?
[por isso tudo juntinho]
espetar nas paredes pétalas vivas com prego e acomodar bolinhas de gude num canto da sala – 90 graus.
caquis chocolates pra presente, por favor. macios como os olhos.
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