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24 de out. de 2015

Jenipapo (Genipa americana)






Jenipapo é o fruto do jenipapeiro (Genipa americana), uma árvore que chega a vinte metros de altura e é da família Rubiaceae, a mesma do café. É encontrada em toda a América tropical. No Brasil, encontramos pés de jenipapo nativos na Amazônia e na mata atlântica, principalmente em matas mais úmidas, ou próximo a rios - a planta inclusive aguenta encharcamento. Em guarani, jenipapo significa "fruta que serve para pintar". Isso porque, do sumo do fruto verde, se extrai uma tinta com a qual se pode pintar a pele, paredes, cerâmica etc. O jenipapo é usado por muitas etnias da América do Sul como pintura corporal e some depois de aproximadamente duas semanas. A bela coloração azul-escura formada deve-se ao contacto da genipina contida nos frutos verdes com as proteínas da pele, sob ação do oxigênio atmosférico.

O termo "Jenipapo" origina-se do termo tupi yandï'pawa.
Descrição
O fruto é uma baga subglobosa geralmente de cor amarelo-pardacenta. Sua polpa tem cheiro forte e é comestível, mas é mais apreciada na forma de compotas, doces, xaropes, bebida refrigerante, bebida vinosa e licor.

O licor de jenipapo é uma bebida apreciada na Bahia, em Pernambuco e em cidades de Goiás, inclusive muito vendida em comércios de cidades turísticas como Caldas Novas e Jataí. Nas festas juninas da Bahia, o licor de jenipapo é o mais apreciado e os mais famosos são produzidos no Recôncavo baiano, de forma artesanal, em toneis que ficam em infusão por um ano até serem envasados e consumidas no São João. As cidades com maior tradição na fabricação deste tipo de bebida são Maragojipe, Cachoeira, Cruz das Almas e Santo Amaro.

Algumas partes do jenipapeiro (como a raiz, as folhas e o fruto) têm diferentes propriedades medicinais. As cascas do caule e as cascas do fruto verde são usadas também para curtir couro, por serem ricas em tanino. O jenipapo usado em forma de garrafada serve para emagrecimento e junção em dietas para redução de colesterol ruim.[carece de fontes]

Jenipapo é uma fruta que se parece com o figo, só que um pouco maior. Fruto do jenipapeiro, deve ser colhido no ponto certo de maturação para que possa ser aproveitado. Embora seja consumido ao natural, seu uso mais freqüente é sob a forma de licor. Na medicina caseira, o jenipapo é utilizado como fortificante e estimulante do apetite. É um fruto comestível ao natural e empregado no preparo de compota, doce cristalizado, refresco, suco, polpa, xarope, licor, vinho, álcool, vinagre e aguardente. A jenipapada é um doce feito de jenipapo cortado em pedacinhos e misturado ao açúcar, sem ir ao fogo. 0 Jenipapo possui um elevado conteúdo de ferro. Por isso, é aconselhável um grande uso dessa rubiácea. Também possui cálcio, hidratos de carbono, calorias, gorduras, água, e às vitaminas B1, B2, B5 e C. Acredita-se no Norte e no Nordeste do Brasil, que o suco de jenipapo é adequado para combater a anemia decorrente do impaludismo ou das verminoses. Segundo autoridades científicas, esse fruto faz bem aos asmáticos. Como diurético, o suco do fruto é aconselhável nos casos de hidropisia.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

22 de out. de 2015

Bilimbi (Averrhoa bilimbi) Biribirí, bilimbim, bilimbino, caramboleira-amarela, limão-de-caiena, groselheira, azedinha e limão-japonês









Averrhoa bilimbi
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Oxalidales
Família: Oxalidaceae
Género: Averrhoa
Espécie: A. bilimbi
Nome binomial
Averrhoa bilimbi
L.

O bilimbi (Averrhoa bilimbi), conhecido também como bilimbim, bilimbino, caramboleira-amarela, limão-de-caiena, groselheira, azedinha e limão-japonês, é uma planta tropical da família Oxalidaceae.

Etimologia
As palavras bilimbi, bilimbim e bilimbino originam-se do malaio balimbing[1] . Caramboleira-amarela é uma referência a uma outra espécie do gênero Averrhoa, a carambola (Averrhoa carambola). Groselheira é uma referência à Ribes uva-crispa, também chamada groselheira. Em algumas regiões do Brasil a fruta é chamada de biribirí, especialmente na Bahia, onde é muito cultivada, especialmente em quintais e em "agriculturas familiares" em geral.

