Segall
Uma coisa bonita era para se dar ou para se receber, não apenas para se ter. Clarice Lispector
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11 de mai. de 2014
4 de dez. de 2013
Azul de Carlos Pena Filho
por não poder de azul pintar as ruas
depois vesti meus gestos insensatos
e colori minhas mãos e as tuas
E perdidos no azul nos contemplamos
e vimos que entre nós nascia um sul
vertiginosamente azul :
Azul."
( ... )
3 de abr. de 2012
Olinda de Carlos Pena Filho (1929/1960)
De limpeza e claridade
é a paisagem defronte.
Tão limpa que se dissolve
A linha do horizonte.
As paisagens muito claras
Não são paisagens, são lentes.
São íris, sol, aguaverde
Ou claridade somente.
Olinda é só para os olhos,
Não se apalpa, é só desejo.
Ninguém diz: é lá que eu moro
Diz somente: é lá que eu vejo.
7 de dez. de 2011
Desmantelo azul de Carlos Pena Filho
Então pintei de azul os meus sapatos
Por não poder de azul pintar as ruas
Depois vesti meus gestos insensatos
E colori as minhas mãos e as tuas
Para extinguir de nós o azul ausente
E aprisionar o azul nas coisas gratas
Enfim, nós derramamos simplesmente
Azul sobre os vestidos e as gravatas
E afogados em nós nem nos lembramos
Que no excesso que havia em nosso espaço
Pudesse haver de azul também cansaço
E perdidos no azul nos contemplamos
E vimos que entre nascia um sul
Vertiginosamente azul: azul.
4 de dez. de 2011
A solidão e sua porta de Carlos Pena Filho
A pena de viver e a dor de amar
E quando nada mais interessar
(Nem o torpor do sono que se espalha)
Quando pelo desuso da navalha
A barba livremente caminhar
E até Deus em silêncio se afastar
Deixando-te sozinho na batalha
A arquitetar na sombra a despedida
Deste mundo que te foi contraditório
Lembra-te que afinal te resta a vida
Com tudo que é insolvente e provisório
E de que ainda tens uma saída
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