Ó jardineira por que estás
tão triste?
mas o que foi que te aconteceu?
.
olha para o alto
a mínima fatia de lua roçando
o morro
. . .o universo
no gira-gira de tantas órbitas
o vidro da janela varrido de chuva
ouve o rumorejo do silêncio lá fora
. . .— todos os deuses
. . .vicejam em mistério
.
o abismo do teu tempo
a solidão do teu tempo
a medida
da dor
. . .que te alforria
.
ó jardineira por que estás
tão triste?
volta
para o teu jardim lembra
do teu carnaval.
Uma coisa bonita era para se dar ou para se receber, não apenas para se ter. Clarice Lispector
11 de fev. de 2018
10 de fev. de 2018
9 de fev. de 2018
Receita :: Liria Porto
Maria Primachenko
para o pão caseiro
sal fermento leite
pitada de açúcar
naco de manteiga
farinha de primeira
mãos e coração
a sovarem a massa
até que ela se faça
lisa como a seda
deixá-la crescer
dobrar de tamanho
igual a lua cheia
assá-la em forno brando
quase não demora
ao sentir-se cheiro
põe-se água no fogo
coa-se o café
(acaso prefiras
serve pão com vinho
e agradece os deuses
a delicadeza)
Cadela prateada. Editora Penalux, 2016.
sal fermento leite
pitada de açúcar
naco de manteiga
farinha de primeira
mãos e coração
a sovarem a massa
até que ela se faça
lisa como a seda
deixá-la crescer
dobrar de tamanho
igual a lua cheia
assá-la em forno brando
quase não demora
ao sentir-se cheiro
põe-se água no fogo
coa-se o café
(acaso prefiras
serve pão com vinho
e agradece os deuses
a delicadeza)
Cadela prateada. Editora Penalux, 2016.
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