Origem
O bilimbi é originário do Sudeste da Ásia e foi introduzido no Brasil pela Amazônia através de Caiena, na Guiana Francesa. Por isso, o nome limão-de-caiena.

A Árvore
Pertencente à família das Oxalidaceae (a mesma da carambola), a árvore mede até dez metros de altura. Possui tronco com casca lisa e escura e tem uma copa com forma piramidal. As folhas são verdes e compostas por de cinco a dezesseis folíolos alongados com de quatro a doze centímetros de comprimento. A planta é sensitiva noturna e fecha as folhas à noite para dormir (nictantes). Flores pequenas, vermelho-claras, aromáticas, presas aos ramos e tronco. Tem uma floração contínua, com flores e frutos ao mesmo tempo e pode gerar frutos durante o ano todo.

O Fruto
Na verdade, os frutos são bagas elipsoides, com de cinco a oito centímetros de comprimento e de dois a quatro centímetros de diâmetro. Nascem agrupados no tronco e ramos lenhosos da planta, com aproximadamente dez sementes de cor marrom e polpa verde-clara.

Frutos verdes contêm um alto teor de ácido oxálico. Quando amadurecem, há uma redução desse ácido e um aumento de vitamina C, que passa de 20,82 para cerca de 60,65 miligramas por cem gramas de polpa.

Cultivo
O cultivo é feito através de sementes ou enxertias, preferencialmente em regiões de clima tropical e subtropical, com melhor desenvolvimento em locais com temperatura média de 25 graus centígrados e pluviosidade acima de mil milímetros.

Utilização
Os frutos são consumidos ao natural ou usados no preparo de compotas, geleias, vinagres e vinhos. Os frutos verdes podem ser usados no preparo de picles, condimentos e molhos. Pode ainda ser utilizado com substituto do limão ou ser comido como tira-gosto, cortado em rodelas e adicionando-lhe sal.

No sul do estado da Bahia, no Brasil, o bilimbi é muito utilizado na preparação de moquecas ou mariscados.

Bnouham et al. (2006) demonstraram que o extrato etanólico de folhas de biri-biri tem ação antidiabética, contribuindo para a redução da taxa de glicose, bem como o teor de triglicerídeos no sangue em 130%. Segundo Negri (2005)  a ação do extrato aquoso de Averrhoa bilimbi Linn (Oxalidaceae), é similar à biguanidina metformina, em experimento de controle do aumento da glicose no sangue dos ratos que tiveram o diabetes induzido por estreptozotocina através do decréscimo da atividade da glicose-6-fosfatase no fígado de ratos. Por seu alto teor de ácido ascórbico o suco da fruta pode ser considerado antiescorbútico.

BNOUHAM, M.; ZIYYAT, A.; MEKHfi, H.; TAHRI, A.; LEGSSYER, A. 2006. Medicinal plants with potential antidiabetic activity – A review of ten years of herbal medicine research (1990-2000). International Journal of Diabetes & Metabolism, 14: 1-25. Apud: ARAÚJO, Emmanuelle R. et al. Caracterização físico-química de frutos de biri-biri (Averrhoa bilimbi L.). Biotemas, 22 (4): 225-230, dezembro de 2009 PDF Ago. 2012
Ir para cima ↑ NEGRI, Giuseppina. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, vol. 41, n. 2, abr./jun., 2005 PDF Ago. 2012
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

25 de set. de 2015

Carambola (Averrhoa carambola)





Averrhoa carambola
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Oxalidales
Família: Oxalidaceae
Género: Averrhoa
Espécie: A. carambola
Nome binomial
Averrhoa carambola
A carambola é o fruto da caramboleira (Averrhoa carambola ), uma árvore ornamental de pequeno porte, da família das Oxalidaceae. Possui flores brancas e purpúreas. É largamente usada como planta de arborização de jardins e quintais. É originária da Índia, sendo muito conhecida na China.

