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9 de mar. de 2014

À VIDA de MARINA TSVIETÁIEVA

Franz Marc 
Não colherás no meu rosto sem ruga
A cor, violenta correnteza.
És caçadora — eu não sou presa.
És a perseguição — eu sou a fuga.

Não colherás viva minha alma!
Acossado, em pleno tropel,
Arqueia o pescoço e rasga
A veia com os dentes — o corcel.

Árabe.

Tradução de Augusto de Campos

29 de dez. de 2012

Perigo de Sá de Miranda


Comigo me desavim

sou posto em todo perigo
não posso viver comigo
nem posso fugir de mim

Com dor, da gente fugia,
antes que esta assim crescesse:
agora já fugiria
de mim, se de mim pudesse

Que meio espero ou que fim
do vão trabalho que sigo,
pois que trago a mim comigo,
tamanho inimigo de mim.



João Fasolino (1987, Rio de Janeiro)