18 de fev. de 2007

ARECA-BAMBÚ ( Dypsis lutescens )









ARECA-BAMBÚ

NOME CIENTÍFICO: Dypsis lutescens.

NOME POPULAR: Areca-bambú, areca, palmeira-areca.

SINONÍMIA: Chrysalidocarpus lutescens, Chrysalidocarpus glaucescens, Chrysalidocarpus baronii, Hyvophorbe indica.

FAMÍLIA: Arecaceae.

CICLO DE VIDA: Perene.

ORIGEM: África, Madagascar.

PORTE: Se for conduzida de forma arbórea, ou seja, podando sempre os estipes que surgem lateralmente, ela atinge em torno de 9 metros de altura, mas se deixá-la em forma de touceira sem podas, atinge 3 metros.

FOLHAS: São de cor verde, compostas por 20 a 50 pares de folíolos e com pecíolos e ráquis de cor amarelada.

FLORES: As inflorescências surgem na primavera, com flores na cor branco-creme, bastante perfumadas.

FRUTOS:  Surgem no verão, de cor verde-amarelados  que depois de maduros ficam arroxeados.

LUMINOSIDADE: Sol pleno ou Meia-sombra. Se cultivada a sol pleno, suas folhas ficam amareladas com as pontas queimadas.

ÁGUA: Gosta de água, mas não de solo encharcado, no verão regue 2 vezes por semana, durante época fria reduza o volume de água na rega.

CLIMA: Prefere clima quente e úmido, em ambientes internos não aprecia ar-condicionado em virtude de gostar de lugares úmidos.

PODA: Se desejar deixá-la de forma entouceirada, não há necessidade de podar, apenas corte as folhas secas, mas se quiser deixá-la de forma arbórea corte todos os brotos laterais deixando apenas os principais.

CULTIVO:  Solo arenoso, mistura para vasos: 1 parte de terra comum de jardim, 1 de terra vegetal e 2 partes de areia.

ADUBO: Com exceção do inverno, pode ser adubada nas outras estações do ano.

UTILIZAÇÃO: Pode ser utilizada em ambientes internos e externos, de forma isolada ou em conjuntos

PROPAGAÇÃO: Por divisão de touceiras e sementes que germinam  após 2 a 6 meses de cultivadas.

NOTA: É a palmeira mais cultivada no Brasil.

17 de fev. de 2007

Uma vez eu irei ::Clarice Lispector

 Uma vez eu irei. Uma vez irei sozinha, sem minha alma dessa vez. O espírito, eu o terei entregue à família e aos amigos com recomendações. Não será difícil cuidar dele, exige pouco, às vezes se alimenta com jornais mesmo. Não será difícil levá-lo ao cinema, quando se vai. Minha alma eu a deixarei, qualquer animal a abrigará: serão férias em outra paisagem, olhando através de qualquer janela dita da alma, qualquer janela de olhos de gato ou de cão. De tigre, eu preferiria. Meu corpo, esse serei obrigada a levar. Mas dir-lhe-ei antes: vem comigo, como única valise, segue-me como um cão. E irei à frente, sozinha, finalmente cega para os erros do mundo, até que talvez encontre no ar algum bólide que me rebente. Não é a violência que eu procuro, mas uma força ainda não classificada mas que nem por isso deixará de existir no mínimo silêncio que se locomove. Nesse instante há muito que o sangue já terá desaparecido. Não sei como explicar que, sem alma, sem espírito, e um corpo morto — serei ainda eu, horrivelmente esperta. Mas dois e dois são quatro e isso é o contrário de uma solução, é beco sem saída, puro problema enrodilhado em si. Para voltar de ‘dois e dois são quatro’ é preciso voltar, fingir saudade, encontrar o espírito entregue aos amigos, e dizer: como você engordou! Satisfeita até o gargalo pelos seres que mais amo. Estou morrendo meu espírito, sinto isso, sinto...”

fonte:  Aprendendo a viver.  Editora Rocco, 2004.