"Carambola" é oriundo do francês carambole

De sabor agridoce, com coloração variando do verde ao amarelo, dependendo do grau de maturação, rica em sais minerais (cálcio, fósforo e ferro) e contendo vitaminas A, C e do complexo B, a carambola é considerada uma fruta febrífuga (que serve para combater a febre), antiescorbútica (que serve para curar a doença escorbuto - carência de vitamina C, e que se caracteriza pela tendência a hemorragias) e, devido à grande quantidade de ácido oxálico, estimulador do apetite. Seu suco pode ser usado para tirar manchas de ferro, de tintas e ainda limpar metais. Sua casca é utilizada como antidisentérico, por possuir alto teor de tanino - cujo poder adstringente pode prender o intestino.

É considerada uma fruta de quintal, pois seu cultivo não é feito em escala, sendo produzida essencialmente em sítios, quintais, granjas e pomares de fazendas. Começa a produzir frutos em torno de quatro anos de existência, dando em média duzentos frutos, podendo durar de cinquenta a setenta anos. A fruta parece uma estrela quando cortada e tem cinco gomos.

Pode ser consumida ao natural ou no preparo de geléias, caldas, sucos e conservas. Cortada em fatias e deixada no fogo brando com açúcar, fica quase da mesma consistência e sabor do doce de ameixa-preta. Na Índia e na China são bastante consumidas como sobremesa, assim como as flores e os frutos verdes, que são utilizados nas saladas.

Pessoas portadoras de insuficiência renal crônica não podem comer carambola, pois esta fruta possui uma toxina natural - a caramboxina - que não é filtrada pelos rins destas pessoas, ficando retida no organismo e atingindo o cérebro, podendo induzir crises de soluços, vômito, confusão mental, agitação psicomotora, convulsões prolongadas (estado de mal epiléptico), coma e levar inclusive, à morte. Portadores de diabetes devem consultar o médico antes de comer, pois podem sofrer de insuficiência renal e não saber. Pessoas sem problemas renais devem evitar o abuso no consumo da carambola. Isso porque seu teor de ácido oxálico pode eventualmente produzir cálculos renais em indivíduos mais sensíveis.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

26 de jul. de 2015

Mamão, Carica papaya

Franz Eugen Köhler
Escalonia

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Brassicales
Família: Caricaceae
Género: Carica
Espécie: C. papaya

Mamão, papaia ou ainda ababaia, Amabapaia ou ambapaia1 é o fruto da planta Carica papaya,a única espécie no gênero Carica da família de plantas Caricaceae. É originária da América tropical, desde o sul do México, passando pelo Panamá, até a costa norte-ocidental da Colômbia.

Carica papaya foi o primeiro fruto transgênico a ter o seu genoma decifrado.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

2 de jun. de 2015

Abacate (Persea americana)






Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Laurales
Família: Lauraceae
Género: Persea
Espécie: P. americana
Nome binomial
Persea americana
O abacate é o pseudofruto comestível do abacateiro (Persea americana), uma árvore da família da laureáceas nativa do México ou da América do Sul, hoje extensamente cultivada em regiões tropicais, inclusive nas Ilhas Canárias e na Ilha da Madeira.

Segundo Koller, 1992  a classificação botânica do abacateiro tem sofrido várias alterações nos últimos anos, não havendo ainda total concordância sobre a questão. Recentemente L. O. Williams, citado por Malo (1978a) revisou os estudos genéticos e específicos, propondo a divisão do gênero Persea em dois subgêneros: Persea e Eriodaphne, que se distinguem, sob o aspecto agronômico, pelo fato das espécies do subgênero Persea serem compatíveis de enxertia entre si, porém incompatíveis de serem enxertadas sobre espécies do subgênero Eriodaphne.

Etimologia
"Abacate" originou-se do náuatle awakatl.

Cultivo e variedades
O abacateiro cresce mais facilmente em solos leves, profundos, drenados e ligeiramente ácidos. As melhores condições climáticas 4 são encontradas em regiões com chuvas em torno de 1 200 milímetros anuais.

São conhecidas mais de 500 variedades  , de três origens diferentes: a guatemalteca, a antilhana e a mexicana. A parte comestível é a polpa verde-amarelada, de consistência mole, que envolve a grande semente.

Assim sendo correspondem às três variedades botânicas:

raça mexicana: Persea americana Miller var. drymifolia;
raça antilhana: Persea americana Miller var. americana;
raça guatemalense: Persea nubigena Williams var. guatemalensis.

