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15 de fev. de 2014

Citrino (mineral)






Citrino, também chamado de quartzo citrino (há várias outras denominações impróprias, como citrino-topázio) é uma variedade de quartzo de cor amarela, laranja, excepcionalmente vermelha. Basicamente, é um quartzo com impurezas férricas.
A maior parte do citrino comercial é na verdade ametista ou quartzo fumado aquecido artificialmente. Contudo a pedra tratada termicamente pode apresentar diferenças, entre elas uma cor mais rosada característica da pedra original. O valor comercial, porém, é o mesmo, pelo menos no Brasil. O quartzo citrino é uma pedra preciosa de baixo preço, mais barata que a ametista, mas, mesmo assim muito apreciada e muito usada em joalheria. O Brasil e a Escócia são os maiores produtores mundiais de citrino. O Brasil lidera a produção de ametista, quartzo rosa e quartzo incolor. O nome é derivado do  latin Citrus "limão"
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre

3 de jun. de 2013

Turmalina












A turmalina apresenta uma grande variedade de cores. Geralmente as ricas em ferro vão desde o preto ou preto-azulado ao castanho escuro; aquelas ricas em magnésio são castanhas a amarelas e as turmalinas ricas em lítio apresentam-se praticamente em todas as cores do arco-íris, azul, verde, vermelho, amarelo ou cor-de-rosa etc. Muito raramente são incolores. Os cristais bicoloridos e multicoloridos são relativamente comuns, refletindo variações da composição do fluido durante a cristalização. Os cristais podem ser verdes numa extremidade e cor-de-rosa na outra ou verdes no exterior com interior cor-de-rosa (este último tipo é por vezes chamado turmalina melancia).


17 de mai. de 2013

"Os sonhos, cortinados de ametistas" de Fernando Pessoa







Meu coração é um pórtico partido
Dando excessivamente sobre o mar
Vejo em minha alma as velas vãs passar
E cada vela passa num sentido.

Um soslaio de sombras e ruído
Na transparente solidão do ar
Evoca estrelas sobre a noite estar
Em afastados céus o pórtico ido...

E em palmares de Antilhas entrevistas
Através de, com mãos eis apartados
Os sonhos, cortinados de ametistas,

Imperfeito o sabor de compensando
O grande espaço entre os troféus alçados
Ao centro do triunfo em ruído e bando...
s. d.
«Passos da Cruz». Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995). 
 - 49.
1ª publ. in Centauro , nº 1. Lisboa: Out.-Dez. 1916.

A ametista é uma variedade violeta ou púrpura do quartzo, muito usada como ornamento. Diz-se que a origem de seu nome é do grego a, "não" e methuskein, "intoxicar", de acordo com a antiga crença de que esta pedra protegia seu dono da embriaguez. A palavra provavelmente é uma corruptela de um nome oriental da pedra.
A ametista foi usada como pedra preciosa pelos antigos egípcios e era amplamente empregue na antiguidade por entalhadores. Contas de ametista foram encontradas em túmulos anglo-saxônicos na Inglaterra.

Curiosidades

Na mitologia grega, Ametista seria o nome de uma ninfa que, para ser protegida do assédio de Dioniso, (Baco, na versão romana), foi transformada pela deusa da castidade num cristal transparente. Baco então nada mais podia fazer, a não ser mergulhá-la no vinho - de onde teria vindo sua coloração arroxeada.
Acredita-se que a ametista pode ser usada como um amuleto para proteger da intoxicação. A ametista foi considerada também um amuleto para proteção de soldados e para ajudar caçadores a capturar bestas selvagens. No oriente também é costume engastá-la na testa, acreditando-se que exerça influência positiva sobre o chakra Ajna, conhecido também por "terceiro olho".
Em 1928, no distrito de Brejinho das Ametistas, na cidade baiana de Caetité, foi encontrada uma pedra pesando mais de 90 kg, sendo esta localidade uma das principais produtoras do mineral no Brasil. Em Ametista do Sul, no Rio Grande do Sul, já foram encontrados geodos com mais de 2.500 kg.
Até ao século XVIII a ametista foi a principal pedra preciosa (sendo até esse momento a Rainha das Pedras Preciosas) até mesmo ao nível do diamante.Contudo a descoberta de abundantes jazidas no Brasil fez com que se tornasse numa pedra preciosa de médio valor.




28 de dez. de 2012

Psicologia da Composição de João Cabral de Melo Neto


(...)
É mineral o papel
onde escrever
o verso; o verso
que é possível não fazer.

São minerais
as flores e as plantas,
as frutas, os bichos
quando em estado de palavra.

É mineral
a linha do horizonte,
nossos nomes, essas coisas
feitas de palavras.

É mineral, por fim,
qualquer livro:
que é mineral a palavra
escrita, a fria natureza
da palavra escrita.
(...)

14 de mar. de 2012

Licença de Débora Siqueira Bueno



Quando nasci eu era roxa. 
Não sei se havia anjos 
mas respirei fundo, 
recebi minha missão. 

Falta de ar conheço bem, 
me ensinou a espera. 
Falta de amor graças a Deus não tive muita, 
no ter e não ter fui me fazendo. 

Tão sempre a falta. 
Apesar das pernas das moças, 
despeito o cheiro bom dos moços, 
desejo, de contínuo se escapa. 

Meu nome quer dizer abelha – 
aquela que sempre trabalha. 
Desde o tempo que a memória alcança 
amanheço e entardeço no cuidado. 

Parece dom, mas é sina mineral 
buscar o que advém e é profundeza; 
separar pedra e entulho, encontrar beleza 
oculta na vastidão do sofrimento. 

Quero traçar de novo o meu destino, 
peço licença pra mudar de lavra. 
De agora em diante, carrego a bateia 
para lidar no garimpo das palavras.

João Fasolino (1987, Rio de Janeiro)