Uma coisa bonita era para se dar ou para se receber, não apenas para se ter. Clarice Lispector
31 de mar. de 2015
Charles Bukowski
mas há as pessoas
que passam pela vida com
muito pouca
fricção de angústia.
eles se vestem bem, dormem bem.
eles estão contentes com
a família deles.
com a vida.
eles são imperturbáveis
e freqüentemente se sentem
muito bem.
e quando eles morrem
é uma morte fácil, normalmente durante o
sono.
você pode não acreditar nisto
mas tais pessoas existem.
mas eu não sou nenhum deles.
oh não, eu não sou nenhum deles,
eu não estou nem mesmo próximo
para ser um deles.
mas eles
estão lá ...
e eu estou aqui.
30 de mar. de 2015
Mania de solidão :: Cesare Pavese
Martiros Saryan
Como um jantar frugal junto à clara janela,
Na sala já está escuro mas ainda se vê o céu.
Se saísse, as ruas tranquilas deixar-me-iam
ao fim de pouco tempo em pleno campo.
Como e observo o céu — quem sabe quantas mulheres
estão a comer a esta hora — o meu corpo está tranquilo;
o trabalho atordoa o meu corpo e também as mulheres.
Lá fora, depois do jantar, as estrelas virão tocar
a terra na ancha planura. As estrelas são vivas,
mas não valem estas cerejas que como sozinho.
Vejo o céu, mas sei que entre os tectos de ferrugem
brilha já alguma luz e que, por baixo, há ruídos.
Um grande golo e o meu corpo saboreia a vida
das árvores e dos rios e sente-se desprendido de tudo.
Basta um pouco de silêncio e as coisas imobilizam-se
no seu verdadeiro sítio, como o meu corpo imóvel.
Cada coisa está isolada ante os meus sentidos,
que a aceita impassível: um cicio de silêncio.
Cada coisa na escuridão posso sabê-la,
como sei que o meu sangue circula nas veias.
A planura é água que escorre entre a erva,
um jantar de todas as coisas. Cada planta e cada pedra
vivem imóveis. Escuto os alimentos e eles alimentam-me as veias
com todas as coisas que vivem nesta planura.
A noite importa pouco. O rectângulo de céu
sussurra-me todos os fragores e uma estrela miúda
debate-se no vazio, longe dos alimentos,
das casas, distinta. Não se basta a si mesma
e precisa de muitas companheiras. Aqui no escuro, sozinho,
o meu corpo está tranquilo e sente-se soberano.
In: Trabalhar Cansa (Lavorare Stanca)
Tradução de Carlos Leite
29 de mar. de 2015
Beija-flor Estrelinha-ametista (Calliphlox amethystina)
foto: Lindolfo Souto
Classificação Científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Apodiformes
Família: Trochilidae Vigors, 1825
Subfamília: Trochilinae Vigors, 1825
Espécie: C. amethystina
Nome Científico
Calliphlox amethystina (Boddaert, 1783)
Nome em Inglês Amethyst Woodstar
O estrelinha-ametista é conhecido também como tesourinha, beija-flor-mosca (Rio Grande do Sul), besourinho-ametista e besouro-zumbidor.
Seu nome significa: do (grego) kalliphlox = lindamente em chamas, bonito como uma chama; e do (latim) amethystinus = da cor da ametista. ⇒ Ave da cor da ametista e lindo como uma chama .
Características
O macho mede cerca de 8,6 centímetros de comprimento e a fêmea 7,5 centímetros. O macho tem garganta e lados do pescoço vermelho-ametista-brilhante, barriga branca e cauda bifurcada e a fêmea possui garganta e barriga brancas, cauda curta e não bifurcada.
Alimenta-se de pequenos insetos e néctar.
Reprodução
Em sua exibição para a fêmea, durante o período reprodutivo, o macho voa para frente e para trás executando um movimento pendular, cantando e chamando a atenção pelo estranho zumbido que produz. Seu ninho é pequeno, em formato de xícara, preso em grandes galhos de árvores isoladas na borda da floresta, a cerca de 15 metros de altura. Põe 2 ovos.
Hábitos
Habita bordas de florestas altas, clareiras, caatingas, cerrados, jardins e campos com árvores. Vive geralmente solitário, desde o estrato arbustivo mais baixo até a copa das árvores. Voa como um besouro, batendo as asas até 80 vezes por segundo. É mestre em voos ascendentes e para trás.
Distribuição Geográfica
Todo o Brasil, sendo relativamente comum nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul. Encontrado também das Guianas e Venezuela ao Paraguai e Argentina.
fonte: http://www.wikiaves.com.br/
Classificação Científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Apodiformes
Família: Trochilidae Vigors, 1825
Subfamília: Trochilinae Vigors, 1825
Espécie: C. amethystina
Nome Científico
Calliphlox amethystina (Boddaert, 1783)
Nome em Inglês Amethyst Woodstar
O estrelinha-ametista é conhecido também como tesourinha, beija-flor-mosca (Rio Grande do Sul), besourinho-ametista e besouro-zumbidor.
Seu nome significa: do (grego) kalliphlox = lindamente em chamas, bonito como uma chama; e do (latim) amethystinus = da cor da ametista. ⇒ Ave da cor da ametista e lindo como uma chama .
Características
O macho mede cerca de 8,6 centímetros de comprimento e a fêmea 7,5 centímetros. O macho tem garganta e lados do pescoço vermelho-ametista-brilhante, barriga branca e cauda bifurcada e a fêmea possui garganta e barriga brancas, cauda curta e não bifurcada.
Alimenta-se de pequenos insetos e néctar.
Reprodução
Em sua exibição para a fêmea, durante o período reprodutivo, o macho voa para frente e para trás executando um movimento pendular, cantando e chamando a atenção pelo estranho zumbido que produz. Seu ninho é pequeno, em formato de xícara, preso em grandes galhos de árvores isoladas na borda da floresta, a cerca de 15 metros de altura. Põe 2 ovos.
Hábitos
Habita bordas de florestas altas, clareiras, caatingas, cerrados, jardins e campos com árvores. Vive geralmente solitário, desde o estrato arbustivo mais baixo até a copa das árvores. Voa como um besouro, batendo as asas até 80 vezes por segundo. É mestre em voos ascendentes e para trás.
Distribuição Geográfica
Todo o Brasil, sendo relativamente comum nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul. Encontrado também das Guianas e Venezuela ao Paraguai e Argentina.
fonte: http://www.wikiaves.com.br/
BILHETE :: Mario Quintana
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...
28 de mar. de 2015
O que faz andar a estrada? Mia Couto
Paul Klee, 1929
É o sonho.
Enquanto a gente sonhar a estrada permanecerá viva.
É para isso que servem os caminhos,
para nos fazerem parentes do futuro.
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