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5 de dez. de 2013

Margarida-amarela, Susana-dos-olhos-negros


Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros, 
assim é que são; 
eu amo esses olhos que falam de amores 
com tanta paixão.

Gonçalves Dias









  • Nome Científico: Rudbeckia hirta
  • Família: Asteraceae
  • Categoria: Flores Anuais
  • Clima: Continental, Mediterrâneo, Oceânico,Subtropical, Temperado, Tropical
  • Origem: América do Norte, Estados Unidos
  • Altura: 0.4 a 0.6 metros
  • Luminosidade: Sol Pleno
  • Ciclo de Vida: Bienal
  • A margarida-amarela é uma planta muito vistosa e florífera, recomendada para grandes maciços em gramados bem cuidados. Na primavera e verão produz inflorescências de coloração amarelo ouro a ocre, com o centro elevado e de coloração marrom-arroxeado, que mais parecem pinturas. São duas as variedades mais populares: uma que possue capítulos florais completamente amarelos e outra que apresenta um halo marrom próximo ao centro da flor. Ocorrem ainda formas com flores dobradas. A folhagem é bastante bonita e pilosa e as folhas possuem bordas serrilhadas.

  • Devem ser cultivadas a pleno sol em canteiros bem adubados e ricos em matéria orgânica, regados periodicamente. Requer replantio anual, apesar de ser bienal, pois perde a beleza com o tempo. Aprecia o frio de leve, sendo portanto indicada para regiões de altitude e de clima mais ameno. Multiplica-se por sementes.
  • fonte: jardineiro.net

11 de jun. de 2012

Seus olhos de Gonçalves Dias


Almeida Junior

Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,
De vivo luzir,
Estrelas incertas, que as águas dormentes
Do mar vão ferir;

Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,
Têm meiga expressão,
Mais doce que a brisa, — mais doce que o nauta
De noite cantando, — mais doce que a frauta
Quebrando a solidão,

Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,
De vivo luzir,
São meigos infantes, gentis, engraçados
Brincando a sorrir.

São meigos infantes, brincando, saltando
Em jogo infantil,
Inquietos, travessos; — causando tormento,
Com beijos nos pagam a dor de um momento,
Com modo gentil.

Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,
Assim é que são;
Às vezes luzindo, serenos, tranqüilos,
Às vezes vulcão!

Às vezes, oh! sim, derramam tão fraco,
Tão frouxo brilhar,
Que a mim me parece que o ar lhes falece,
E os olhos tão meigos, que o pranto umedece
Me fazem chorar.

Assim lindo infante, que dorme tranqüilo,
Desperta a chorar;
E mudo e sisudo, cismando mil coisas,
Não pensa — a pensar.

Nas almas tão puras da virgem, do infante,
Às vezes do céu
Cai doce harmonia duma Harpa celeste,
Um vago desejo; e a mente se veste
De pranto co'um véu.

Quer sejam saudades, quer sejam desejos
Da pátria melhor;
Eu amo seus olhos que choram em causa
Um pranto sem dor.

Eu amo seus olhos tão negros, tão puros,
De vivo fulgor;
Seus olhos que exprimem tão doce harmonia,
Que falam de amores com tanta poesia,
Com tanto pudor.

Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,
Assim é que são;
Eu amo esses olhos que falam de amores
Com tanta paixão.

13 de fev. de 2009

Seus olhos

Eu amo seus olhos tão negros, tão puros,
De vivo fulgor;
Seus olhos que exprimem tão doce harmonia,
Que falam de amores com tanta poesia,
Com tanto pudor.


Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,
Assim é que são;
Eu amo esses olhos que falam de amores
Com tanta paixão.



Gonçalves Dias 

João Fasolino (1987, Rio de Janeiro)