Composição
Tem mais de 30% de gorduras (extraída comercialmente da semente, como do mesocarpo do fruto e de aplicação cosmética 6 ), é rico em açúcares e vitaminas e possui um dos mais elevados teores de proteínas e vitamina A dentre as frutas. Possui, ainda, quantidades úteis de ferro, magnésio e vitaminas C, E e B6  , além da vitamina A  .É consumido isoladamente ou em saladas  temperadas com molhos, como no guacamole, prato da culinária mexicana, ou como sobremesa, batido com leite e açúcar ou com açúcar e limão, em Moçambique e no Brasil.

Colheita
De janeiro a dezembro, com ênfase em abril e maio. É realizada normalmente utilizando escadas e tesouras apropriadas, ou “apanhadores de saco” que são utilizados para colher os frutos nas partes mais altas da árvore. Os frutos não devem ser colhidos sem pedúnculo, os quais devem ser aparados, deixando-se 6 a 10mm de seu comprimento para facilitar o acondicionamento na embalagem.

História

Abacateiro com frutos
O abacate era amplamente cultivado antes da conquista espanhola, mas só mereceu a atenção dos horticultores no século XIX. O nome náuatle do fruto é ahuacatl (o qual significa "testículo", em referência a sua forma), que originou, em espanhol, a palavra aguacate 11 . O abacate é um fruto arredondado ou piriforme, de peso médio de 500 a 1 500g. Sua casca varia, em colorido, do verde ao vermelho-escuro, passando pelo pardo, violáceo ou negro. As suas duas principais variedades são a Strong (cor verde) e a Hass (cor roxa). A árvore, o abacateiro, atinge até 30m e cresce melhor em climas quentes.

fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Abacate

17 de mai. de 2015

Pitaia, Pitaya (Hylocereus undatus)







Hylocereus undatus
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Caryophyllales
Família: Cactaceae
Género: Hylocereus
Nome binomial
Hylocereus undatus

A Hylocereus undatus (conhecida como pitaia vermelha), é uma espécie de pitaia pertencente ao gênero Hylocereus e a família Cactaceae, é disseminada na América Latina e cultivada nos quatro continentes, e pode ser encontrada desde Israel até a China. Nativa de florestas úmidas mantem hábito escandente ou trepador, pode ser encontrada subindo em árvores ou rochas, no seu habitat natural, utilizando raízes aéreas para se fixar.

As pitayas são conhecidas na cultura Asteca a um longo tempo, este nome significa fruto de escamas, é utilizado tanto para a planta como para o fruto de Hylocereus undatus (Haw.) Britton & Rose. É conhecida pelo mundo afora por diversos nomes, como dragon fruit, pitahaya, no Brasil o nome vulgar da cultura sofreu modificações, com escrita diferente, Pitaia, mas mantendo a sonoridade. Noutros locais sua flor é conhecida como rainha-da-noite.

Referência Bibliográfica[editar | editar código-fonte]
LORENZI, H.; BACHER, L.; LACERDA, M.; SARTORI, S. Frutas brasileiras e exóticas cultivadas (de consumo in natura). Nova Odessa: Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2006. 640 p.

MARQUES, V.B. PROPAGAÇÃO SEMINÍFERA E VEGETATIVA DE PITAIA (Hylocereus undatus (Haw.) Britton & Rose). 2008. Dissertação. Universidade Federal de Lavras, MG.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

19 de abr. de 2015

Physalis: físalis, fisalis, fisales, camapu, camaru, bucho-de-rã, joá-de-capote, juá-de-capote, juá-roca, juá-poca, mata-fome, canapum, camapum, bate-testa, saco-de-bode, alquenquenje, erva-noiva, cerejas-de-judeu, balão, tomate-lagartixa, tomate-barrela, tomate-capucho e capucho









