Carrega-me contigo, Pássaro-Poesia
quando cruzares o Amanhã, a luz, o impossível.
Porque de barro e palha tem sido esta viagem
que faço a sós comigo. Isenta de traçado
ou de complicada geografia, sem nenhuma bagagem
Hei de levar apenas a vertigem e a fé:
para teu corpo de luz, dois fardos breves.
Deixarei palavras e cantigas. E movediças
embaçadas vias de ilusão.
Não cantei cotidianos. Só te cantei a ti
Pássaro-Poesia
E a paisagem limite: o fosso, o extremo,
a convulsão do Homem.
Carrega-me contigo.
No Amanhã.
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