15 de fev. de 2007

Um dia, como um dia para toda adolescente, eu senti que amava um homem :: Adalgisa Nery

Ismael Nery 

Um dia, como um dia para toda adolescente, eu senti que amava um homem. Conheci então uma nova paisagem da minha alma. Descobri nesse sentimento um senso de beleza capaz de afugentar todas as sombras acumuladas dentro do meu ser. Pela primeira vez, tive a sensação exata de força e liberdade. Lembro-me que, imantada por ele, eu me integrei totalmente em todas as partículas da vida e da natureza. Subindo os degraus de uma escada de pedra, reparei nas formigas que cruzavam e, com cuidado especial, procurei não esmagá-las com os meus pés. Fitei com uma ternura cuidadosa as plantas, as flores, as andorinhas, que traçavam espaço e a poeira de orvalho caída sobre as folhagens. Aprendi as cores nas luzes das manhãs e nas tonalidades do anoitecer. Eu estava no processo da metamorfose. Em tudo eu encontrava uma duplicidade de sentido. Estava sob a função de reminiscências eternas que atuavam como ligação do divino que surge no humano e com o divino que se entende no universo.  Havia um abandono alegre no meu ser acompanhando a causa misteriosa. E, de repente, me senti identificada com a vida. Tive a impressão de que uma grande chuva caíra sobre o mundo, e agora se apresentava lavado, fresco, radiante. Creio que os meus gestos se tornaram harmoniosos, a minha voz era o eco da música das águas cantantes e a minha memória só se recordava das formas perfeitas, para essa nova construção. Foi uma fase de grandeza aguda e espetacular da minha alma. De tudo emanava doçura e leveza compensadoras.

fonte: A imaginária.  José Olympio, 1970. 

13 de fev. de 2007

Para a hora da dor :: Emily Dickinson

Para a hora da dor

Água, é sede que ensina.
Terra, a travessia do mar.
Êxtase, a agonia.
Paz, o guerrear.
Amor, o retrato eterno.
Pássaros, o inverno.

Para a hora da alegria

Alegria é um vento
Que nos levanta do piso
E nos deixa em outra parte,
Um lugar em desaviso.

Nos traz de volta, voltamos,
Sóbrios, depois de um tempo.
Novatos para uma tarde
Na terra do encantamento.

Emily Dickinson in: Um Livro de Horas. Scipione
tradução de Ângela Lago

12 de fev. de 2007

Quando mocinhas :: Lygia Fagundes Telles (São Paulo, 19 de Abril de 1923)



“Quando mocinhas, elas podiam escrever seus pensamento e estados d´alma (em prosa e em verso) nos diários de capa acetinada com vagas pinturas representando flores ou pombinhos brancos levando um coração no bico. Nos diários mais simples, cromos coloridos de cestinhos floridos ou crianças abraçadas a um cachorro. Depois de casadas, não tinha mais sentido pensar sequer em guardar segredos, que segredo de uma mulher casada só podia ser bandalheira. Restava o recurso do cadernão do dia-a-dia, onde, de mistura com os gastos da casa cuidadosamente anotados e somados no fim do mês, elas ousavam escrever alguma lembrança ou confissão que se juntava na linha adiante com o preço do pó de café e da cebola.”
fonte: A disciplina do amor

Yara Tupynambá (1932 - Montes Claros, MG)











3 de fev. de 2007

A Alhambra. Granada, Espanha







































A Alhambra ou, preferencialmente, Alambra1  (em árabe: الحمراء; "a Vermelha") localiza-se na cidade e município de Granada, na província de homónima, comunidade autónoma da Andaluzia, na Espanha, em posição dominante no alto duma elevação arborizada na parte sudeste da cidade.
Trata-se dum rico complexo palaciano e fortaleza (alcazar ou al-Ksar) que alojava o monarca da Dinastia Nasrida e a corte do Reino de Granada. O seu verdadeiro atractivo, como noutras obras muçulmanas da época, são os interiores, cuja decoração está no cume da arte islâmica. Esta importante atracção turística espanhola exibe os mais famosos elementos da arquitectura islâmica no país, juntamente com estruturas cristãs do século XVI e intervenções posteriores em edifícios e jardins que marcam a sua imagem tal como pode ser vista na actualidade.
No interior do recinto da Alhambra fica o Palácio de Carlos V, um palácio erguido pelo Imperador Carlos V do Sacro Império Romano Germânico em 1527.
Juntamente com os vizinhos Generalife (uma villa que inclui extensos jardins e hortas) e o bairro do Albaicín, constitui o sítio inscrito na lista de Património Mundial da UNESCO "Alhambra, Generalife e Albaicín, Granada".
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.