1 de nov. de 2015

Não chores diante do meu túmulo :: Mary Elizabeth Fry

Não chores diante do meu túmulo
Eu não estou lá
Eu não durmo
Eu sou os mil ventos que sopram
Eu sou o diamante que cintila na neve
Eu sou o sol nos grãos maduros
Eu sou a suave chuva de outono
E quando acordares no silêncio da manhã
Eu sou a prontidão inspiradora
Das aves tranquilas circulando em voo
Eu sou as estrelas que brilham suave na noite
Não chores diante do meu túmulo
Eu não estou lá
Eu não morri.

.................

Do not stand at my grave and weep,
I am not there; I do not sleep.
I am a thousand winds that blow,
I am the softly falling snow,
I am the sun on ripened grain,
I am the gentle autumn rain.
When you awaken in the morning’s hush
I am the swift uplifting rush
Of quiet birds in circling flight.
I am the soft star-shine at night.
Do not stand at my grave and cry,
I am not there; I did not die.

...........


Não chore à beira do meu túmulo,
eu não estou lá… eu não dormi.
Estou em mil ventos que sopram,
E a neve macia que cai.
Nos chuviscos suaves,
Nos campos de colheita de grãos.
Eu estou no silêncio da manhã.
Na algazarra graciosa,
De pássaros a esvoaçar em círculos.
No brilho das estrelas à noite,
Nas flores que desabrocham.
Em uma sala silenciosa.
No cantar dos pássaros,
Em cada coisa que lhe encantar.
Não chore à beira do meu túmulo desolado,
Eu não estou lá – eu não parti.

............
Do not stand at my grave and weep,
Não chore à beira do meu túmulo

I am not there; I do not sleep.
Eu não estou lá, eu não estou dormindo

I am a thousand winds that blow,
Eu sou os mil ventos que sopram,

I am the diamond glints on snow,
Eu sou o diamante brilhando na neve

I am the sun on ripened grain,
Eu sou o sol refletido no ouro do trigo

I am the gentle autumn rain.
Eu sou a boa chuva de outono.

When you awaken in the morning’s hush
Quando você acordar no silêncio da manhã

I am the swift uplifting rush
Eu estou na revoada ligeira

Of quiet birds in circling flight.
E serena, das aves, em espiral

I am the soft star-shine at night.
E à noite,
Estou no brilho calmo das estrelas.

Do not stand at my grave and cry,
Não chore à beira do meu túmulo

I am not there; I did not die.
Eu não estou lá, eu não estou morto.

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João Fasolino (1987, Rio de Janeiro)