Uma coisa bonita era para se dar ou para se receber, não apenas para se ter. Clarice Lispector
6 de jul. de 2013
Ana Cristina Cesar lê Clarice – por Elizama Almeida
É de conhecimento coletivo que Ana Cristina costumava fazer resumos, anotações, riscos – verdadeiras interações com os livros que lia. Logo na folha de rosto da edição de A legião estrangeira, ela avisa: “antes de ler este volume veja a página 137”. Seguindo a pista, somos levados a um texto intitulado “Mas já que se há de escrever…”, composto de apenas duas linhas: “Mas já que se há de escrever, que ao menos não se esmaguem com palavras as entrelinhas”. A lápis, Ana Cristina assinalou: “genial” – adjetivo que seria usado para qualificar diversos outros trechos ao longo do livro. Acima do aviso estão a data e o local – presume-se – do início da leitura: Porto Alegre, 12 de dezembro de 1967. A leitora contava apenas quinze anos.
fonte: http://blogdoims.uol.com.br/ims/ana-cristina-cesar-le-clarice-por-elizama-almeida/
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