(...)Minas há e – acrescento – haverá sempre, se soubermos preservar certas marcas imunes à industrialização e ao cosmopolitismo, e conviventes com eles. A gente carrega Minas no sangue, por onde quer que vá… O meu “José” deve uma explicação: foi escrito em momento de crise existencial, quando eu queria fugir de tudo e de todos, e não voltar fisicamente para Minas, por motivos muito especiais. Então, Minas “não havia mais” para mim. Mas o próprio “José”, no final, procura libertar-se do desespero, marchando não sabe para onde – para Minas reencontrada no íntimo – é a explicação que me dou. Não sei se é boa. É a que eu encontro, tantos anos depois desses versos amargos.
Arquivo Francisco Iglésias/ Acervo IMS. Esta carta foi publicada no número 11 ½ da revista serrote, edição especial para a FLIP 2012.
Arquivo Francisco Iglésias/ Acervo IMS. Esta carta foi publicada no número 11 ½ da revista serrote, edição especial para a FLIP 2012.
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