Physalis angulata
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Solanales
Família: Solanaceae
Género: Physalis
Physalis L. é um género botânico, nome comum físalis ou camapu, pertencente à família Solanaceae. A Physalis angulata, é uma planta herbácea de hábitos perenes e reproduzida por sementes. O género Physalis destaca-se, na família Solanaceae, por apresentar cálice frutífero acrescente, vesiculoso e intumescido, envolvendo completamente o fruto. Pode chegar aos dois metros de altura.
A Colômbia é o principal produtor mundial e abastece todo o mercado europeu, principalmente a Alemanha e Países Baixos.
A Physalis é nativa das regiões temperadas, quentes e subtropicais de todo o mundo. O género é caracterizado por um fruto alaranjado e pequeno, semelhante em tamanho, forma e estrutura a um tomate, mas envolto parcial ou completamente por uma casca grande que deriva do verticilo.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Em Portugal também é conhecido por alquequenge 2 e nos Açores também é conhecido por capucha. Na Colômbia é conhecida como uchuva, no Equador como uvilla e no Japão como hosuki.
Cada planta produz entre 2 a 4 kg de frutos. Por cada hectare pode-se plantar cerca de 6000 plantas. As plantas crescem bem na maior parte dos solos e também em vaso. Produz frutos após 3 ou 4 meses do plantio, considerada planta medicinal valiosa, uma muda cultivada no jardim pode produzir 2 kg durante o ciclo de 6 meses. A muda é de rápida produção.

29 de jan. de 2015

JANELA :: Czeslaw Milosz (1911-2004)

Gustave Klimt

Olhei pela janela ao raiar do dia e vi uma jovem macieira, diáfana em meio à luz.
Quando olhei de novo ao raiar do dia lá estava uma grande macieira, carregada de fruto.
Passaram-se decerto muitos anos, mas não me lembro de nada do que aconteceu neste sonho.

     

10 de nov. de 2014

Figos de Alice Sant'Anna


Manfred Lutzius

ouvi que minha avó 
tinha paixão 
por fruta do conde e caqui
(imagino a colher de prata
separando o gomo 
da casca vermelha)
meu avô come figos religiosamente 
empurra o miolo 
para dentro e a fruta 
de repente se desdobra 
em flor, as pontas fazem cócegas 
na língua
todo dia minha mãe
amassa um abacate de manhã
e meu pai devora umas tantas
maçãs antes de dormir

hoje acordei cedo, fui à feira
as frutas têm gosto de casa


27 de out. de 2014

Seriguela: Siriguela , ciriguela ou ciruela (Spondias purpurea)






Classificação científica
Domínio: Eukaryota
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Sapindales
Família: Anacardiaceae
Género: Spondias
Espécie: Spondias. purpurea
Nome binomial
Spondias purpurea

Siriguela , ciriguela ou ciruela (Spondias purpurea) é o nome de uma árvore da família das anacardiáceas e também de seu fruto. É uma árvore de porte médio, podendo atingir até sete metros. Originária da América Central e da América do Sul, é bastante comum na Região Nordeste do Brasil.
Origens e Habitat
A ciriguela encontra-se no sul do México, na América Central, nas Antilhas e no Brasil (cerrado e caatinga), do nível de mar até os 1 200 metros de altitude. Ocorrem exemplares dessa árvore em cidades dos estados brasileiros de Goiás, do Piauí, da Paraíba, do Maranhão, do Rio de Janeiro, de Mato Grosso, de Mato Grosso do Sul, de Minas Gerais, da Bahia, de São Paulo e do Espírito Santo, sendo utilizada no paisagismo. Há diversos exemplares da fruta vermelha em chácaras do Distrito Federal brasileiro. A região sul do estado do Ceará é, hoje, o maior produtor de ciriguela do Brasil.
Sua frutificação se dá nos meses de outubro e novembro, sendo colhida entre os meses de dezembro e janeiro. Está adaptada a solos fracos e com baixa pluviosidade. É lavoura permanente e de uso pouco difundido. Não há utilização econômica senão para produção sazonal em pequenas plantações.
A seriguela dificilmente se propaga por sementes, sendo, geralmente, multiplicada por estacas com trinta a cinquenta centímetros de comprimento e de sete a doze centímetros de diâmetro. A melhor época de plantio das estacas no semiárido nordestino brasileiro compreende, empiricamente, do início do mês de outubro até o início de novembro.

