Uma coisa bonita era para se dar ou para se receber, não apenas para se ter. Clarice Lispector
25 de fev. de 2014
Palavras de Sylvia Plath
Paul Klee
Machados
Que batem e retinem na madeira.
E os ecos!
Ecos escapam
Do centro como cavalos.
A seiva
Mina em lágrimas, como a
Água tentando
Repor seu espelho
Sobre a rocha
Que cai e racha,
Crânio branco,
Comido por ervas daninhas.
Anos depois eu
As encontro no caminho –
Palavras secas, sem destino,
Incansável som de cascos.
Enquanto
Do fundo do poço, estrelas fixas
Governam uma vida.
Tradução de Rodrigo Garcia Lopes e Maurício Arruda Mendonça, Sylvia Plath: Poemas, Illuminuras
24 de fev. de 2014
ALFAVACA ANISADA, alfavaca-cheiro-de-anis, alfavaca-anis, anis, erva-doce, elixir-paregórico, alfavaquinha, erva-das-mulheres, atroveran, alfavaca preta.
Nome Científico: Ocimum selloi Benth.
Família botânica: Lamiaceae (Labiatae)
Sinonímias: Ocimum carnosum (Spreng.) Link & Otto ex Benth.(é considerado o nome legítimo pelo catálogo de plantas e fungos do Brasil de 2010) , Ocimum selloi var. genuinum (Benth.) Briq., Ocimum selloi var. carnosum Briq.
Nomes populares: Alfavaca-anisada, alfavaca-cheiro-de-anis, alfavaca-anis, anis, erva-doce, elixir-paregórico, alfavaquinha, erva-das-mulheres, atroveran, alfavaca preta.
Origem ou Habitat: Regiões Sul e Sudeste do Brasil.
Partes usadas: Folhas e inflorescências.
Uso popular: Em cólicas, “dor de barriga", temos a experiência de associá-la a marcela - Achyrocline satureoides com bons resultados), tosse, bronquite, febre, resfriado e como carminativo e digestivo.
Associamos com mil-folhas (Achillea milefolium), erva-cidreira (Melissa officinalis ou Lippia citrodora) para tratar tensão pré-menstrual (TPM), também com bons resultados.
http://www.
Um dia virás de Dulce Antunes
Konstantin Makovsky
Um dia virás
subirás os degraus
da escada dos sonhos
virás de olhar límpido
num espelho de silêncio
um dia irás acordar numa manhã cristalina
e verás como o sol brilha sobre o prado
saberás que é para ti
que virá a brisa quente da primavera
e que toda a noite tem o seu término
um dia saberás que o tempo é uma ilusão do mundo
um dia saberás que são as águas do rio que moldam as pedras
e não as rochas que o comprimem
um dia saberás que é por ti que as flores crescem na terra escura
um dia sentirás o seu perfume
e perceberás que a mais alta montanha
esconde nas suas entranhas o maior tesouro
e que o seu cume é apenas um deserto
subirás os degraus
da escada dos sonhos
virás de olhar límpido
num espelho de silêncio
um dia irás acordar numa manhã cristalina
e verás como o sol brilha sobre o prado
saberás que é para ti
que virá a brisa quente da primavera
e que toda a noite tem o seu término
um dia saberás que o tempo é uma ilusão do mundo
um dia saberás que são as águas do rio que moldam as pedras
e não as rochas que o comprimem
um dia saberás que é por ti que as flores crescem na terra escura
um dia sentirás o seu perfume
e perceberás que a mais alta montanha
esconde nas suas entranhas o maior tesouro
e que o seu cume é apenas um deserto
23 de fev. de 2014
1910 de Federico Garcia Lorca
Aqueles olhos meus de mil novecentos e dez
não viram enterrar os mortos,
nem a feira de cinza do que chora de madrugada,
nem o coração que treme acantonado como um cavalinho do mar.
Aqueles olhos de mil novecentos e dez
viram a branca parede onde urinavam meninas,
o focinho do touro, a seta venenosa
e uma luz incompreensível que iluminava pelos cantos
pedaços de limão seco sob o negro duro das garrafas.
Aqueles olhos meus no pescoço do poldro,
no seio trespassado de Santa Rosa adormecida,
nos telhados do amor, com gemidos e mãos sem vergonha
num jardim onde os gatos comiam as rãs.
Sótão onde o velho pó junta estátuas e musgos.
Caixas que guardam silêncios de caranguejos devorados.
No sítio onde o sonho tropeçava na sua realidade.
Ali os meus pequenos olhos.
Não me perguntem nada. Já vi como as coisas
procuram a sua direção e encontram o seu vazio.
