16 de fev. de 2014

Figueira (Ficus carica): Figueira-comum, Figueira-da-europa, Figueira-de-baco, Figueira-de-portugal, Figueira-do-reino









Ficus carica, Figo, Figueira-comum, Figueira-da-europa, Figueira-de-baco, Figueira-de-portugal, Figueira-do-reino
Nome Científico: Ficus carica
Nomes Populares: Figueira, Figo, Figueira-comum, Figueira-da-europa, Figueira-de-baco, Figueira-de-portugal, Figueira-do-reino
Família: Moraceae
Categoria: Árvores, Árvores Frutíferas
Clima: Mediterrâneo, Subtropical, Temperado, Tropical
Origem: África, Ásia, Europa, Mediterrâneo, Oriente Médio
Altura:
Luminosidade: Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene
A figueira é uma árvore frutífera, monóica e decídua, originária do Oriente Médio. Sabe-se que o figo, fruto da figueira, é utilizado pelo homem desde à Idade da Pedra. A figueira é também uma das primeiras plantas cultivadas. De porte pequeno a médio, as figueiras crescem de 6 a 10 metros de altura, mas geralmente não ultrapassam os 8 metros. A planta é bem ramificada, com ramos frágeis e seiva leitosa. As folhas são verdes, caducas no inverno, com textura papirácea, nervuras bem marcadas e profundamente lobadas, com três a cinco lobos. As flores da figueira não são visíveis pois se encontram dentro do figo, que é uma infrutescência e não uma fruta. Sicônio é o tipo de pseudofruto ao qual pertencem os figos. O pequeno orifício visto na base do figo é uma passagem estreita para os polinizadores. As flores são polinizadas devido a uma simbiose com um tipo muito específico de vespa-do-figo. Em troca da polinização os figos fornecem alimento e abrigo para todas as fases de vida da vespa, em uma complexa relação. Se a polinização ocorrer serão produzidas sementes. As plantas masculinas produzem figos não comestíveis, denominadados caprifigos. A grande maioria das variedades cultivadas no Brasil não necessita de polinização, assim como de plantas macho, para produzir os figos comestíveis. Os figos podem ser verdes, pretos, roxos, amarelos, vermelhos, marrons e esbranquiçados, de acordo com a variedade.

A figueira é uma árvore fácil de cultivar no pomar doméstico. Ela provê uma quantidade enorme de figos que podem ser consumidos maduros, in natura, ou mesmo verdes, em preparos diversos. Os figos verdes se prestam para geléias, doces em calda, figadas, figos desidratados tipo rami, cristalizados, licores, etc. Os maduros entram crus ou cozidos em pratos doces ou salgados, como saladas, assados e sobremesas refrescantes. De forma bem planejada, é possível aproveitar as delicias do figo o ano todo. Além dos figos, a figueira adulta provê uma agradável sombra, gostosa de curtir em chácaras, amplos jardins e parques. Assim como outras árvores do gênero Ficus, a figueira-comum possui raízes agressivas nos exemplares adultos. Desta forma não é indicado seu plantio próximo à construções, tubulações enterradas e áreas pavimentadas. Os figos maduros também são muito atrativos para os passarinhos.

As podas são parte importante da manutenção e formação da figueira. As podas de formação iniciam-se já no primeiro ano após o plantio, assim que a planta atinge 50 cm de altura. Os despontes sucessivos a cada ano preparam a copa da árvore para que sejam baixa, arejada e bem distribuída. Para uma boa produção e facilitar a colheita, além de prevenir a planta de uma série de doenças e pragas, é recomendável também a poda anual da planta adulta. Esta poda é drástica e visa eliminar os ramos que produziram no ultimo ano, além de ramos secos, fracos e doentes. A poda anual deve ser realizada no final do inverno, antes da planta emitir suas brotações. O aspecto final da planta podada deve ser sem folhas. Após as podas, é importante utilizar uma pasta cicatrizante ou pasta bordalesa sobre os ferimentos.

Deve ser cultivado sob sol pleno, em solos bem drenados, profundos, enriquecidos com matéria orgânica e irrigados no pós-plantio e períodos de estiagem. A figueira é capaz de crescer bem em solos pobres e tolera a seca, porém com menor produção de figos. Ela clima mediterrâneo e subtropical, mas tem excelente adaptação climática, podendo ser cultivada de norte a sul do Brasil. É interessante que passe por um período de dormência anual, seja por inverno frio ou seco. (A irrigação constante em climas quentes inibe a dormência, o que diminui a produtividade da planta). Não tolera geadas, mas rebrota na primavera. Adubações anuais e uma cobertura verde ou morta sobre o solo são importantes para evitar doenças e estimular a produção. Multiplica-se por sementes apenas para fins de melhoramento. Geralmente a multiplicação é feita por alporquia e estaquia dos ramos. A época ideal para obtenção das estacas é no final do inverno por ocasião da poda.

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