15 de ago. de 2012

Valsa do adeus de Hélio Pellegrino


Tudo é partida de navio, velas
ao vento, coisas desancoradas
que se desgarram. Este copo, esta pedra
que pronuncio não são palavras, nem
versos de amor, nem o sopro
vivificante do espírito. São barcos
arrastados pelo tempo, cascas
de fruta na enxurrada, lenços
de adeus, enquanto o vapor se afasta,
e de longe ilumina essa ausência que somos.

Nenhum comentário:

Relação de casas boas e más para juízo dos arquitectos Carlos Loureiro e Pádua Ramos :: Eugenio de Andrade

  Há casas cuja beleza começa no projecto; outras, e são talvez as mais belas, existem só na cabeça do arquitecto. Há casas feitas à medida ...