É uma drupa elipsoidal de cor amarelada ou mesmo avermelhada quando maduro, com comprimento entre 2,5 e cinco centímetros. Pesa entre quinze e vinte gramas. A camada de polpa é fina, com cerca de três milímetros, com um caroço do tamanho de uma azeitona grande. É parecida com o cajá mas, ao contrário desse, é bastante doce.
O seu consumo é feito de diversas formas, desde natural até na confecção de sucos, sorvetes e doces. É rica em carboidratos, cálcio, fósforo e ferro. A ciriguela possui, ainda, vitaminas A, B e C. É eficaz contra anemia, inapetência e diminuição dos glóbulos brancos.



21 de set. de 2014

Um Reino Cheio de Mistério de Clarice Lispector

No dia 21 de setembro comemorou-se o Dia da Árvore, o que deve ter dado trabalho a muito menino do primário, do qual certamente exigiram uma redação sobre o tema: com a alma bocejando, os meninos devem ter dito que a árvore dá sombra, frutos etc.
Mas, ao que eu saiba, não se comemora o dia da planta, ou melhor, da plantação. E esse dia é importante para a experiência humana das crianças e dos adultos. Plantar é criar na Natureza. Criação insubstituível por outro tipo qualquer de criação.
Lembro-me de quando eu era menina e fui passar o dia numa granja. Foi um dia glorioso: lá plantei um pé de milho com muito amor e excitação. Depois, de quando em quando, eu pedia notícias do que havia criado.
Mais tarde, na Suíça, plantei um pé de tomates numa lata grande, bonita. Quando começaram a aparecer os ainda pequenos tomates verdes e duros achei inacreditável que eu mesma lhes tivesse provocado o nascimento: eu entrara no mistério da Natureza. Cada manhã, ao acordar, a primeira coisa que fazia era ir examinar minuciosamente a planta: é como se a planta usasse a escuridão da noite para crescer. Esperar que algo amadureça é uma experiência sem par: como na criação artística em que se conta com o vagaroso trabalho do inconsciente. Só que as plantas são a própria inconsciência.
Nesse reino, que não é nosso, a planta nasce, cresce,  amadurece e morre. Sem nenhum objetivo de satisfazer algum instinto. Ou estarei enganada, e há instintos os mais primários no reino vegetal? Meu tomateiro parecia ter tomates vermelhos porque assim queria, sem nenhuma outra finalidade que não a de ser vermelho, sem a menor intenção de ser útil. A utilização do tomate para se comer é problema dos humanos.
Um dos gestos mais belos e largos e generosos do homem, andando vagarosamente pelo campo lavrado, é o de lançar na terra as sementes.
E quando os tomates ficaram redondos, grandes e vermelhos? Chegara a hora da colheita. Não foi sem alguma emoção que vi num prato da mesa os tomates que eram mais meus que um livro meu. Só que não tive coragem de comê-los. Como se comê-los fosse um sacrilégio, uma desobediência à lei natural. Pois um tomateiro é arte pela arte. Sem nenhum proveito senão o de dar tomate.
O ritmo das plantas é vagaroso: é com paciência e amor que elas crescem.
Entrar no Jardim Botânico é como se fôssemos trasladados para um novo reino. Aquele amontoado de seres livres. O ar que se respira é verde. E úmido. É a seiva que nos embriaga de leve: milhares de plantas cheias da vital seiva. Ao vento as vozes translúcidas das folhas de plantas nos envolvem num suavíssimo emaranhado de sons irreconhecíveis. Sentada ali num banco, a gente não faz nada: fica apenas sentada deixando o mundo ser. O reino vegetal não tem inteligência e só tem um instinto, o de viver. Talvez essa falta de inteligência e de instintos seja o que nos deixa ficar tanto tempo sentada dentro do reino vegetal.
Lembro-me de que no curso primário a professora mandava cada aluno fazer uma redação sobre um naufrágio, um incêndio, o Dia da Árvore. Eu escrevia com a maior má vontade e com dificuldade: já então não sabia seguir senão a inspiração. Mas que seja esta a redação que em pequena me obrigavam a fazer.
In: Visão do esplendor: impressões leves. Francisco Alves Editora, 1975. p. 71

6 de ago. de 2014

Uvaia, uvalha ou uvaieira (Eugenia uvalha)






A uvaia, uvalha ou uvaieira (Eugenia uvalha) é uma planta da família Myrtaceae. Pode ter entre 6 – 13 m de altura para 30 – 50 cm de diâmetro do tronco. É uma espécie com origem no Brasil, que ocorre nos estados de Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

A floração ocorre entre os meses de Agosto e Dezembro, frutificando entre Setembro e Janeiro. A uvaia é utilizada em projetos de reflorestamento (áreas degradadas, preservação permanente e plantios mistos) e paisagismo (ornamental e pomar doméstico). É típica de florestas ombrófilas densas, florestas estacionais semideciduais, mata ciliar e cerrado.