No ar deserto há uma dor de ausências
e nos meus olhos pessoas vestidas, sem nudez!
Nova Iorque num poeta. trad. António Moura. Hiena Editora, 1995.
22 de fev. de 2014
Criança lendo de Walter Benjamim
Bruegel
BENJAMIN, W. Obras Escolhidas II - Rua de mão única. p.37.
21 de fev. de 2014
Tillandsia
São plantas aéreas e a maioria habita as árvores e absorve seus nutrientes e umidade do ar, através de escamas prateadas. São mais de 400 espécies e é o género que apresenta o maior número de espécies espalhadas pelas Américas.
São encontradas em desertos, bosques e montanhas da América Central, América do Sul, México e sul dos EUA. No Brasil existem cerca de 40 diferentes espécies de Tillandsia.
O gênero Tillandsia foi nomeado por Carolus Linnaeus em 1738 em honra ao médico e botânico finlandês Dr. Elias Erici Tillandz (originalmente Tillander) (1640-1693).
As espécies verdes requerem um clima temperado-chuvoso e crescem geralmente na sombra, na terra ou sobre árvores. As variedades verdes carecem de tricomas.
Em contraste, quase todas as espécies de tillandsias cinzas crescem em áreas sub-úmidas ou sub-áridas com alta umidade atmosférica. Preferem o sol, por isso crescem nas partes mais altas do bosque ou em rochas. Muitas destas variedades são epífitas.
Como plantas que praticamente carecem de raizes tem uma forma de vida muito peculiar. Sua aparência cinza resulta do fato de seus talos e folhas estarem cobertas por pequenas escamas (tricomas), que são pêlos complexos produzidos pela epiderme das folhas e talos. Estas morrem e se enchem de ar, refletindo a luz.
As tillandsias se reproduzem - como outras bromélias - de duas maneiras:
Por polinização e produção de sementes. As tillandsias não se autofecundam, e o pólen deve ser captado de outra planta de mesma espécie.
Por brotação. A partir do talo da planta mãe nascem brotos que produzem novas plantas, geralmente após a floração. Estes podem ser destacados para crescerem isoladamente ou deixados junto a planta mãe para formarem uma colônia.
Tillandsia é uma planta de interior de aspecto atraente, se desenvolvendo bem no interior de casas ou estufas. Não necessitam de solo, já que a água e os nutrientes são absorvidos através das folhas. A planta utiliza as raízes somente para fixação.
Tillandsia epífitas sobre uma árvore.
Luz: Preferem luz indireta ou difusa no verão e sol direto no inverno.
Ar: Ar fresco e de movimento suave.
Água: Preferem água de chuva, porém podem ser molhadas com água potável. No verão é necessário borrifá-las diariamente.
Temperatura. São muito sensíveis à temperaturas baixas. A temperatura ideal de manutenção é entre 32°C e 10°C.
Alimentação: Devem ser fertilizadas quinzenalmente com um adubo diluído.
Fixação: Devem ser fixadas em materiais de origem vegetal como madeira, troncos de árvores, xaxim, etc.
Floração: Após a floração é recomendável permitir a criação e desenvolvimento dos brotos para a formação de uma colônia.
Sinonímia
Anoplophytum Beer
Caraguata Adans.
Renealmia L.
fonte: Wikipedia
Valsa Brasileira :: Chico Buarque e Edu Lobo
Vivia a te buscar
Porque pensando em ti
Corria contra o tempo
Eu descartava os dias
Em que não te vi
Como de um filme
A ação que não valeu
Rodava as horas pra trás
Roubava um pouquinho
E ajeitava o meu caminho
Pra encostar no teu
Subia na montanha
Não como anda um corpo
Mas um sentimento
Eu surpreendia o sol
Antes do sol raiar
Saltava as noites
Sem me refazer
E pela porta de trás
Da casa vazia
Eu ingressaria
E te veria
Confusa por me ver
Chegando assim
Mil dias antes de te conhecer
https://www.youtube.com/watch?v=Gx7EW-l9erg&feature=kp
20 de fev. de 2014
SAUDADE :: Livia Garcia Roza
Na minha casa vive escondida uma saudade.
Às vezes ela aparece, suspira,
e retorna ao seu lugar de paz.
Sorri-se - Alice Ruiz
deixo meu sorriso
disse bem,
até sorrir pra você
não vou sorrir pra mais ninguém
também disse,
o que se deixa é o que permanece
não esqueça essa sou eu,
que agora desapareceu
E se mais não disse, é que sorria
um sorriso que ficasse,
para depois de ter ido
como se nunca partisse,
como se tudo existisse
ah! se eu soubesse,
ah! se você me visse
19 de fev. de 2014
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