28 de ago. de 2013

Tabacaria de Fernando Pessoa

 Henricus Hondius, 1660

Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

27 de ago. de 2013

Salvador Dalí :: Zodíaco

Aries
Taurus
Gemini
Cancer
Leo
Virgo
Libra
Scorpio
Sagittarius
Capricorn
Aquarius
Pisces

Ai daqueles :: Paulo Leminski



Ai daqueles
que se amaram sem nenhuma briga
aqueles que deixaram
que a mágoa nova
virasse a chaga antiga

ai daqueles que se amaram
sem saber que amar é pão feito em casa
e que a pedra só não voa 
porque não quer
não porque não tem asa

damasco, ameixa, apricó, abricó, abricô, abricoque, abricote, alberge, albricoque, alpece, alperce, alperche








O damasqueiro (Prunus armeniaca, "ameixa arménia" em latim, sin. Armeniaca vulgaris) é uma árvore que atinge de 3m a 10m, da família das rosáceas, de folhas cordiformes ou ovadas, serreadas e com o pecíolo vermelho, flores solitárias ou geminadas, róseas ou brancas, e drupas subglobosas, com um sulco mediano característico, amarelas ou alaranjadas, com polpa carnuda e sumarenta.
É conhecida no norte da China desde 2000 a.C., sendo muito cultivada em vários países, com inúmeros híbridos e variedades, principalmente devido à sua madeira dura e pelos frutos, o damasco (também chamado de apricó, abricó, abricô, abricoque, abricote, alberge, albricoque, alpece, alperce, alperche), comestíveis ao natural e internacionalmente consumidos como passas e em doces.

O Diccionario de botanica brasileira (1873) dá a seguinte descrição: árvore média, de flores brancas, os frutos são carnosos indeiscentes de 9 a 12 centímetros de diâmetro, redondos, amarelos, comestíveis quando maduros, aromáticos, mas não de agradável cheiro; o epicarpo pouco espesso, um tanto peludo e com um sulco lateral ; a massa um tanto seca e amarela, envolve uma noz. Cultiva-se esta planta nas províncias do Sul do Império.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

26 de ago. de 2013

Rosas brancas






Dirás que sonho :: Hilda Hilst

John William Godward

Dirás que sonho o dementado sonho de um poeta
Se digo que me vi em outras vidas
Entre claustros, pássaros, de marfim uns barcos?
Dirás que sonho uma rainha persa
Se digo que me vi dolente e inaudita
Entre amoras negras, nêsperas, sempre-vivas?
Mas não. Alguém gritava: acorda, acorda Vida.
E se te digo que estavas a meu lado
E eloqüente e amante e de palavras ávido
Dirás que menti? Mas não. Alguém gritava:
Palavras... apenas sons e areia. Acorda.
Acorda Vida. 

25 de ago. de 2013

Margaret Ashman :: (Northampton, Inglaterra 1959)













 
















Nunca será tão domingo como aqui de Carlos Drummond de Andrade


Nunca será tão domingo como aqui, e domingos e domingas de eternidade se concentram em vigorosa dominicalização. Não acontecer nada, que beatitude! Deixar o mato crescer — mas o próprio mato foge à obrigação, e goza o domingo. Lá estão o touro zebu e seu harém de nobres e modestas vacas — porque o zebu alia à majestade indiana a placidez das Minas, e boi nenhum se fez tão mineiro quanto esse, e bicho nenhum é tão mineiro quanto o boi, em seu calado conhecimento da vida, sua participação no trabalho.