A árvore tem de seis a 13 metros de altura e geralmente tem um tronco único ou bifurcado, com no máximo de 50 centímetros de diâmetro.

A uvaia tem alto teor de vitamina C (cerca de quatro vezes mais do que a laranja). Tem a polpa muito delicada, com a casca bem fina, de um amarelo-ouro ligeiramente aveludado. O aroma é suave e muito agradável. Um dos grandes problemas desse fruto é que amassa, oxida e resseca com facilidade, por isso não é muito encontrada em supermercados.

A uvaia é utilizada em projetos de reflorestamento (áreas degradadas, preservação permanente e plantios mistos) e paisagismo (ornamental e pomar doméstico). Sua madeira é empregada apenas localmente para moirões, estacas, postes e lenha.

Seus frutos são comestíveis e muito apreciados para o consumo na forma de sucos, razão pela qual é largamente cultivada em pomares domésticos. São também avidamente consumidos por várias espécies de pássaros, o que a torna bastante recomendável para reflorestamentos heterogêneos destinados à recomposição de áreas degradadas de preservação permanente.

Uvaia

Nome científico:Eugenia pyriformis Cabess. Família: Myrtaceae. Utilização: madeira utilizada para moirões, cercas e lenha. Seus frutos são comestíveis e servem de alimento para diversas espécies de aves. Coleta de sementes: diretamente da árvore quando começar a queda espontânea dos frutos ou recolhê-los do chão. Época de coleta de sementes: dezembro a janeiro. Fruto: amarelo, arredondado, contendo duas sementes em seu interior, possuindo aproximadamente quatro centímetros de diâmetro. Flor: branca. Crescimento da muda: médio. Germinação: normal. Plantio: mata ciliar, área aberta.

fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Uvaia

31 de jul. de 2014

Cranberry, arando-vermelho, mirtilo-vermelho, e airela.





Oxicoco (do grego: ὀξύς - "ácido" e κόκκος - "baga", pelo seu sabor ácido) é o nome dado aos arbustos perenes, naturais do Hemisfério Norte, do género Vaccinium, subgénero Oxycoccus e seus frutos. Estes são bagas vermelhas e bastante ácidas, sendo utilizadas na culinária e na produção de sumos. Outros nomes vulgares são arando-vermelho, mirtilo-vermelho, cranberry e airela.
fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Oxicoco

15 de abr. de 2014

A Figueira de Eugénio de Andrade (1923-2005)

Deborah Humphries
Este poema começa no verão,
os ramos da figueira a rasar
a terra convidavam a estender-me
à sua sombra. Nela
me refugiava como num rio.
A mãe ralhava: A sombra
da figueira é maligna, dizia.
Eu não acreditava, bem sabia
como cintilavam maduros e abertos
seus frutos aos dentes matinais.
Ali esperei por essas coisas
reservadas aos sonhos. Uma flauta
longínqua tocava numa écloga
apenas lida. A poesia roçava-
me o corpo desperto até ao osso,
procurava-me com tal evidência
que eu sofria por não poder dar-lhe
figura: pernas, braços, olhos, boca.
Mas naquele céu verde da Agosto
apenas me roçava, e partia.

12 de mar. de 2014

Coqueiro de Itapoã de Dorival Caymmi


Coqueiro de Itapoã, coqueiro 
Areia de Itapoã, areia 

Morena de Itapoã, morena 
Saudade de Itapoã me deixa 
Oh vento que faz cantiga nas folhas 
No alto dos coqueirais 
Oh vento que ondula as águas 
Eu nunca tive saudade igual 
Me traga boas notícias daquela terra toda manhã 
E joga uma flor no colo de uma morena de Itapoã 

Coqueiro de Itapoã, coqueiro 
Areia de Itapoã, areia 
Morena de Itapoã, morena 
Saudade de Itapoã me deixa 








João Fasolino (1987, Rio de Janeiro)