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23 de out. de 2015

Para guardar :: ANA ESTAREGUI


anotou em seu moleskine a palavra laringe.
o poema, em geral, cresce em volta de uma palavra estranha.
às vezes nem tão estranha, mas que provoca uma pequena paralisia.
[e eu adoro ser flagrada por essas palavras]
elas interrompem o meu dia, param tudo mesmo.
de vez em quando, quando posso,
pego elas com as mãos
e aí desenho um espaço pra elas, feito de letras.

João Fasolino (1987, Rio de Janeiro)