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19 de fev. de 2012

Versos de otoño de Rubén Dario

Van Gogh 

Cuando mi pensamiento va hacia ti, se perfuma; 
tu mirar es tan dulce, que se torna profundo. 
Bajo tus pies desnudos aún hay blancos de espuma, 
y en tus labios compendias la alegría del mundo. 

El amor pasajero tiene encanto breve, 
y ofrece un igual término para el gozo y la pena. 
Hace una hora que un nombre grabé sobre la nieve; 
hace un minuto dije mi amor sobre la arena. 

Las hojas amarillas caen en la alameda, 
en donde vagan tantas parejas amorosas. 
Y en la copa de otoño un vago vino queda 
en que han de deshojarse, primavera, tus rosas.

30 de jan. de 2012

Gente é pra brilhar de Vladimir Maiakovski

Milharal com vista para Arles de Van Gogh

Brilhar pra sempre,
brilhar como um farol, 
brilhar com brilho eterno, 
gente é pra brilhar.

18 de dez. de 2011

Flor de Débora Siqueira Bueno

Khnopff - Retrato de Eugenie (1888)

Minha mãe ama as coisas da terra, 
cultiva flores com especial desvelo. 
Seu jardim era todo ladeado por íris 
como aquelas, 
das telas de Van Gogh. 
Havia grandes flores amarelas 
cujo nome não sei, 
não eram girassóis. 
Não sou boa de nomes. Coleciono lembranças, 
perfumes e sombras. 
Das mangueiras, generosas, 
o chão coberto de ovais verde-amarelos. 
A jabuticabeira demorou tanto a dar 
que esperei a infância inteira. 
Nas espatodéias eu subia alto, 
eram meu reino, os cabelos soltos. 
Uma vez um tio tirou minha fotografia 
com sua máquina americana. 
Nas cores mais lindas se via o jardim de minha mãe. 
A lagoa era ainda mais azul; 
os cabelos, ainda mais ruivos. 
Aquele tempo só figurava em branco e preto, 
mas a revelação estrangeira 
capturou as cores vivas 
e as sombras mortas 
do meu semblante. 
Lá estava a menina, 
aos seis anos de idade. 
Com uma blusa de marinheiro, 
não fantasiava singrar mares; 
nos seus sonhos, 
andava no lago sob as águas. 
No meio do jardim, 
precocemente séria, 
bela flor pesada.

João Fasolino (1987, Rio de Janeiro)